ANÁLISESNOTICIASPCREVIEWS

Review: BLUD

Uma homenagem divertida a década de 90

Em BLUD temos o primeiro jogo da desenvolvedora Exit 73 Studios. A Exit 73 é especializada em animação de desenhos e agora começa sua empreitada no mundo dos jogos com BLUD, uma homenagem aos jogos e desenhos da década de 90.

Confira em nosso review o quão bem a nova desenvolvedora se saiu com este jogo que é uma grande homenagem aos desenhos de antigamente.

Vampire Killer

Em BLUD você será Becky, uma simpática garota que acabou de se mudar para uma cidade e deverá fazer novas amizades e viver sua nova vida de estudante. Mas nada sai como planejado, pois logo após sua chegada, a cidade é invadida por vampiros e caberá a você exterminá-los.

O curioso aqui são os personagens e suas motivações e isso acaba remetendo aos desenhos que víamos na década de 90. Se você passou por essa década que nem eu, sabe que era comum termos filmes e séries de jovens ou adolescentes que resolviam mistérios e encaravam os perigos do bairro.

Aqui Becky terá como seu guru tecnológico seu vizinho. Já seu mestre nas artes de matar os vampiros será ninguém menos que o zelador da escola. Teremos também o time de Hockey que ela tanto gosta de jogar, onde contará com alunos metidos, a parte dos góticos e mais. É uma grande mistura de narrativas como The Simpsons com South Park, Goonies e mais.

Adicionalmente, outro destaque fica para o vilão, que é o CEO da Perch. A Perch, nada mais é do que uma mistura de Twitter com Google e Apple onde entrega infinitas soluções de tecnologias. E seu CEO é uma espécie de Elon Musk com visuais de Steve Jobs, mas que tem um envolvimento (não tão secreto) com as forças do mal sendo que quer transformar todos os moradores desta cidade em vampiros.

Visuais de BLUD são certeiros

Seguindo este review, eu posso dizer que o que me chamou a atenção para BLUD foram suas animações que eram impecáveis. E bem, dito e feito.

BLUD tem um imenso sucesso em trazer para o jogador um desenho jogável. Todas suas animações são muito bem feitas e de certa forma tudo que vê é divertido e bem caracterizado. A cara de nojo do grupo de góticos ou então a cara de deboche das colegas mais famosas da escola. Assim como a animação dos golpes e inimigos também é bem criativa.

Tudo é exagerado, mas de uma maneira cômica, o que abraça com perfeição a proposta do jogo. Além dos personagens, temos a cidade que conta com diversos biomas tradicionais. Temos o bairro residencial, a escola logicamente, a floresta, posto de gasolina, shopping, hospital e mais.

Como esperado, cada um dos ambientes são bem representados e seguem a mesma estética animada do jogo passando maior credibilidade ao estilo de arte. No entanto, os ambientes são um pouco simples. Não existe uma grande variedade dentro deles. Embora tenhamos ambientes interligados, a sensação de repetição é evidente em alguns momentos.

Por fim, temos a trilha sonora que compõe bem a experiência de BLUD. Não temos nada memorável, mas ela ajuda a completar a experiência como um todo. Mas assim como existe uma limitação na parte dos ambientes como já mencionei, o mesmo se aplica a trilha sonora que poderia ser mais variada em alguns momentos.

Gameplay desafiador

Agora, chegando ao gameplay de BLUD, tenho muitos elogios a fazer. Aqui temos uma aventura de ação e exploração que faz uma homenagem a jogos também da década de 90. Dada as devidas proporções, me fez lembrar do clássico “Zombies Ate my Neighbors” assim como os primeiros “The Legend of Zelda”.

Aqui Becky irá contar inicialmente com esquiva e ataque normal. Sendo que se esquivar e atacar em seguida, irá dar o ataque forte. E sim, os comandos são bem simples. Mas com a evolução do jogo, você ganhará itens para jogar como um lápis ou então a clássica bomba, assim como poderá fazer melhorias em seu taco de Hockey ao adicionar um guarda chuva, gancho e uma pá.

