Toukiden 2 é a sequencia direta de Toukiden Kiwami e busca manter suas características mais próprias como hunting game, mas também inova no estilo trazendo um mundo aberto. Omega Force fez uma aposta arriscada em buscar mesclar esses dois estilos de game em uma sequencia invés de criar algo totalmente novo no qual pudesse adaptar com maior facilidade. Tal ousadia conseguiu gerar uma experiência extremamente agradável para os caçadores.
JAPÃO FEUDAL COM VIAGEM NO TEMPO
Uma das coisas mais intrigantes em qualquer narrativa é a existência de viagem no tempo. Isso certamente dá uma tela azul na mente de qualquer um que acompanha uma história que apresenta este tema, não é? Omega Force não foi ousada apenas no estilo do jogo, já que ela também encaixou viagem temporal no enredo de Toukiden 2.
Tudo começa na noite do “Despertar”, o evento mais mencionado no primeiro jogo (para os que não conhecem: O despertar foi quando uma enorme horda de onis – demônios – surgiram e mostraram que sua existência era um risco ainda maior para a humanidade). Aqui estamos jogando com um dos slayers responsáveis para confrontar os Onis que estavam aparecendo. Porém, com o surgimento da criatura mais poderosa ocorreu do protagonista ser sugado em um tipo de buraco de minhoca que acabou o levando para um futuro não distante. Um ponto importante: Esse tal futuro se passa poucos anos depois do final do primeiro jogo.
Desmemoriado sobre o que fazia antes, o protagonista busca respostas na vila em que despertou. Porém, ele possui sua obrigação como um slayer e, devido a isso, está disposto a proteger esta vila contra qualquer Oni, enquanto busca por respostas sobre o seu passado e o que o causou a sua viagem no tempo.
Personagens tão carismáticos quanto os do Toukiden Kiwami vão estar presentes nessa nova aventura. Posso citar que a Professor e a Gwen são as melhores dessa nova geração, uma vez que uma é sarcástica e esperta, enquanto a outra é a representar dos slayers ocidentais.
TEM TUDO QUE UM JOGO DE CAÇA PRECISA TER
Toukiden ao ser lançado já se destacava em sua jogabilidade dinâmica e divertida. Isso somente aumentou com a vinda da versão Kiwami. A sequencia não poderia tirar essa evolução dos trilhos e conseguiu tornar o jogo ainda melhor do que já era. Por mais que a premissa seja que este game tenha se tornado um open-world, aqui podemos ver todas as características de um jogo de caça clássico, onde podemos fazer inúmeras armas e armaduras, além disso, selecionar missões para destruir os “monstrões”. Além disso, o principal que vem a ser o multiplayer que funciona tão bem quanto o jogo antecessor, onde ter aliados pensantes com builders bem feitas é sempre bem vindo.
Uma das melhores adições veio a ser o dash que auxilia nos combates e também para se movimentar no mapa com maior velocidade. Além disso, também teve a adição da Demon Hand que é uma mão enorme feita de energia espiritual que pode ser usada para agarrar partes do cenário e se mover instantaneamente até tal local, isto também pode ser utilizado em Onis para chegar neles atacando. A Demon Hand também tem utilidade para derrubar monstros grandes e atacá-los com um poderoso golpe quando uma barra estiver preenchida.
Alguns fatores foram levemente modificados, como é o caso dos Mitamas (almas de samurais que você poderia equipar pra te auxiliar). Da mesma forma de antes, existe três slots para equipá-los, entretanto, agora cada slot está conectado a um equipamento:
- Mitama principal encontra-se na arma. Este vai proporcionar quais as habilidades você vai querer. Essas habilidades variam como heal, aumento de dano, defesa ou recuperação de stamina. Além disso, eles costumam ser consumíveis.
- Mitama defensivo encontra-se na armadura. Este vai dar algum bônus passivo ou ativo que envolva defesa. Por exemplo: Se levar um hit, ele é ativado e diminui o dano recebido por um tempo determinado.
- Mitama ofensivo encontra-se na Demon Hand. Este vai dar algum bônus de dano diretamente ou indiretamente, pois tem alguns que enchem a sua barra de ataque especial de forma automática ou invocam algo pra atacar o inimigo.
Essa mudança foi extremamente bem vinda, uma vez que no jogo antecessor eles serviam apenas para garantir as habilidades e bônus passivos.
