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EA multa campeão de Madden por comentários racistas

De acordo com a EA, o atual campeão do maior campeonato competitivo de Madden recebeu uma multa e penalidade no ranking devido ao “material inapropriado” postado na internet. Neste ano, Chris “Dubby” McFarland venceu o campeonato de 2017 levando para casa U$ 75.000,00.

Chris

Enquanto jogava e vencia seus oponentes, algumas pessoas começaram a pesquisar posts de suas redes sociais e descobriram que o rapaz usa palavras racistas para falar sobre pessoas negras. A EA deixou bem claro que não foram tweets de anos atrás, mas sim comentários antes, durante e depois do Madden Bowl (nome do campeonato).

A EA deduziu U$ 3.000,00 de seu prêmio e 100 Madden NFL Championship Series Points de seu histórico. De acordo com matéria publicada na Polygon, 100 é um baque forte haja vista que o top do ranking em Dezembro tinha 1000 pontos sob seu nome.

Matt Marcou, comissário para jogos competitivos da EA Games, disse que a multa será usada em campanhas de conscientização de jogadores quanto a sua exposição ao se tornarem atletas de alto nível, a fim de estimular a promoção das oportunidades para todos.

Em um primeiro momento, o jogador pediu desculpas de forma protocolar, mas continuou postando no Twitter indiretas que sugeriam que ele estava mais revoltado com a necessidade de se privar de dizer certas coisas do que de fato arrependido. Entretanto, após outras declarações da EA e da comunidade, Chris deixou uma mensagem de que parece ter, enfim, entendido do que se trata tudo isso:

“Eu aceito as consequências e planejto representar tanto eu mesmo quanto o jogo Madden de forma positiva.”

Esse episódio é apenas um de muitos outros que mostram o quanto é problemático para os e-sports o destaque repentino de muitos jogos e jogadores. A comunidade gamer, de uma maneira bem generalizada, conserva muitos valores preconceituosos, racistas, machistas, sexistas e até xenofóbicos, basta uma jogatina online para confirmarmos isso. Apesar de estar mudando consideravelmente, com o envolvimento de muita diversidade na indústria, imprensa e fãs, ainda há uma tradição negativa empregnada vinda de uma época em que videogames eram vistos como coisa de meninos. Nós temos que abrir os games para o mundo e não fechá-los para poucos.

Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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