Cada uma dessas melhorias ao seu taco lhe dará um especial. Por exemplo, o guarda chuva irá bloquear ataques inimigos assim como poderá quebrar a defesa deles. Já a pá poderá desenterrar alguns inimigos específicos como irá achar passagens para novos ambientes. Adicionalmente, você poderá equipar runas em seu taco, onde dará novos movimentos finalizadores.

Concomitantemente, os inimigos têm padrões bem distintos, o que é algo super bem vindo. E, diferente dos jogos antigos que ficavam mais poderosos ao mudar de cor, aqui os inimigos não apenas mudam de cor mas evoluem. Aqui podem mostrar um novo padrão ou então mudar completamente, tendo que aplicar uma nova estratégia para derrotá-los.

Algo interessante a ser pontuado é que além das lutas tradicionais, BLUD conta com alguns desafios de plataformas e a necessidade de esquivar de diversos perigos. Isso dá um frescor no meio da jogatina.

E por fim, o grande destaque do gameplay de BLUD vai para os chefes. Eles são extremamente criativos e por muitas vezes são desafiadores, mas sem serem injustos. Para derrotá-los, será necessário entender e dominar o padrão para avançar na luta. E cada um dos chefes possuem mais de uma fase sempre te desafiando.

Perch é o futuro

Embora a missão de Becky seja ser uma matadora de vampiros, isso não é a única coisa que fará. Afinal ela é uma estudante também. E embora toda a inspiração de BLUD seja nos anos 90, isso não impede dela ter um celular com redes sociais.

Ao longo da jogatina existe uma espécie de gameplay secundário. A primeira parte dele seria um “simulador de vida estudantil” (longe do que vemos em persona logicamente). Aqui Becky receberá inúmeras missões que irão ajudar a conhecer a nova cidade, colégio e amigos. Elas são simples como esperaria que fosse, mas são igualmente divertidas.

Já a segunda parte é utilizar a Perch. Embora tenhamos um tirano controlando a empresa, é inegável que as redes sociais invadiram nosso dia a dia. Através do “twitter” do jogo é possível ver a evolução de suas missões, ver o que seus amigos estão fazendo e até coletar pistas sobre o que deve fazer em seguida. Adicionalmente, é possível tirar selfies e “puxar papo” com as pessoas.

E logicamente, a exploração é super bem vinda onde irá achar segredos escondidos, melhorias, colecionáveis e muito mais.

Conclusão do review de BLUD

De forma geral eu gostei muito do meu tempo com BLUD. Ele é uma homenagem coesa da década de 90 e apresenta um desafio na medida para os jogadores. Adicionalmente, suas animações e ambientações acertaram em cheio trazendo algo muito agradável.

E embora eu tenha gostado muito, vale pontuar que BLUD possui alguns problemas de ritmo. A repetição de alguns cenários dão uma leve desanimada e a trilha sonora que poderia empolgar, apenas cumpre seu papel.

De qualquer forma, o jogo é indicado para quem quer se divertir e ter lutas desafiantes, em especial com os chefes. Adicionalmente, posso confirmar que ele roda liso no Steam Deck LCD. Pude rodar tranquilamente a 60 frames sem nenhum tipo de problema.

Essa análise/review de BLUD segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

Uma aventura muito divertida

Visual, ambientação e gráficos - 8.5
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 7
Áudio e trilha-sonora - 7

7.8

Bom

BLUD é uma homenagem coesa da década de 90 e apresenta um desafio na medida para os jogadores. Adicionalmente, suas animações e ambientações acertaram em cheio trazendo algo muito agradável. E embora eu tenha gostado muito, vale pontuar que BLUD possui alguns problemas de ritmo. A repetição de alguns cenários dão uma leve desanimada e a trilha sonora que poderia empolgar, apenas cumpre seu papel.

User Rating: Be the first one !

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo