Qual o significado de um clássico? Essa pergunta perpassa os mais diversos gêneros da arte. Obviamente nos videogames não é diferente. Se existe um clássico dessa geração, eu diria que é The Witcher 3: The Wild Hunt. Muito do que foi feito nesse grandioso game ainda será usado como referência para muitos outros e muito além dessa geração. Uma prova de que o título encaminha para ser de fato considerado como tal é a quantidade recordista de prêmios que The Witcher 3 ganhou (mais de 800 prêmios e indicações, incluindo mais de 250 títulos como o Jogo do Ano).
Lançado em Maio de 2015, mais de um ano e meio atrás, The Witcher 3 continua surpreendendo. Seu último DLC de história, Blood and Wine, abocanhou, semana passada, o prêmio de melhor RPG no The Game Awards 2016 deixando para trás títulos completos e aclamados como Dark Souls III e Deus Ex: Mankind Divided.
Blood and Wine oferece pelo menos 19 horas de aventura e chega a 40, caso você queira completar tudo. É mais conteúdo de que a soma de alguns de seus concorrentes juntos, sem dúvida algo a ser levado em consideração. Fora que The Witcher 3 Blood and Wine tem em sua alma uma das características mais importantes pra um RPG: um ótimo texto. Antes de se materializar na nossa tela, toda obra de audiovisual tem, em um primeiro momento, um texto, o roteiro. Se esse roteiro for mal escrito, condenará a obra ao fracasso, mas sendo bem feito, pode transformar um jogo tecnicamente mediano em uma obra de arte, como foi exemplo do primeiro The Witcher. Blood and Wine tem competência de sobra nesse quesito e se ampara tecnicamente no jogo base que é por si só de uma qualidade impecável. Não tinha como dar errado.
Além disso tudo, The Witcher 3 também levou o prêmio de Best Storytelling e Best Visual Design no Golden Joystick Awards. Doug Cockle, que interpreta Geralt of Rivia na versão em Inglês do jogo, carimbou o prêmio de Best Gaming Performance. A desenvolvedora CD PROJEKT RED também foi premiada como o Studio of the Year, de novo.