Review: Elden Ring – Shadow of the Erdtree

Em 25 de fevereiro de 2022 foi lançado Elden Ring que carrega consigo o título de obra prima de Hidetaka Miyazaki, uma vez que o game traz toda a experiência do diretor que foi acumulada durante os anos ao lançar a série Dark Souls. Com um vasto mundo aberto e uma campanha principal contada de maneira não linear, o jogo trouxe desafios e inúmeros inimigos épicos. Porém, como de praxe, os fãs ficaram a espera de uma expansão desse mundo tão singular.

Em 2023 aconteceu o derradeiro anúncio de uma DLC em produção. Shadow of the Erdtree, como a expansão foi nomeada, apenas recebeu a previsão de lançamento para junho de 2024, fazendo com a ansiedade de seus fãs aumentassem ainda mais.

Felizmente a espera acabou, mas será que essa expansão consegue honrar a qualidade do jogo base? Continue lendo esse review de Elden Ring – Shadow of the Erdtree para descobrir.

Em busca de Miquella, o bondoso

Elden Ring – Shadow of the Erdtree inicia sua narrativa logo após a derrota de Mohg, o lorde de sangue. Após o derradeiro fim deste inimigo, somos visitados por uma guerreira desconhecida que fala sobre as terras das sombras e Miquella, o bondoso. Além disso, ela também conta o que é necessário ser feito para acessar esse outro mundo.

Embarcando na aventura, o maculado vai para este ambiente inédito que se mostra ainda mais hostil do que tudo que foi apresentado antes. Diferente do mundo habitual, aqui não é banhado pela luz e tampouco pelas raízes da Térvore. Ao invés disso, temos uma versão alternativa que seria sua sombra.

Com o objetivo de encontrar Miquella, o maculado parte para uma nova jornada nesta terra sombria e repleta de mistérios.

Da mesma forma do jogo base, Shadow of the Erdtree não traz uma narrativa linear. O jogador vai descobrindo partes da história por meio de diálogos e também com a batalha contra os chefes. Este novo mapa tem uma história própria que não depende tanto da narrativa do jogo base, fazendo com que a gente confira uma nova história que enriquece Elden Ring.

Como se fosse a primeira vez

Quando Dark Souls recebia uma DLC, os novos cenários normalmente traziam mais dificuldade. Porém, dependendo do seu nível, essa dificuldade não era tão acima do esperado, entretanto, em Elden Ring – Shadow of the Erdtree temos uma situação bem distinta.

Todos os inimigos estão tirando muita vida, enquanto seus golpes parecem consideravelmente fracos contra eles, independente de qual seja seu nível.

No mundo das sombras, não é apenas o teu nível que ditará o seu sucesso em confrontar todos os desafios, uma vez que há dois tipos de itens que serão de suma importância para o seu sucesso. Eles são a Benção da Umbrárvore e a Benção da Cinza Espiritual Reverenciada.

Eles tem a singela função de fazer com que você receba menos dano e que seus ataques sejam mais fortes, mas só funcionará dentro da expansão. Isso é uma maneira de fazer com que você não seja o “sinitro” e precise de caçar esses itens para que tenha uma chance contra os inimigos novos.

Além dessa mecânica nova, o jogo conta com novas cinzas de guerra, invocações inéditas e armas que vão expandir o seu leque de possibilidades.

Um mapa inteiro para explorar

Em Shadow of the Erdtree temos um mapa inédito que é consideravelmente grande, mesmo não chegando nem perto do tamanho daquele que temos no jogo original. Porém, há diversas dungeons espalhadas, castelos para explorar, zonas perigosas para nos destroçar e etc.

No mapa há áreas que se encontram no mesmo lugar, onde uma está em uma parte bem mais elevada, enquanto a outra está bem abaixo ou até mesmo no subsolo. Sendo assim, o mapa não tem apenas o que podemos ver, mas também variações dependendo do caminho que você esteja percorrendo.

Apesar de ser algo positivo para ampliar a exploração do jogo, tem como negativo o fator de ser consideravelmente confuso em alguns momentos. Você precisa ir numa área, mas não faz ideia se está na localidade certa ou precisa ir em algum nível superior ou inferior. Ou seja, a verticalidade deixa a exploração um tanto confusa.

Fora isso, os novos cenários são lindos. Principalmente com o visual da Umbrárvore que constantemente muda a cor do céu, fazendo com que a coloração de tudo tenha tons mais iluminados ou sombrios.

Batalhas épicas

Em Shadow of the Erdtree temos diversos chefes novos que vão de dragões, inimigos formidáveis, chefes opcionais e, principalmente, os chefes principais da história. Todas as batalhas são épicas, mas muitas vezes será necessário deixar para depois, por conta do seu nível de Benção ainda ser baixo. Após conseguir algumas bençãos, a batalha se mostra bem mais acessível a ponto de ser possível arriscar ou, até mesmo, não ter grande dificuldade como antes.

A principal batalha que trará momentos inesquecíveis é contra o chefe cover da DLC do qual não posso falar tanto sobre ele. Mas definitivamente é uma batalha desafiadora.

Gráficos e áudio

Elden Ring – Shadow of the Erdtree honra os visuais e gráficos que vimos no jogo base. Não houve nenhum tipo de melhoria nesta versão em comparação a anterior, entretanto, ainda somos banhados por uma direção de arte fenomenal em todos os aspectos. Enquanto o áudio continua primoroso para trazer a imersão neste mundo sombrio e, ao mesmo tempo, a trilha sonora nos presenteia com arranjos épicos e inéditos.

Conclusão do review de Elden Ring – Shadow of the Erdtree

Finalizando esse review de Elden Ring – Shadow of the Erdtree, é inevitável falar que a espera valeu a pena. Aqui temos uma expansão que realmente traz conteúdo inédito e relevante, onde a maior parte dos inimigos são inéditos, enquanto os cenários possuem construções bem próprias fazendo com que você sinta estar num jogo totalmente novo.

Os desafios que a DLC propõe aos seus jogadores traz aquela sensação de estar jogando Elden Ring pela primeira vez. A necessidade de colher as bençãos deixa de ser uma limitação e se torna uma oportunidade para aproveitar da melhor forma possível o que a expansão tem para oferecer. Apesar do mapa poder parecer confuso às vezes, ainda assim possui uma direção de arte estapetacular.

Elden Ring – Shadow of the Erdtree é definitivamente uma expansão necessária para todos que se aventuram no jogo base e querem mais do que viram sem necessitar de um NG+.

Essa análise/review de Elden Ring – Shadow of the Erdtree segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.