OPEN WORLD! OPEN WORLD EVERYWHERE!
O sistema de open world anda sendo encaixado em quase todos os títulos atualmente. Por ser algo que consegue entreter muitos jogadores, acaba sendo cada vez mais pedido que as franquias cedam a este gênero. Toukiden 2 foi o pioneiro dos hunting game a fazer isso. Além das missões costumeiras que encontra nos jogos de caça, também possui quests espalhadas pelo mapa pedindo pra encontrar algum item, destruir alguns onis e assim por diante. Quando você sai da vila, nota o verdadeiro potencial do mundo deste jogo, uma vez que você tem total liberdade para explorar todo e qualquer canto em busca de quests e Onis. Eles surgem em tempo real, além disso, é recomendável retornar para a vila depois de um tempo para recarregar suas habilidades. Em meio deste mundo aberto o sistema de demon hand e dash vem a calhar por ajudar muito na movimentação.
Além de tudo que já foi mencionado, também podemos encontrar dugeons e slayers em perigo que, ao salvá-los, eles vão nos ajudar por um bom tempo tornando-se um quinto membro na equipe – já que esta normalmente só possui 4 integrantes.
O multiplayer também funciona em meio deste mundo, onde os jogadores poderão se aventurar juntos nesse enorme mapa, porém, é restrito apenas para quem se encontra no lobby, não sendo algo parecido com um MMORPG.
Atrevo-me a falar que o maior pecado deste mundo aberto foi não proporcionar ainda mais características deste gênero. Sair em meio do mundo matando onis apenas dá itens, materiais e aumenta os leveis de seus mitamas, porém, o personagem em si não tem uma evolução com habilidades. Isso poderia proporcionar builds ainda mais distintas.
Um defeito gritante é o mapa que as vezes a direção mais atrapalha do que ajuda. Independente de como esteja o zoom deste, muitas vezes somos obrigados a recorrer ao mapa-“semi”-múndi que aparece ao pausar o game. Além deste defeito, as vezes a vila e suas redondezas parece ser maior do que o necessário, uma vez que tudo de importante se encontra numa unica rua.
OUTRAS FUNÇÕES E CONCLUSÃO
Os gráficos de Toukiden 2 receberam um belo upgrade no PS4, enquanto no PSVita acabou ficando um pouco inferior ao seu antecessor para conseguir funcionar sem nenhum problema, principalmente pelo mundo aberto ter quase nenhuma tela de carregamento. A fluidez é outro destaque, mesmo com várias “explosões” e onis em tela, não presenciei nenhuma queda de frame. Devo parabenizar a Omega Force por essa ótima produção, porém, ainda acredito que ela deveria ter sido ainda mais ousada na questão do mundo aberto, principalmente por já ter sido corajosa o suficiente para fazer essa mescla.
Se eu fosse dar uma nota para Toukiden 2 como um jogo de caça, ele certamente ganharia nota máxima por ser um dos melhores do seu gênero. Porém, como um jogo no geral ainda tem fatores que devem ser trabalhados para conseguir despertar o interesse um público maior. Acredito que a adição do mundo aberto não foi apenas para aumentar a qualidade do jogo, mas também na esperança de conquistar novos fãs. Toukiden 2 não atrai os jogadores pelo se transformou, mas sim por ser continuação daquilo que já era.
{{
game = [Toukiden 2]
info = [Lançamento: 21/03/2017]
info = [Produtora: Omega Force]
info = [Distribuidora: Koei Tecmo]
plataformas = [PS4, PSVita e Steam]
nota = [4/5]
decisão = [Compra obrigatória para fãs]
texto = [Toukiden 2 é um dos melhores hunting game]
texto = [já lançados.]
positivo = [Evolução do hunting game]
positivo = [Jogabilidade]
positivo = [Mitologia de Toukiden]
negativo = [Mini-mapa]
negativo = [Open world pouco aproveitado]
negativo = [Vila mal distribuída]
}}
cara ta demais o jogo tinha um vasio enorme no ps4 com a saida do monster hunter da sony, mas toukiden 2 esta me suprindo demais e digo q aqui nesse jogo temos varias coisas q supera o monster hunter q e o meu jogo favorito no qual devo ter mais de 5000 horas facil facil!!!