Os melhores jogos de 2016 (de acordo com o Vicente)
2016 finalmente chegou ao fim e eu já não aguentava mais esperar por isso. Foi um ano difícil para muitos de nós, mas para os games o ano foi excelente e o que não poderia deixar de ter é um post dedicado aos melhores e mais marcantes jogos de 2016 na minha humilde opinião. Para homenageá-los, criei uma lista com os que são os 10 melhores títulos que joguei em 2016. Grandes games de 2016 que porventura não estiverem na lista estão ausentes por eu não ter gostado tanto assim, ou pelo menos não tanto quanto os que estão na lista ou simplesmente não os ter jogado ainda. Também não daremos uma de The Game Awards e colocar um DLC como Blood and Wine, de The Witcher 3, por não ser um jogo completo. Ah, e é importante ressaltar que esta é minha lista pessoal e intransferível, e não reflete a opinião do Última Ficha ou de seus demais membros. Sem mais delongas, vamos aos títulos!
10 – Shadow Tactics: Blades of the Shogun
Shadow Tactics pode ter sido um jogo que escapou completamente do radar da maioria de vocês por ser um título de pequeno porte produzido pela discreta Daedalic Entertainment e a desconhecida (e detentora do melhor nome de empresa do ano) Mimimi Productions. Trata-se de um jogo de estratégia tático com visão isométrica no qual controlamos um grupo de habilidosos guerreiros do japão feudal em missões stealth intrincadas e desafiadoras. Como no saudoso Commandos, de 1998, as missões devem ser completadas na surdina e cada um dos personagens controláveis, de um rooster bastante variado que inclui ninjas, samurais, kunoichis e franco-atiradores, tem habilidades únicas. Shadow Tactics eleva o gênero com as particularidades do Japão histórico, oferecendo uma jogabilidade única, personagens interessantes e uma trama divertida. Nossa análise sairá em breve! A análise já pode ser conferida aqui!
9 – Total War: Warhammer
Além de uma carta de amor a todos os milhões de fãs do jogo de tabuleiro homônimo, Total War: Warhammer é o mais perto que já chegamos de um O Senhor dos Anéis oficial na famosa série de grand strategy da The Creative Assembly. Mais de 15 anos após o primeiro jogo da franquia, Shogun: Total War, seus criadores finalmente decidiram deixar o realismo histórico um pouco de lado e abordar um dos universos de fantasia mais populares do mundo. O jogo oferece várias raças com unidades que vão de cavaleiros de armadura a enormes trolls e grifos voadores, conceitos absolutamente novos na série. Adicione a isso uma campanha completa e sem bugs (que já prejudicaram muito a franquia) além de um multiplayer vibrante e dinâmico e DLCs periódicos encorpados e se tem um dos melhores Total War em anos.
8 – XCOM 2
O revival de XCOM em 2012 com XCOM: Enemy Unknown, deu o tom para essa sequência que segue fielmente os passos traçados por seu antecessor. Você atua como o comandante do programa Xcom, uma organização mundial secreta que entra em ação para deter uma invasão alienígena planetária. Em XCOM 2, os aliens ganharam a guerra e você tem que lutar para retomar a Terra em um conflito intrigante, que sempre oferece novas opções táticas. Por exemplo, você abastece sua nave com recursos, para aprimorar seus soldados, ou ataca uma instalação de pesquisa alienígena, o que potencialmente deixará as batalhas dali por diante mais gerenciáveis? O combate, tático e isométrico, é baseado em batalhas com forças extraterrestres e colaboracionistas e bota uma grande ênfase em buscar cobertura apropriada para seus soldados e na liberdade de escolher seus equipamentos e classes, dando total liberdade para cumprir seus objetivos. XCOM 2 conseguiu, com folga, superar o seu antecessor em todos os aspectos enquanto permaneceu um jogo facilmente reconhecível.
7 – Overwatch
Overwatch dispensa explicações depois de tomar o mundo de assalto. O gênero “shooter de heróis” ganhou uma força nunca antes vista com o lançamento desse gigante da Blizzard. Um trabalho de localização exemplar e a comunidade incrível que se formou em torno do jogo o ajudaram a se tornar enormemente popular no Brasil, o que é fundamental para o sucesso de um jogo exclusivamente multiplayer. Overwatch é divertido e continua surpreendente após as inúmeras horas gastas jogando-o e nos divertindo com ele aqui na redação.
