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Análise: Atelier Firis: The Alchemist and the Mysterious Journey é o inicio de uma jornada de evolução

A franquia Atelier é o carro chefe do estúdio Gust, juntamente sendo o principal RPG da Koei Tecmo. Praticamente todo ano tem um lançamento desta série onde varia de jogo totalmente novo ou remake. Todos sabem aquilo que preocupa a qualquer um em relação a franquias anuais, não é? O game virar algo maçante. A Gust sempre tentou ao máximo trazer alguma inovação pequena ou grande para seus jogos, porém, nunca arriscou mudanças radicais. Atelier Firis é interessante por trazer suas mudanças e, ao mesmo tempo, ser o segundo titulo de uma trilogia. Diferente de seus antecessores onde existe um world map que selecionamos nosso destino, agora somos entregues a um mundo aberto com vários locais para explorar e se aventurar junto de Firis e seus amigos.

O INICIO DE UMA JORNADA FANTÁSTICA

Firis é uma jovem garota que vive em uma aldeia construída dentro de uma caverna com um portão enorme que impede as pessoas de saírem, pois acreditam que o mundo é um lugar perigoso e apenas os fortes podem ir se aventurar. Obviamente Firis deseja conhecer o que está além do portão, porém, a coitada é extremamente fraca e frágil, diferente de sua irmã que é uma poderosa caçadora (é interessante que representam isso deixando ela alguns leveis acima do restante da party). Porém, depois de um encontro pré-destino a jovem menina conhece sobre alquimia e, depois de altas confusões, recebe o desafio de passar um ano no mundo exterior e retornar como uma verdadeira alquimista.

Diferente de todos os outros onde a personagem principal ficava em sua cidade e a aventura sempre baseava nas redondezas onde ela teria que resolver problema de seus conterrâneos, Firis sai em busca de sua aventura e cada vez mais se distanciando de sua aldeia. O mundo aberto consegue representar isso com perfeição, principalmente pelo atelier dela ser portátil, podendo ser usado em qualquer fogueira de acampamento que achar pelo mapa.

Em meio a jornada é normal encontrarmos pessoas que liberaram side quests, monstros para enfrentar, muitos materiais para alquimia, vilas e novos alquimistas para mostrar o quanto esse mundo tem para oferecer.

Infelizmente devo avisar que nem tudo está perfeito, uma vez que a navegação pelo mapa acaba sendo prejudicada pela falta de um zoom e existem algumas quests que nos deixam perdidos por falta de navegação mais precisa. O mapa é grande e achar algo pode custar muito tempo, principalmente com um relógio correndo do lado da tela e avisando que os dias estão passando e cada vez mais está perto de acabar o limite de um ano “in game”. O tempo passa rápido e isso acaba causando ainda mais pressão no jogador, porém, a passagem de dia-tarde-noite e eventos climáticos acontece em tempo real e isto é algo bonito de se ver.

SIMPLIFICADO, MAS ÁGIL

Outras mudanças que envolvem Atelier Firis é o sistema de combate de synthesis. Agora com apenas quatro membros na party, temos todas as opções que costumávamos encontrar menos dos membros auxiliares que serviam para maximizar o número de ataque ou para proteger alguém que está sendo alvejado. Por Firis ser fraca, foi adicionado um sistema onde algum membro da equipe pode defendê-la. É meio incomodo ter que ficar protegendo-a, porém, isto mostra que o fato dela ser frágil não é algo que influencia apenas a história ou uma desculpa por ela nunca ter saído em jornada anteriormente. Todos os personagens podem carregar bombas e itens de heal feitos pela Firis, fazendo dela não ser exclusiva nisso. Porém, para ela ser mais útil no combate, também possui magias de ataque, buffs, heal e debuffs. Além disso, a famosa barra de “fever” teve suas funções moldadas ao ser àquilo que possibilita a defesa e quando está preenchida surge a opção de formar combos na ofensiva entre todos os membros da party, desta forma eles atacam juntos com suas habilidades ou jogando itens para causar um dano mais poderoso.

O sorriso sereno de quem vai te explodir
O sorriso sereno de quem vai te explodir.

Enquanto isso, a alquimia agora não é mais tão complexa quanto nos outros games onde deveríamos nos preocupar com mil e uma opções. Não sei dizer se terem simplificado foi algo bom ou ruim, mas em todo caso irei explicar como funciona agora:

Da mesma forma que os anteriores devemos escolher os materiais para fazer a synthesis, porém, cada um apresenta uma imagem ao lado com uns cubinhos, ao termina de selecionar os itens, somos levados a uma tela que mostra vários quadrados e linhas nas quais devemos preencher com os cubos representantes dos materiais para então liberar os efeitos extras. As cores dos cubos também influenciam nos bônus. Em resumo, é como se fosse um tetris. É difícil explicar verbalmente, mas confira as imagens a baixo para entender melhor.

 ATÉ A ENGINE É NOVA, PODE ISSO?

Em meio a tantas novidades, outra que veio a chamar atenção é a mudança da engine gráfica. Algo que já estava cravado na série Atelier, era seus belos gráficos que faziam parecer desenhos feitos a mão num tom 3D, porém, Atelier Firis trás uma nova engine que deixa mais leve seus traços e mais fluido o movimento dos personagens. Particularmente, eu considero a anterior mais bonita por apresentar uma característica própria (a aparência de desenhos), porém, esta não fica tão pra trás por conseguir carregar um número maior de detalhes e não ser difícil de acostumar com ela.

Um dos medos envolvendo esta engine era como o jogo ficaria no PSVita, já que no Playstation 4 não se nota nenhum problema. No portátil da Sony se encontra alguns pequenos problemas de frame rate (algo que já está presente em todos os outros jogos da série no Vita).

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CONCLUSÃO

Atelier Firis é um salto em relação ao titulo anterior – Atelier Sophie –, porém, a Gust ainda precisa aperfeiçoar mais a ideia de RPG com mundo aberto. Como primeiro titulo a trazer essas características, fica a promessa que o próximo jogo da trilogia poderá trazer uma experiência muito mais agradável. Atelier Firis é um bom RPG em todos os aspectos, porém, tem seus pecados. Não é perfeito, mas está longe de ter uma grande falha. Sua história é básica e seus personagens inéditos trazem consigo a carga da franquia. Provavelmente a simplificação de seus sistemas pode desagradar jogadores de longa data, contudo, pode ser algo que trará novos fãs.

Se Firis era o “teste drive”, posso dizer que estou ansioso para o Atelier de 2018.

{{

game = [Atelier Firis: The Alchemist]

game = [and the Mysterious Journey]

info = [Lançamento: 07/03/2017]

info = [Produtora: Gust]

info = [Distribuidora: Koei Tecmo]

plataformas = [PS4, PSVita e Steam]

nota = [4/5]

decisão = [Compra obrigatória para fãs de RPG]

texto = [Atelier Firis é um diamante bruto que se for]

texto = [polido poderá ser um RPG perfeito]

positivo = [Mundo Aberto]

positivo = [Evolução notável]

positivo = [Sistemas simplificados]

positivo = [Personagens padrão Gust]

negativo = [Navegação do mapa guia]

negativo = [Pressão do relógio]

negativo = [Quests com objetivo incerto]

}}

Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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