A publisher Focus Home Interactive juntamente da desenvolvedora Passtech Games trouxeram Curse of the Dead Gods que é um jogo no estilo dugeon crawler mesclado com roguelite. Será que aqui teremos uma grande surpresa entre os indies? Confira nessa análise que foi possível graças a uma key cedida pela produtora.
Curse of the Dead Gods já está disponível para Playstation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC.
E assim uma aventura começa
Em Curse of the Dead Gods, somos um caçador de tesouros que resolveu se aventurar num templo antigo. Mas infelizmente nem tudo saiu como o esperado, já que esse templo está sobre a maldição de deuses maias (eles parecem ser maias) e quanto mais fundo adentra nesse templo, mais corrompido o homem fica e consequentemente sofre de inúmeros males.
Enfim, essa é a história do game. Aqui temos o sacrifício de um plot bem construído para focar unicamente no gameplay. Então não espere por diálogos, narrações e etc. Apenas sente num sofá e jogue até os dedos calejar.
Curse of the Dead Gods tem uma jogabilidade satisfatória
Algo que gostei bastante é como o game faz bom uso dos botões, sem mostrar nenhum desperdício. Jogando no Playstation 4, temos a seguinte configuração:
- Quadrado para arma principal
- Triângulo para arma secundária
- Círculo para arma de duas mãos
- X para usar a tocha
- R1 para esquiva/dash
- L1 para bloqueio
É tudo muito funcional. Inclusive, o jogo faz uso da mecânica de apertar os botões no momento exato, onde podemos causar mais dano com a arma de fogo, ganhar vantagem com uma esquiva perfeita ou realizar um parry com um bloqueio bem sucedido no momento exato.
Não é difícil pegar a manha dos comandos e realizá-los com maestria, o que dificulta é a quantidade de inimigos atacando por todo o lado em conjunto com diversas armadilhas.
Pelo menos quando enfrenta os chefes, é algo bem mais satisfatório por não ter que se preocupar com um cenário sobrecarregado de oponentes. Consequentemente as batalhas são bem épicas.
Luz é importante em Curse of the Dead Gods
Mencionei antes um botão apenas para a tocha, correto? Acredite se quiser, ter luz é fundamental nesse jogo. Por mais que o cenário não seja um completo breu quando ela está apagada, o aventureiro sofre com outras questões como levar mais dano no escuro ou causar menor dano em seus inimigos.
Espalhado no cenário há estruturas que permitem acender uma luz mais forte e iluminar tudo para que você possa batalhar tranquilamente. Porém, lamparinas grandes são destrutíveis e os inimigos vão priorizar elas em várias ocasiões.
Fora isso, a sua tocha também serve para atacar e fazer os inimigos pegarem fogo, sofrendo dano por segundo.
É inevitável ficar amaldiçoado
Em Curse of the Dead Gods, como o nome já diz, maldições irão acontecer e você inevitavelmente ficará amaldiçoado.
Nosso aventureiro tem uma barra de corrupção que aumenta toda vez que passa pela porta, toma dano de alguns inimigos específicos, recuperar vida e outras coisas… Quando a barra chega no limite, você é “abençoado” com uma maldição que vai te ferrar de alguma maneira. O ouro vai desaparecer, baús vão ter armadilhas, inimigos vão voltar a vida, sua vida vai se esgotar automaticamente e assim por diante.
Quando atinge um total de 5 maldições, você recebe uma mais “overpower” que vai te deixar mais ferrado ainda. Inclusive, só morrendo ou terminando a “fase” para reverter essa situação, já que o único outro meio é enfrentando um boss menor que aparece na metade de algumas fases de maneira aleatória.
Curse of the Dead Gods é um roguelite
Roguelite é um termo pouco utilizado nos games, porém, ele é o que chamamos a grosso modo de “nutella” dos roguelike. Você não retorna ao começo do jogo ao morrer, mas invés disso volta do inicio da fase que logo se torna algo novo (inclusive, aqui cada mapa tem 3 caminhos distintos).
Nem tudo são flores, pois também ao finalizar um chefe e retornar ao ponto de partida para selecionar o próximo mapa, você também retornará para a estaca zero em relação ao seu equipamento.
Felizmente suas habilidades continuam contigo, elas normalmente ajudam de forma passiva como ampliar o dano em inimigos que estão pegando fogo, ter mais defesa quando não está no escuro e etc. Ao todo você pode carregar três habilidades por vez.
Os mapas são repletos de armadilhas, baús escondidos e inimigos fazendo com que você sempre tenha algum desafio. É bastante dinâmico e divertido, mas senti falta de puzzles, uma vez que a temática combina perfeitamente com puzzles.
Visuais & Conclusão
Os gráficos são simples, mas os personagens estão muito bem construídos da mesma forma que os cenários que apesar dos primeiros serem muito familiares, no decorrer do game vemos alguns mais singulares e com design próprio que casa perfeitamente com o tipo de inimigos que iremos lidar.
O que senti falta foi de um investimento maior em sua trilha sonora, já que a mesma não é memorável. Sendo sincero, é bastante esquecível.
Outro pecado está em sua narrativa que é inexistente. Senti falta de algo a mais que me motivasse de fato em estar enfrentando todos esses perigos. Talvez isso faça com que Curse of the Dead Gods não tenha uma personalidade marcante. Felizmente o gameplay é ótimo.
Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.
Curse of the Death Gods funciona, mas falta algo
Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 8
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 5
Narrativa - 4
6.6
Mediano
Aqui temos um ótimo jogo, mas a todo instante você vai ficar pensando "está faltando algo". Apesar de seu bom gameplay, a falta de uma narrativa mínima ou de uma música mais envolvente se torna notável.