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Análise: Mega Man Zero/ZX Collection é um ótimo escape da modernidade

Mega Man Zero/ZX Collection traz as sequências da saudosa franquia Mega Man X, fazendo o jogador conhecer os eventos de 200 anos após a derrota de Sigma.

Lançado originalmente para Game Boy Advanced, o saudoso GBA, Mega Man Zero conta a história que ocorre 200 anos depois do último confronto contra Sigma no qual encerrou a Maverick War que trouxe uma momentânea paz para o mundo. Infelizmente nesses 200 anos muitas coisas aconteceram e Zero foi despertado novamente num mundo caótico. Mega Man Zero/ZX Collection é o fechamento das coleções envolvendo o mundo de X e diferente do que aconteceu com a série original ao ser separada em dois collection, a série Z está presente em um único disco fazendo desta edição bem mais robusta do que as anteriores.

Mega Man Zero/ZX Collection inclui uma narrativa profunda

Por ter sido originalmente um exclusivo de GBA e depois de Nintendo DS, a série Z não ficou tão famosa quanto a antecessora, fazendo com que muitos acreditassem que a história termina no X8. Contudo, aqui temos uma valiosa continuação.

200 anos no futuro, Zero é despertado pela cientista Ciel. Contudo, sua memória foi perdida, fazendo com que o próprio desconfie se é realmente o lendário reploid Zero. Agora num mundo tão apocalíptico quanto aquele que em que viveu, os humanos estão correndo risco de exterminação pela organização Neo Arkadia. Cabe ao Zero conseguir derrotá-los e trazer novamente um equilíbrio entre os humanos e reploids.

Dividido em quatro jogos, a história conta com vários plot twist e se mostra extremamente profunda com uma mitologia própria e sólida, sendo capaz de andar com as próprias pernas sem necessitar dos eventos que ocorreram em Mega Man. Além disso, fazem com que a Elf War, uma guerra ocorrida anos depois da batalha final contra Sigma, seja mais significativa do que a própria Maverick War.

Enquanto isso, Mega Man ZX é ainda mais futurista e sucedem os eventos da série Zero, onde temos o protagonista Vent ou Aile que encontram o poder do Biometal Model X, permitindo que se transformem em reploid com aparência familiar do X. Sua história é consequência direta de tudo que ocorreu na saga do Zero, fazendo várias referências saudosas e criando a sua história narrativa.

Cada jogo tem em torno de 8 fases principais (alguns tem mais) e cerca de 2~3 finais. Os quatro primeiros é possível terminar em poucas horas, enquanto os dois últimos exigem um pouco mais de tempo.

 

Não é um jogo de robôs? O que raios são os elfos?

Conhecidos como cyber-elfs, são a evolução tecnológica capaz de colocar uma alma/consciência num ser semi-cibernético que é capaz de aparecer como um tipo de holograma ou até mesmo ter forma física. Por ser algo místico entre os reploids, ganharam o nome de cyber-elf.

O tempo de paz proporcionado com a derradeira derrota de Sigma, acaba quando um homem consegue construir o mais poderoso cyber-elf, o dark elf, iniciando uma inquisição aos humanos em busca de fazer a supremacia reploid vir a tona.

Na fase Zero teremos auxilio dessas criaturinhas, enquanto em ZX eles vão ter um envolvimento mais focado na história do que uma participação direta. Os cyber-elf em termos de jogabilidade servem como tanques de vida, proteção contra tiros, tiros extras, impedir de você cair num buraco e outras coisas.

 

Acompanhe uma evolução de jogabilidade

Mega Man Zero/ZX tem algo bastante divertido que é ver como os jogos vão evoluindo com o tempo. Por mais que os fatores gráficos sejam os menores, aqui você tem a chance de acompanhar várias características da jogabilidade sendo adicionadas e retiradas de um título para o outro. Por exemplo, em todos os Mega Man Zero temos a utilização de cyber-elfs para dar alguma bonificação como recuperar vida, aumentar o seu dano, te proteger e etc. Em cada jogo, vemos uma utilização mais equilibrada ou desbalanceada. Fazendo que você goste do que tem um, mas fique descontente com o outro.

É estranho colocar em palavras, só que as mudanças são nítidas e não são capazes de agradar gregos e troianos, pois aqueles que gostam de maior facilidade, por exemplo, vão preferir do Zero 3, enquanto os que não curtem os cyber-elfs vão preferir o 1 ou 4.

Podemos ver sequencialmente mudanças desses tipos, características que tentaram inovar e tudo mais. Além disso, vemos que no primeiro jogo tentam se afastar mais da série X, porém, no corredor dos outros pegam mecânicas consagradas e adicionam.

Um ponto forte está na série ZX que se transformou numa mescla de Mega Man com metroidvania, deixando o título mais diferenciado dos demais exigindo que o jogador explore os seus belos cenários cheios de detalhes.

Algo que é importante ser mencionado é que os quatro primeiros jogos apresentam wallpaper lateral, fazendo com que a tela fique melhor dividida, porém, é possível deixar o zoom como full. Enquanto isso, os dois últimos por terem sido do Nintendo DS, tem a sua tela dividida em três onde a melhor representa a tela de touch que você controla com o R3 (no caso do PS4) e a outra tela sendo o wallpaper.

Mega Man Zero/ZX Collection vale a pena?

Ele remasteriza ao todo 6 jogos clássicos deixando os gráficos bonitos, porém, apresentando a crocância dos pixels. As músicas estão mais limpas, gostosas de serem ouvidas; em especial quando o Zero surge pela primeira vez temos uma bomba de nostalgia por ser a mesma OST do personagem que toca no primeiro Mega Man X.

Fora isso, o jogo conta com:

  • Uma dificuldade very easy para quem só quer saber da história;
  • Auto-save nos checkpoint fazendo com que você não perca suas vidas e possa enfrentar incontáveis vezes os chefes, até vencê-los.

E também não podemos esquecer do modo exclusivo chamado “Z Chaser” que possui três formas distintas de ser jogado:

  • Singler player – Você compete contra a CPU para ver quem termina a fase mais rapidamente;
  • Multiplayer – Apenas com modo local, você e outro amigo jogam a mesma fase em tela dividida para ver quem fará o melhor tempo;
  • Ranking Global – Você compete contra o melhor tempo feito mundialmente.

Não bastando vir com seis jogos, eles ainda conseguiram ampliar e muito a vida útil deles com esse modo, despertando o lado competitivo dos jogadores e fazendo as antigas competições de amigos que jogavam Mega Man retornarem de um modo mais prático.

Por fim, também temos a galeria com inúmeras artes dos jogos, mostrando mais sobre os personagens e o processo criativo de seu desenvolvimento. E se você curte as músicas desses jogos, poderá ir até o media player para as ouvir livremente.

Mega Man Zero/ZX Collection é fundamental para os fãs

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 9
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10
Qualidade individual de cada jogo que compõe a coletânea - 8

9

Se você curte Mega Man, compre sem medo

Mega Man Zero/ZX Collection é uma ótima forma de você se desligar de jogos longos que vem sendo lançados, podendo curtir uma nova história, gameplay desafiador e momentos nostálgicos de uma só vez.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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