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Análise: Muito heavy metal em Slain Back From Hell

Um dos subgêneros de games mais aclamados pelos fãs é o famoso metroidvania que, como o nome já diz, foi iniciado há vários anos com a vinda dos nostálgicos Castlevania e Metroid. Diante de tanto sucesso feito em torno dos gamers, não era de se esperar que o estilo acabasse se expandindo e outras produtoras começassem a produzir os seus próprios games com características dos pioneiros. Até mesmo na atualidade, conseguir produzir um metroidvania de qualidade vem a ser um grande desafio para produtoras Indies. Slain Back From Hell pega características disso e as mistura com armadilhas, gore, dificuldade elevada, cenário sombrio e muito heavy metal.

Dados técnicos:

Desenvolvedora Wolf Brew Games
Distribuidora Wolf Brew Games
Lançamento 24/Março/2016
Espaço em disco 500 MB
Plataformas lançadas PC, PS4/PSVita (13/09) e Xbox One (08/09)
Localização Inglês

HISTÓRIA

O enredo do game gira em torno de Bathoryn, que até o momento se encontrava em um sono eterno. Porém, um misterioso e sombrio espírito surge para despertá-lo e informar que seu mundo corre grande perigo novamente. Mesmo com certo receio, Bathoryn levantou-se juntamente de sua poderosa espada para salvar aquelas terras das malignas criaturas infernais.

O maior foco do game não vem a ser a sua narrativa, pois esta muitas vezes é contada de forma superficial. Contudo, podemos entender muito bem o que está ocorrendo em cada “episódio” da jornada do guerreiro e não achar dificuldade em ligar os pontos.

Se Slain tivesse sido lançado há vários anos atrás, sem duvidas, o seu plot seria apenas “mais um”, mas por este ser um jogo atual, consegue regastar características de narrativa que há muito tempo não são utilizadas em jogos e deixar o fator nostalgia falar alto.

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É DIFICIL PRA C*****

A meu ver, existem dois tipos de dificuldade alta em jogos: A dificuldade que frustra o jogador e a dificuldade que o incentiva a continuar jogando.

Slain Back From Hell é o segundo caso. Ele é realmente difícil, mas consegue ser divertido e, devido a isso, o jogador não consegue parar de jogar mesmo depois de morrer inúmeras vezes.

Existem várias armadilhas por todos os lados, mas estas não são difíceis de se desviar e evitar. Elas são apenas um detalhe à parte, uma vez que os protagonistas da dificuldade são as criaturas. Hordas de inimigos surgem aos montes e mal dá tempo para pensar no que se deve fazer. Sempre ser cauteloso e paciente é a melhor forma de atravessar esse desafio. E, como se não bastasse, ter que enfrentar inimigos mais poderosos que conseguem matá-lo em poucos hits. Para finalizar a situação, no final das “fases” existe um poderoso e grande chefe a sua espera e pronto para matá-lo várias vezes até se acostumar com o combate e alcançar a vitória.

Não existe item de cura para usar a bel prazer. Aquilo que salva o jogador é a existência de checkpoints que recuperam sua vida e mana, juntamente de alguns raros corações que recuperam sua vitalidade.

JOGABILIDADE

A jogabilidade de Slain é extremamente simples: um botão para pular, ataque, bloqueio (que ao bloquear na hora certa se torna um contra-ataque), magia e backdash. Um desafio é conseguir se virar nas diversas situações que o jogo impõe podendo utilizar somente essas funções que são bastante uteis.

Bathoryn consegue realizar “combos” dependendo do número de vezes que aperte o botão de atacar, porém, tem um limite de 3 a 4 hits dependendo da arma que estiver utilizando. Além disso, o golpe físico e o de lançar magia podem ser carregados para realizar um ataque ainda mais forte.

A única arma do herói é a sua espada, contudo, a medida que avança no jogo é possível obter variações da arma com base em um elemento. Por exemplo: utilizando gelo, a espada se torna algo parecido com um grande machado que consegue causar mais dano. Ao utilizar fogo, ela torna-se uma veloz espada flamejante que faz golpes rápidos e proporciona mais hits na sequencia de ataques.

Infelizmente senti falta de uma variação “real” de armas, pois mesmo com uma aparência diferente não muda o fato de aquela ser a espada e ter a mesma base de ataque. Fora isso, não tem o reclamar já que a mudanças elementares dá vantagem contra determinados tipos de monstros.

Outro detalhe que é necessário comentar vem a ser a existência de um pequeno delay quando se realiza os ataques ou a defensiva.

Por mais que seja um metroidvania, o jogo é linear não possibilitando maior exploração diante dos cenários.

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GRÁFICOS E ROCK’N ROLL

Utilizando arte de pixels com uma qualidade HD, Slain Back From Hell proporciona belos gráficos e até bastante detalhados. O uso de pixel só deixou o jogo com ainda mais cara de retrô, fazendo o jogador sentir-se bastante imerso no universo que está sendo apresentado. Os efeitos de iluminação conseguem embelezar ainda mais.

Os efeitos sonoros também não deixam a desejar, mas estes ficam totalmente em segundo plano devido à fantástica OST presente no game. Músicas pesadas de heavy metal vão acompanhá-lo em sua jornada do começo ao fim, ajudando você a sentir ainda mais obrigação em continuar a jogar mesmo depois de morrer repetidamente.

CONCLUSÃO

Slain Back From Hell é FODA muito legal! Desafiador, divertido, envolvente e com músicas viciantes. Suas falhas não conseguem fazer as qualidades perderem o brilho, mas nem por isso deixam de ser notadas no decorrer do jogo. Cumpre muito bem a missão de ser um bom metroidvania, mesmo se mostrando um pouco mais linear. Vai garantir boas horas de diversão, porém, não será todo mundo que se arriscará a entrar no “efeito replay” após terminar o jogo.

Fichas: 8

Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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