ANÁLISESNOTICIASPCPLAYSTATIONPS4PS5REVIEWS

Análise: FIST – Forged in Shadow Torch

Obrigatório para os fãs de Metroidvania

Em meio a tantos Metroidvanias no mercado, um vem chamando atenção desde sua primeira aparição: F.I.S.T – Forged in Shadow Torch. Um action-RPG com um backtracking balanceado e que nos coloca na pele de um coelho porradeiro e seu braço biônico. Difícil de imaginar? Garanto que o jogo cumpre o que se propõe. Vamos para a análise de FIST.

A análise de FIST foi possível graças a um código cedido pela distribuidora, à qual agradecemos a parceria e confiança. Vale pontuar que o jogo não possui legendas em PT-BR.

Um mundo cheio de máquinas e peludinhos

F.I.S.T se passa em Torch City, uma sociedade degradada, mas funcional, onde os residentes antropomórficos (ou “Furtizens”, como são chamados) estão sob os cuidados da Legião, um comando perverso das máquinas. O nome de nosso protagonista é Rayton Rabbit, um veterano de guerra que se vê de volta à ativa quando seu amigo é preso.

O jogo possui algumas cutscenes e em uma delas nos é mostrado que Rayton na verdade costumava usar uma espécie de Mecha. Mas, agora, sem sua arma completa, o coelho sabido decide usar apenas partes do que restou para resgatar seu amigo.

Tudo isso se passa em um mundo até muito vivo para o gênero. As cidades dieselpunk e seus habitantes parecem estar sempre vivas quando você está na superfície. Uma pena, inclusive, não termos mais interações nas ruas e na cidade em si, que vemos ao fundo.

Jogabilidade conhecida, sem grandes novidades

Se você já jogou alguns jogos do estilo Metroidvania, sabe bem o que vamos falar aqui nesta análise de FIST. O jogo possui um vasto mapa interligado, onde muitas vezes você irá se deparar com algum obstáculo que ainda não pode ultrapassar. Seu objetivo é aumentar as possibilidades de seu personagem para conseguir prosseguir por esses caminhos.

Isso, logicamente, acontece com o caminhar da história e evolução do personagem. Rayton poderá destruir portas, resolver puzzles, planar como um helicóptero e até mesmo usar armas de choque. Não entrarei em todos os detalhes aqui, mas as opções são muitas e isso, inclusive, muda o estilo de luta do coelho.

Somado ao mapa, e para fechar o combro Metroidvania, temos um combate que evolui e inimigos que vão ficando cada vez mais difíceis e chefões que acabam virando inimigos triviais após sua introdução. Durante meu tempo na análise, FIST parece ter um combate lento demais para os lugares apertados que o jogo te coloca. Essa talvez seja a única dificuldade real do jogo. Nada que você não consiga após algumas tentativas. Mas não sei até onde é agradável uma dificuldade baseada em uma escolha de design de combate e não em um desafio de habilidade real.

Não me entenda errado, tudo funciona muito bem! É uma questão de gosto mesmo. Com tantas habilidades para desbloquear e golpes para usar, ter que usar eles de forma isolada e não conseguir criar combos usando a criatividade parece uma oportunidade para quem curte algo mais frenético, como eu.

Movimentação pelo mapa, save e aprimoramentos

Além de o Rayton ganhar habilidades para se movimentar mais rápido pelo mapa, como um dash diagonal e pulo duplo, o jogo também possui elevadores, bolas de hamster que servem como transporte, carrinhos de mina e até mesmo um trem para te levar para outros lugares do mapa. Isso é uma mão na roda, já que o mapa do jogo é bem grande, e, para fazer sentido na história, alguns se passam em lugares com outro clima e bem isolados. Use e abuse dos transportes!

Durante todo o percurso você encontrará pontos de save que irão aumentar sua vida novamente, recuperar o uso de itens e lhe dará a oportunidade de comprar novos movimentos. O dinheiro usado vem de inimigos e baús achados pelo mapa. A todo momento Rayton estará coletando as moedas para que você possa usar nos mercadores e novas habilidades.

Os mercadores podem vender de cosméticos até itens que são usados para aumentar sua vida, energia (aqui servindo como uma mana ou MP) e o número de itens secundários que você é capaz de usar. Tais itens vão de poções de vida até mesmo uma arma de longo alcance e um contra-ataque. Sim… não há botão de defesa em FIST. Então se prepare para pular bastante e tomar muita porrada.

Conclusão

F.I.S.T. – Forged in Shadow Torch é uma compra imperdível para os fãs da Metroidvania que não querem nada além do que já conhecem na jogabilidade. O jogo consegue introduzir uma história muito mais engajadora do que a maioria, com boa dublagem (que é rara para o gênero) e uma trilha-sonora que acompanha bem o clima de cada área e momento.

Ele também possui um combate que tenta se inovar a todo instante e bons chefes para trazer uma sensação de conquista. Eu particularmente gosto de algo um pouco mais frenético e senti falta disso no jogo. Talvez se o contra-ataque não fosse algo que gastasse pontos já resolveria. Os desafios de plataforma e quebra-cabeças ajudam a refrescar as coisas entre um combate e outro.

Para fechar, a melhor parte do jogo parece ser o design de seu mapa e como o jogador pode se movimentar entre uma área e outra, cortar caminho e ganhar novas habilidades que possibilitam chegar até uma nova área. Sem sombra de dúvidas um jogo que merece sua atenção.

F.I.S.T.: Forged In Shadow Torch está disponível para Playstation 4, Playstation 5 e está planejado para PC.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

FIST - Forged in Shadow Torch

Visual, ambientação e gráficos - 8.5
Jogabilidade - 7.5
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 8

8

Ótimo

F.I.S.T. - Forged in Shadow Torch é indicado para amantes do gênero metroidvania que não querem nada que fuja muito da jogabilidade conhecida de outros jogos. Porém, FIST da um passo a frente quando falamos de sua narrativa e dublagem. Trazendo características de um jogo triple A para um gênero onde a indústria indie predomina.

User Rating: Be the first one !

Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo