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Xógum: o livro que inspirou Ni-Oh

Um estrangeiro loiro e de olhos azuis chega ao Japão para viver uma aventura fantástica. De origem inglesa, ele galgará os mais altos postos do Japão Feudal ganhando a confiança de ninguém menos do Ieyasu Tokugawa, o daimyo que inaugural o mais famoso dos períodos históricos do Japão. Sim, estamos falando de William Adams, o famoso navegador inglês que descobriu uma rota alternativa para o Japão e viveu uma das épocas mais cultuadas do Japão ao lado de uma figura lendária.

Sim, William Adams existiu. Sim, ele se tornou um samurai. Sim, ele… (calma jovem, olha os spoilers). As aventuras deste inglês se transformaram em um dos livros mais cultuados pelos amantes da história do Japão, principalmente o feudal, onde samurais dominavam a política e os rumos do país. Escrito pelo brilhante James Clavell, Xógum foi lançado em 1975 e rapidamente se tornou um sucesso. Com mais de 5 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, Xógum é ambientado nos anos 1600, época das grandes navegações e das conquistas de novos mundos.

xogum james clavell

Nele, Clavell narra a trajetória do piloto inglês John Blackthorne (inspirado em William Adams). Depois de quase dois anos embarcado no navio Erasmus, ele aporta na costa do Japão dividido diante da disputa pela posição de xógum, a mais importante autoridade militar do país. Em meio a intrigas e traições, Blackthorne se aproxima do poderoso senhor feudal Toranaga, tomando parte em um intrincado jogo de poder entre as forças conflitantes da época: daimyos, samurais, jesuítas e comerciantes.

E aí, já deu pra notar alguma semelhança com Ni-Oh, jogo recém lançado pela Team Ninja (exclusivamente para PS4) e que em pouco tempo já vendeu milhões de cópias? Obviamente as obras tem abordagens diferentes. Em Xógum, Blacktorne não tem habilidades samurais e conta “apenas” com seus conhecimentos e instintos de excelente navegador que é. Sua inteligência e astúcia serão as maiores armas para tentar sobreviver a um Japão em guerra e extremamente violento.

Já em Ni-Oh, por se tratar de um jogo de vídeo game, apenas astúcia e criatividade não seriam suficientes para cativar a atenção dos jogadores. Bom, até poderiam, mas não é essa a proposta do jogo. Porém, ambos narram uma história parecidíssima. Gamers que curtem ler ou gostaram tanto do jogo que adorariam ter uma leitura complementar, se sentirão extasiados ao lerem esse clássico de James Clavell.

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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