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Análise: Mary Skelter Nightmares traz um grande RPG com ambientação sombria

Idea Factory junta de Compire Heart é sinônimo de qualidade quando o assunto é RPG para o portátil da Sony, tendo sempre um padrão no estilo de seus personagens ou desenvolvimento da história. Contudo, às vezes surpreende com jogos que saem totalmente o estilo de roteiro no qual os fãs já estão acostumados e um bom exemplo disso é Trillion. Por sua vez, Mary Skelter Nightmares consegue ser um destes jogos ao trazer uma história mais tensa e sombria que é aliviada devido a sua leve comédia.

O mundo de pesadelos

Logo de início nos deparamos com os protagonistas, Jack e Alice, presos num tipo de prisão. O que parecia ser apenas um momento dark antes da explosão de purpurina acabou se mostrando ainda mais obscuro quando os dois começam a dialogar e revelar que constantemente são torturados naquela prisão. Por curiosidade, Alice necessita do sangue de Jack para manter-se sã e viva. Tudo muda quando “Red Riding Hood”, uma garota de capuz vermelho, surge querendo salvar Alice por ela ser especial. Jack também acaba se envolvendo nesta fuga. A partir deste ponto a história dos dois amigos começam a se desenvolver. É contado que existe mulheres com sangue especial chamadas de Blood Maidens e que são as únicas pessoas capazes de enfrentar as criaturas bizarras deste mundo. Além disso, os dois são levados para uma mini cidade onde vive a resistência de humanos que querem sobreviver.

É interessante citar que todos os personagens que podem entrar na party possuem o nome em homenagem às personalidades dos contos de fadas tendo até mesmo uma Branca de Neve e Bela Adormecida.

Um RPG Dugeon Crawler clássico repaginado

Com a movimentação de um dugeon crawler, Mary Stelker Nightmares trás várias características interessantes que deixam o mapa extremamente dinâmico e divertido de ser explorado. Vamos começar pelas armadilhas, já que estas estão espalhadas por todos os mapas e de formas variadas que vai de espinhos no chão até um carro de ferro andando num trilho para te atropelar. Além disso, também existem inúmeros obstáculos que impedem o jogador de ir mais além, porém, isto trás uma outra característica bem pensada no jogo onde cada membro da party tem sua habilidade especial para ser usada dentro das dugeons. Por exemplo, Alice possui o “rabbit hole” que permite criar save points e teletransportar o jogador para a cidade, enquanto a Chapeuzinho Vermelho pode cortar certos obstáculos. Palmas vai para a Snow White que coloca bombas para destruir paredes, lembrando um pouco o saudoso Bomberman.

Dois caminhos a seguir nas batalhas

Outro brilho de Mary Stelker Nightmares é o sistema de batalha onde temos Jack como suporte para as Blood Maiden que são as verdadeiras guerreiras da história. De início o garoto pode apenas protegê-las com seu próprio corpo, jogar itens e optar pela ruga, porém no desenrolar do jogo podemos ver a evolução de Jack que se torna mais útil para suas amigas podendo disparar seu próprio sangue para fortalecê-las ou controlar sua fúria.

Enquanto as outras personagens podem atacar, utilizar skill, itens ou fugir. A formação é dividida entre aquelas que ficam na Front e na Back, sendo as primeiras as responsáveis em aguentar dano e atacar a curta distância, uma vez que as responsáveis pela retaguarda tem o dever de dar suporte e atacar inimigos a longa distancia.

Uma característica que deixa o jogo ainda mais interessante vem a ser os dois “super mode” que as Blood Maiden podem atingir. Independente do modo é necessário conseguir cinco pontos. A forma pura de uma Blood Maiden, o Massacre Mode, é conseguido ao realizar critical hit, matar inimigos ou utilizar suas habilidades, além disso, Jack também pode ajudar ao disparar seu sangue nelas. Este modo permite que as garotas fiquem mais poderosas por um turno. Enquanto isso o outro modo é o Blood Stelker onde deixa as garotas incontroláveis e um tanto malignas, este modo é adquirido quando elas morrem em batalha ou levam golpes críticos, deste modo Jack é encarregado de controlá-las para impedir disto acontecer.

Ambientação e outros detalhes

O mais fantástico é o design das dugeons que são bem variadas e consegue fazer o jogador sentir certa tensão no ar. A ambientação traz um ar fantasmagórico que com alguns elementos bizarros que foram capazes de me assustar duas vezes. A música ajuda nesta questão, uma vez que são remixadas para ter uma mescla entre o sombrio e a animação. A existência da criatura chamada Nightmare consegue trazer a sensação de perigo para o jogo, já que esta surge quando o mapa escurece e passa a perseguir o jogador fazendo que busque abrigo na luz. No momento que destrói o core da dugeon e enfraquece o Nightmare, chega o momento de sua vingança.

Para os jogadores que gostam de conteúdo complexo tem a chance de se divertir com o sistema de criação de skills para fortalecer o arsenal de ataques de sua Blood Maiden e a mudança de classe que permite a utilização de novas armas e variação em seus pontos de status.

CONCLUSÃO

Mary Skelter Nightmares é um jogo no qual eu não aguardava com anseio. Pelo o que era apresentado despertava certo interesse, mas não uma necessidade enorme em jogá-lo, porém, sua qualidade e carismática acabaram por me cativar de uma forma sem igual. Provavelmente um dos melhores lançados para o PSVita em 2017 e, sem dúvidas, seu melhor exclusivo do ano. Se eu pudesse citar um defeito seria alguns momentos que o desenrolar da história é tão extenso que seria extremamente recomendado a existência de save point em meio das situações para auxiliar aqueles jogadores que precisam parar de jogar.

{{

game = [Mary Stelker]

game = [Nightmares]

info = [Lançamento: 19/09/2017]

info = [Produtora: Compire Heart]

info = [Distribuidora: Idea Factory Internacional]

plataformas = [PSVita]

nota = [5/5]

decisão = [Recomendado para comprar]

texto = [Um ótimo RPG em questão de gameplay]

texto = [com história envolvente]

positivo = [Enredo sombrio e cativante]

positivo = [Sistemas]

positivo = [Ambientação]

positivo = [Personagens]

negativo = [As vezes tem textos muito longos]

}}

 

Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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