Análise: Uncharted The Lost Legacy é mais uma ótima adição à série
Uncharted: The Lost Legacy chega como capítulo final da série Uncharted e nos coloca em mais uma aventura épica, esta vez liderados por Nadine e Chloe, ao invés de Nathan Drake. Em detrimento de ser tratado como um jogo “completo”, The Lost Legacy chega como um spin-off da série, mantendo todos os atributos que vimos em Uncharted 4 e, novamente, gráficos e narrativas de cair o queixo.
Vamos procurar a presa de Ganesh
Em Uncharted: The Lost Legacy, somos levados à Índia para procurar uma relíquia chamada Presa de Ganesh, fazendo referência a presa da deusa Ganesh, que tinha características de um elefante. No meio desta aventura, vamos descobrir sobre o reino perdido de Hoysala, que existiu entre o século 10 até o século 14. Se prepare para visuais absurdamente lindos e aprender muito sobre Ganesh, Shiva e Parvati.
Para explorar esse lindo mundo, temos o retorno de Chloe Frazer, que apareceu em Uncharted 2, e Nadine Ross, que foi apresentada em Uncharted 4. Assim como vimos em todos os Uncharted, nossas heroínas vão se ver obrigadas a achar o tesouro antes de seu rival, que neste jogo é chamado de Asav. Logicamente, Asav terá um exército atrás dele e você será obrigado a ser sorrateiro… até o momento que você jogará toda a estratégia para o alto e começará a atirar em todos seus inimigos…
Aqui fica claro o DNA da franquia, conhecida por sua narrativa. Mais uma vez passaremos por uma história (cerca de 7 horas no total) em que veremos o relacionamento dos personagens, sua motivações e alguns plot twists. Também estão presentes diversas cenas tensas que colocarão Chloe por um fio, e takes de câmera majestosos, com ambientes que lhe deixarão boquiabertos.
E claro, sou obrigado a deixar claro que você irá se divertir com diversas piadas e implicâncias que serão feitas ao longo do jogo, além de cenas de ação que irão fazer os grandes filmes de Hollywood chorar de inveja.
O maior mapa explorável já visto em Uncharted e mais novidades
A Sony investiu muito no marketing de Uncharted: The Lost Legacy, mostrando sua história e gráficos, mas talvez o ponto mais emblemático do jogo seja o fato de que este é o maior mapa que a série já viu. Após o rápido e explosivo início do jogo, onde Chloe e Nadine roubam Asav e depois correm para se salvarem, você deverá explorar uma densa e linda floresta.
Aqui é você quem vai determinar quanto tempo vai ficar. É possível somente resolver os três puzzles principais e seguir com a história, ou então investir na exploração de cada metro desta floresta. Existe um desafio em que você deverá pegar onze medalhões que fazem referência aos onze reis de Hoysala, e depois terá que desbloquear um colar que está trancado. Certamente podemos dizer que é o maior puzzle que já vimos na franquia. Porém, nem tudo são flores. Particularmente achei esse vasto mapa um tanto vazio. Certamente é legal ficar explorando e dirigindo por ele, mas isso não tira o fato de que falta desafio. Enquanto em um jogo de mundo aberto temos coisas para fazer a cada dez segundos, é possível navegar neste mapa por minutos sem encontrar ninguém.
Além deste grande mapa, existem duas novidades que de certa forma foram mal aproveitadas. A primeira é a possibilidade de poder destrancar caixas específicas de armamento do Asav e descolar uma arma mais poderosa/rara. Já a segunda novidade é que existe armas com silenciadores. Durante minha jornada achei que elas não ajudaram tanto quanto podiam, ainda mais as armas com silenciador que poderiam dar um novo tom ao jogo com um estilo mais furtivo.
Mecânicas, Online e modo sobrevivência.
Certamente você deve estar pensando que por mais legal que pareça Uncharted: The Lost Legacy, as suas 7 horas de história o tornam um jogo muito curto e um investimento questionável. Mas não se preocupe, o jogo tem uma boa sobrevida.
Antes de mais nada, temos que falar de sua mecânica. Quem jogou Unchated 4, sabe exatamente o que vai esperar do jogo. Ele é fluido, com duas opções de arma, há a possibilidade de nos protegermos nas paredes e coberturas. Além disso, é possível escalar paredes e surpreender seus inimigos com uma bela paulada de cima. E claro, a corda ainda se faz presente em The Lost Legacy.
Tendo essa mecânica em mente, a Naughty Dog trouxe dois modos para explorar. O primeiro é o modo online, onde jogadores são colocados em uma mapa e terão que enfrentar o time adversário junto com seus amigos. Como todo bom multiplayer online, você deverá matar seus inimigos e sobreviver. Ainda, pode-se usar poderes e coletar dinheiro para desbloquear muitas melhorias. Caso sua praia não seja muito o online competitivo (eu sou assim), será possível se juntar a outras pessoas online e encarar o modo sobrevivência, que irá desafiá-lo por diversas ondas de ataque de inimigos.
Conclusão
Embora Uncharted: The Lost Legacy seja um jogo menor em escala do que Uncharted 4, ele consegue manter o excelente nível da série, entregando uma história muito boa e dinâmica e com ótimos personagens e relacionamentos muito divertidos. Também é válido notar que os gráficos são de cair o queixo. Infelizmente o jogo deixou a desejar com suas novidades (elas parecem não ter sido utilizadas ao seu máximo potencial). Felizmente, os pontos negativos não atrapalham muito.
Assim como falei em Knack II, o fato de seu preço de venda ser de U$ 40 (R$ 150), o torna uma compra muito atraente.
{{
game = [Uncharted]
game = [The Lost Legacy]
info = [Lançamento: 22/08/2017]
info = [Produtora: Naugthy Dog]
info = [Distribuidora: Sony]
plataformas = [PS4]
nota = [4/5]
decisão = [Um bom jeito de fechar a série]
texto = [The Lost Legacy não será tão memorável quanto]
texto = [Uncharted 4, mas mantém todas suas qualidades]
positivo = [Lindos gráficos]
positivo = [Bons personagens]
positivo = [Gameplay polido]
positivo = [Modo online]
negativo = [Exploração vazia]
}}