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Cobertura: Festival Retro Games Brasil reúne os amantes dos jogos clássicos

No dia 25/05 em São Paulo ocorreu o Festival Retro Games Brasil, um evento com intuito de unir o público amante de games, mas em especial dar um merecido foco para o segmento “retrô”.

Foi utilizado a Casa de Nassau como local para o festival, trazendo um ambiente extremamente amigável e familiar que conseguia fazer todos os envolvidos dizerem “lar doce lar”. Inclusive, é possível dizer que ali era de fato um verdadeiro lar para todos os apaixonados por este segmento.

Com muitas áreas para jogatina contendo telões de 75 polegadas, arcades originais, televisores menores e uma quantidade enorme de monitores PVM e BVM rodando clássicos em seu auge de beleza (a suprema “crocância” dos pixels como os apaixonados diriam). Além disso, de forma muito dividida o espaço contava com locais de vendas para jogos que em sua grande maioria eram clássicos e itens extremamente raros como um Game Cube com tematização de Char Aznable de Gundam (eu queria, mas o salário desse site mal deu para a passagem).

Foi notável a preocupação dos organizadores com o bem estar de seu público, pois no evento tinha bebedouros de água mineral num local de fácil acesso, distribuição de salgados e todos receberam uma última ficha de barra de cereal, três de suco e três de sanduíches (bem deliciosos, inclusive).

Outro ponto em que o evento acertou em cheio foi na forma que atuou com seus convidados, deixando que eles circulassem livremente pelo evento recebendo o carinho daqueles que os admiram e podendo trocar ideias de maneira informal com o público, fazendo com que não existissem barreiras entre eles. Falando em convidados, houve uma mesa redonda sobre revistas de videogames com os editores Pablo Miyazawa (Nintendo World e EGM Brasil), Humberto Martinez (Ação Games, PlayStation: Revista Oficial e OLD!Gamer) e Fabio Santana (Gamers, SuperDicas PlayStation, EGM Brasil e Edge Brasil) que contaram os desafios sobre a produção das revistas na década de 90, a amizade e respeito mútuo que os editores tinham, enquanto os diretores rivalizavam entre os momentos mais marcantes de suas carreiras.

Também trazendo maior conhecimento sobre os arcades no Brasil, aconteceu a palestra com Silvio Puertas que foi funcionário da Romstar/Capcom e possuidor de grande responsabilidade na implementação da desmarginalização dos fliperamas no nosso país.

E, por fim, um sensacional show da banda MegaDriver que abriu com a música Rise From Your Grave do consagrado beat’em up Altered Beast e até mesmo um arranjo inédito do shooter Lords of Thunder.

O Última Ficha conseguiu uma entrevista com Cléber Marques, um dos organizadores e membro da WarpZone. Cléber menciona que foi tranquila a produção do evento, pois houve grande apoio da comunidade, abraçando a ideia e dando um grande apoio. E, além disso, essa ideia era de longa data e que agora foi concretizada neste evento. Ele também menciona que o Retro Games Brasil estaria sendo o “laboratório” para descobrirem o que funciona e não funciona em busca de melhorar a experiência dos participantes para os próximos que pretendem realizar de forma anual.

Cléber, ao ser perguntado sobre a importância dos jogos retro numa geração que se preocupa cada vez mais com gráficos, mencionou que os games retro são importantes para servir de base para os atuais, principalmente em questões de jogabilidade, narrativa e carisma dos personagens. Sendo referência para a produção de grandes títulos.

Ao mencionar The King of Fighters ‘97 que foi relançado para PS4/PSVita e The King of Fighters ‘98 relançado para PS4 com melhorias e adição de multiplayer online, Cléber foi questionado sobre a opinião dele em relação a esses relançamentos de jogos clássicos. Ele se mostra totalmente a favor e, segundo o próprio, os relançamentos são uma soma. Não é algo que vai apagar o que já existia, só vai trazer uma nova versão para o quê já existe e caberá para o jogador optar edição que o agrada.

Finalizando a entrevista, ele também comenta que os jogos retro ainda tem espaço no mercado e por isso que as empresas indies utilizam tanto esse segmento, pois não cabe para as grandes produtoras de triplo A.

A RGB Inside, Arcade Players e WarpZone fizeram um ótimo trabalho em conjunto com a produção do Festival Retro Games Brasil. Se fosse um jogo, estaria dando dez fichas.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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