6 – Dishonored 2
O primeiro Dishonored, ao juntar elementos de clássicos com Thief e as série System Shock/Bioshock, foi um dos títulos mais intrigantes da geração passado. Dishonored 2 retorna e retém essa mesma sensação de descobrimento e estranheza positiva do primeiro. Corvo Attano, o protagonista do primeiro jogo, está de volta e pode ser controlado, mas também temos a opção de assumir o papel de Emily Kaldwin, sua filha e imperatriz, que tem poderes e movimentos inteiramente novos. O fantástico design de fases que elevou o primeiro jogo a uma categoria muito acima de um simples jogo de ação em primeira pessoa retorna ainda melhor e a dificuldade imperdoável vai te fazer suar para manter-se inconspícuo e tentar aqueles desafios de fantasma e não-letais. Trata-se de um jogo exclusivamente single-player com uma campanha extensa, grande fator replay e é, sem dúvida, um dos melhores do ano na minha opinião.
5 – Civilization VI
Desde Civilization IV não jogo um game da franquia que inovasse tanto e, ao mesmo tempo, fosse tão recompensador quanto Civilization VI. De Distritos à nova dinâmica de unidades de trabalhadores, do novo sistema de felicidade ao comércio, Civ VI foi corajoso e preciso com suas inovações e conseguiu se manter como um jogo do gênero estratégia 4x dos mais acessíveis e divertidos. As novidades conseguem agradar aos fãs xiitas e aos que já vinham se cansando da fórmula de bolo histórica da série. As recentes atualizações apontam para um futuro promissor do jogo em 2017, com novas DLCs e pacotes de expansão pagos e/ou gratuitos que certamente tornarão o jogo uma experiência ainda mais completa.
4 – Uncharted 4
A despedida de Nathan Drake não poderia ter sido melhor do que isso. É sério, Uncharted 4 é uma experiência absolutamente emocionante e incrível como um jogo individual e também como prova de que o estúdio Naughty Dog evoluiu muito desde o início da geração passada com o primeiro game da franquia. Uncharted 4 é o resultado de um esforço transgeracional e multi-jogo que oferece um desfecho maravilhoso a velhos rostos da série enquanto apresenta novos personagens tão importantes e carismáticos quanto os mais antigos. É um inegável triunfo da incipiente mídia dos games e um tributo ao talentoso estúdio da Sony.
3 – Doom
A melhor surpresa de 2016 já existe desde os anos 90 e pega emprestado muito das iterações daquela década. Doom é uma perfeita adaptação do gameplay veloz dos dois primeiros jogos, atualizando o arsenal do protagonista Doom Guy e os demônios que ele mata em sua aventura sanguinolenta. Doom é metal pauleira na jogabilidade e na trilha sonora e, embora as belíssimas e amplas arenas do jogo ofereçam pouco tempo de descanso entre um tiroteio e outro, conseguiu reescrever a icônica trama do incidente em Marte que abre o portal do inferno para nosso mundo de uma maneira interessantíssima, que o jogador pode descobrir ao conversar com um pequeno núcleo de personagens ou encontrando registros de antigos trabalhadores da base marciana. Doom me fez reviver o melhor de duas décadas atrás em uma campanha de 15 horas – e eu adorei cada minuto.
2 – Final Fantasy XV
Final Fantasy é, sem a menor dúvida, uma das mais bem-sucedidas e famosas séries do mundo dos games. Ela sempre esteve na vanguarda, para o bem ou para o mal, e Final Fantasy XV, originalmente Final Fantasy Versus XIII, se reinventou um bocado de vezes para garantir que estaria, mais uma vez, na frente da concorrência. O que é mais impressionante em FFXV é como o jogo é evidentemente tão incompleto e ao mesmo tempo tão realizador. Tarefas opcionais meia-bocas e história com lacunas significativas não ofuscam o esplendor do fantástico e inoxidável sistema de combate ou do maravilhoso relacionamento compartilhado pelos quatro personagens principais em sua road trip. Com esses pontos positivos, Final Fantasy XV foi meu RPG favorito em 2016.
1 – Titanfall 2
Eu já era um grande fã do primeiro Titanfall, um jogo sem singleplayer que joguei uma quantidade ultrajante de horas, mas Titanfall 2 superou todas as minhas expectativas. A campanha é uma das melhores do ano, com uma cadência tão brilhante que por si só já torna difícil não se encantar pelo jogo. Além disso, o multiplayer brilhante, que introduz inovações corajosas e modificações laterais acertadas para equilibrar o jogo, foi meu favorito isolado em 2016. Titanfall 2 é um jogo fantástico e merece a atenção de todos os fãs do gênero FPS. Na boa, você deveria comprá-lo.
Menções honrosas:
- The Legend of Heroes: Trails of Cold Steel 2
- Deus Ex: Mankind Divided
- Gears of War 4
- Superhot
- Battlefield 1
- The Witcher 3: Blood and Wine (contradizendo só um pouquinho o que escrevi no primeiro parágrafo).