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Preview: For Honor tem tudo para ser um dos melhores de 2017

Depois de jogarmos For Honor na E3 2016, na BGS 2016 e agora no seu Closed Beta, estamos prontos para fazer o Preview mais empolgado de 2017. Antes tratado somente como um bom jogo, com gráficos promissores e mecânica de combate interessante, For Honor agora é sem sombra de dúvidas uma das maiores promessas do ano. Entenda no Preview abaixo o porquê disso.

Armageddon medieval

Primeiramente, vamos situar do que se trata For Honor. Seu conceito é bastante simples. Por algum motivo durante a idade média, o mundo chega ao momento do juízo final. Abalos sísmicos monumentais ocorrem em diversas regiões do planeta, aniquilando a maior parte da população. Somente os mais fortes sobrevivem, buscando recursos básicos como água, comida e abrigo. Nesse cenário, três facções buscam se reerguer frente às ruínas de um mundo destruído, os Samurais, os Vikings e os Cavaleiros. Entretanto, seus caminhos acabam se cruzando nessa batalha pela sobrevivência e guerras épicas acontecem entre as mesmas.

Apresentada a história, devemos, então, escolher uma das facções para lutar e fazer com que esta destrua todos os seus inimigos. Aí, entramos nos primeiros elementos constituintes da estrutura de For Honor. Por meio de um mapa-mundi, o jogo mostra as regiões controladas por cada facção, assim como os campos de batalha em disputa. A cada sessão do jogo, que dura algumas horas, cada jogador deve escolher uma das áreas para defender ou atacar. A partir dessas escolhas e de acordo com o número de vitórias para cada facção nos diversos modos oferecidos, o jogo calculará o vencedor para cada região até que uma se torne preponderante e vença. A lógica é parecida com a de jogos como Mortal Kombat X, que também oferece um modo parecido de escolha de facções. Pessoalmente, gosto muito deste tipo de sistema, já que ele enriquece o enredo de guerra total do jogo, trazendo uma disputa multiplayer mais macro.

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Lutas medievais épicas

Agora, vamos ao que mais interessa, às lutas e ao sistema de combate inovador. Chega a ser injusto reduzir o jogo a um mero Hack and Slash, como algumas mídias erroneamente têm feito. Digo isto por diversos motivos e desenvolvo aqui o porquê. Apesar de apresentar controles relativamente simples de combate, com botões de ataque fraco, ataque forte, defesa, esquiva e empurrão, For Honor acerta muito em proporcionar estratégias de combate absolutamente diferenciadas de acordo com o guerreiro escolhido. Temos quatro opções de herói para cada facção (no Beta só havia três disponíveis), sendo que cada um desses possui estilos de luta distintos entre si. Pode-se escolher do herói mais pesado, lento e brutamontes até o mais rápido e escorregadio. A gama de heróis disponíveis e estilos de luta diferentes é o que faz o jogo se tornar muito divertido, já que cada batalha deve ser jogada de forma distinta dependendo das escolhas dos adversários. De nada adianta desenvolver técnicas de combate avançadas em um único herói e tentar aplicá-las em todos os adversários. Os diferentes atributos de cada um deles faz com que algumas estratégias se tornem impossíveis. Como exemplo, eu gosto muito de jogar com a Bárbara, guerreira Viking mais veloz e especialista no contra-ataque, esquivando de golpes e entrando com combos rápidos. Entretanto, essa estratégias simplesmente não funcionam com guerreiros como os Kensei, que possuem um alcance de espada tão grande que tornam a tarefa de esquivar muito mais difícil. Dessa forma, temos embates ao mesmo tempo simples e estratégicos, pois não é necessário gravar listas extensas de golpes, mas ao mesmo tempo deve-se saber exatamente o estilo de combate de cada herói.

For Honor Screenshot

Do duelo à Guerra Total

Não podemos esquecer, no entanto, que For Honor seria uma mera rinha de brutamontes não fosse pelos modos de batalha disponíveis. Comecemos pelos mais simples, Duelo e Briga. Estes dois nada mais são do que lutas 1×1 ou 2×2 entre guerreiros. Neles, os heróis brigam até a morte até que um deles (ou uma das duplas) seja vencedor em uma disputa melhor de cinco. Clássico, não?

Agora, o modo mais jogado neste Closed Beta e que torna For Honor um jogo completamente diferente do que esperávamos é o modo Domínio. Digo isto porque alguns elementos importantes foram acrescentados para este modo de batalha que acabam dando um leve toque de MOBA ao mesmo. Primeiramente, a personalização das armas, armaduras e habilidades somente contam para este modo de jogo. Ou seja, a Ubisoft acrescentou mais uma camada de estratégia no gameplay ao dar ferramentas para que se possa organizar combinações de habilidades e ataques ao melhor estilo Dota 2, LoL ou Overwatch. Além disso, o próprio mapa deste modo se comporta de forma única, já que hordas de soldados (que servem como creeps) empurram sempre a lane central do mapa. Não considero esse modo um MOBA per se, contudo, porque não devemos destruir torres, capturar a base inimiga, ou coletar dinheiro e experiência. Provavelmente a Ubisoft se inspirou em jogos no estilo MOBA para dar uma camada mais estratégica a este modo, mas ao mesmo tempo não quis sair de essência do jogo.

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Uma bela e imersiva campanha

Não podemos esquecer, todavia, do bom e velho modo campanha. Dos 30 minutos que joguei durante a E3 2016, posso dizer que a experiência é bastante interessante, com batalhas épicas cheias de soldados e Bosses que dão bastante trabalho. É um desafio satisfatório duelar contra diferentes tipos de heróis controlados pela IA em meio ao caos da guerra. Apesar de divertido, entretanto, não há nada de inovador que faça o modo single player de For Honor se destacar frente a tantos jogos. Obviamente, a experiência que tive era incompleta não somente porque o jogo estava longe de estar acabado, mas também porque joguei pouco da campanha. Darei uma opinião mais concreta assim que botar as mãos na versão finalizada do jogo.

Por fim, não posso deixar de salientar que For Honor é um jogo muito bonito de se ver e ouvir. Todos os detalhes foram cuidadosamente colocados pela Ubisoft de modo a caracterizar perfeitamente todos os personagens e mapas do jogo. Os efeitos visuais e sonoros em meio ao caos e durante os duelos são absolutamente estonteantes. Às vezes eu me pegava observando panos e cabelos no figurino dos herói que se moviam de forma realista a cada golpe dado. Aliás, não somente os modelos são extremamente bem feitos, mas as animações são perfeitas. A forma como as mesmas foram feitas aliadas ao gameplay de cada personagem proporciona uma sensação de peso diferente em cada golpe dado. Parabéns à Ubisoft, que só vem melhorando neste ponto!

Conclusão

Em suma, For Honor tem tudo para se tornar um dos melhores jogos de 2017. A Ubisoft é uma das produtoras que melhor faz intercâmbio entre as equipes de seus jogos. For Honor é um exemplo claríssimo disso. O sistema de multiplayer do jogo, de compra de heróis e o modelo de passe de temporada para novos guerreiros é extremamente parecido com a fórmula de sucesso de Rainbow Six: Siege. Não ficarei chocado se For Honor despontar como um novo eSport no próximo ano. Quão maneiro seria assistir à batalhas insanas entre Pro-Players, não?

For Honor lança para Playstation 4, Xbox One e PC no dia 14 de fevereiro. Para mais informações sobre o jogo e nosso Review, acompanhe o Última Ficha em todas as redes sociais!

Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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