Uma jogada, ao meu ver, excepcional foi o lançamento de Thronebreaker: The Witcher Tales para o Nintendo Switch. A CD Projekt Red acerta em cheio em colocar esse excelente game podendo ser jogado aonde você quiser e na hora que quiser, pegando todos de surpresa já que a produtora disse que não pretendia trazer a franquia para o Switch.
Lançado no dia 23 de outubro de 2018 para PC e os consoles, a portabilidade para o pequeno “gigante” console da Nintendo veio no dia 28 de janeiro de 2020 e veio em uma excelente hora, dando oportunidade para que alguns players pudessem jogar enfim esse grande jogo, grande eu digo porque ele conta com mais ou menos 40 horas de gameplay. Não se assuste é isso mesmo! Então prepare-se pois os seus momentos de espera a consulta do médico passarão muito mais depressa.
História de Thronebreaker
Apesar de se parecer muito com um spin-off, não é bem essa a ideia do jogo. Misturando o universo de The Witcher, explorando ao máximo o famoso jogo de baralho Gwent, pegando uma excelente narrativa e somado aos RPG´s de turno temos essa grande obra. Apostando em um foco totalmente diferente do Geralt de Rivia, o jogo preferiu apostar em Meve, a rainha de Lyria e Rivia, enfrentando um ataque do exército Nilfgaard.
O ambiente onde se passa a história é recheado de intrigas políticas, regiões que estão em guerra e de alianças fadadas ao fracasso, isso nos obriga a ter muita cautela a lidar com determinadas situações e também em como gerenciar o exército. Meve carrega consigo uma ampla experiência em guerra e uma legião de soldados, artesãos e conselheiros.
Com Meve e a sua legião você irá explorar o continente enquanto tem de tomar uma série de decisões, essas decisões irão impactar diretamente na moral dos seus exércitos e consequentemente nas batalhas. Então agir da forma correta poderá lhe ajudar a passar mais facilmente pelos desafios, ou não.
Mas caso você queira saber mais sobre a história, você pode conferir nossa análise do jogo quando foi originalmente lançado em 2018.
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Jogabilidade de Thronebreaker
Durante a fase de exploração o jogo utiliza um sistema de visão superior muito bem desenhada, nele você será representado pelo boneco da Meve (a rainha) enquanto se desloca e explora. Nessa exploração você irá encontrar recursos, NPC´s e desafios todos eles representados no mapa. Esse deslocamento é feito de forma simples utilizando os direcionais do Joy-Con e apertando o botão “A” para interagir com os objetos.
Você pode reforçar seu exército – e, portanto, seu baralho de cartas – de várias maneiras, inclusive visitando pontos de recrutamento em todo o mundo e coletando recursos (nas formas de madeira e ouro) que podem ser usadas para atualizar suas tendas no acampamento, que por sua vez permitem criar cartas mais poderosas e dinâmicas.
Apesar de utilizar o sistema do Gwent no jogo, ele altera bruscamente as regras do jogo. Como assim????? Simples, nem sempre você precisa ter a maior pontuação para vencer o seu inimigo. Alguns desafios e batalhas do jogo possuem regras especiais de combate, seja elas em somente eliminar 1 carta do oponente inimigo, ou deixar todas as cartas com a mesma quantidade de vida. Então meu amigos se preparem, pois é necessário queimar alguns bons neurônios para alcançar alguns objetivos.
A única “reclamação” é a falta de utilização da tela touch do Nintendo Switch durante o jogo. Ele te força a utilizar os controles, mas estou tão acostumado que não chega a ser um ponto negativo, só que não poderia de forma alguma me furtar de falar sobre isso.
Gráficos
A parte gráfica do jogo é simplesmente muito bonita, mesmo sem ser a perfeição. O cenário é desenhado a mão com boas animações e com harmonia de cores e boas animações.
Dentro do jogo de Gwent as cartas são muito bem animadas, com desenhos bem feitos o que nos leva realmente a apreciar com se estivéssemos em um excelente jogo de tabuleiros de cartas. Nisso a CD Projekt Red não deixou a desejar nunca nas franquias do The Witcher.
O jogo roda em resolução 1080p enquanto encaixado e resolução 720p enquanto desencaixado, com ambos com uma taxa de quadros bloqueada de 30fps. Com a tela menor do Switch, eu esperava que o texto fosse difícil de ler ou que os detalhes das cartas seriam um desafio, mas o jogo é nítido e dimensionado de maneira bonita.
Áudio e Trilha Sonora
O jogo conta com uma narrativa bem elaborada, e possui a linguagem PT-BR que pode ser baixada na Nintendo e-Shop, ela não vem nativa no jogo, mas só fazer download do arquivo e configurar.
As vozes são muito bem feitas e tanto o narrador da história como as vozes do personagem tem boas entonações e fazem com que o jogador afunde de cabeça na história e fazendo com o que a gente se interesse ainda mais pela trama.
Conclusão
Já era um grande jogo nos consoles e PC e ficou simplesmente ainda melhor com a portabilidade para o Nintendo Switch, isso porque o port foi feito de forma extremamente competente e todo o visual do mundo de Geralt de Rivia pode ser levado com você para onde quiser.
Recomendo para todos os amantes de jogos estilo RPG e que gostam de um grande desafio, não pense que no Thronebreaker será aquela “mamata” que é o Gwent do Witcher, aqui sim temos um bom desafio no jogo de cartas.
Theonebreaker: The Witcher Tales
Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 10
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 8
9
Excelente
Com excelente jogabilidade você se perde durante horas e horas dentro da excelente narrativa que esse jogo proporciona. Minha recomendação é para todos que gostam do estilo, aos que não gostam com certeza esse merece uma chance.