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Análise: Kingdom Two Crowns Dead Lands uma obra de arte

A mistura de microgerenciamento com tower defense deu mais que certo nesse game incrível.

Thomas van den Berg, Coatsink, Marco Bancale, Fury Studios, Stump Squid. Esse é o nome dos responsáveis por essa obra de arte na qual falaremos hoje. A série Kingdom teve seu primeiro jogo para PC em 2015 e em menos de um ano surgiu uma nova versão Kingdom New Lands e a que vamos fazer essa análise se trata da última versão lançada, Kingdom Two Crowns e sua DLC Dead Lands lançada no dia 28 de abril, que faz uma alusão ao RPG de terror Bloodstained: Ritual of the Night.

A série Kingdom e sua premissa…

A série Kingdom tem um conceito simples de jogo, que mistura gerenciamento de construções e finanças juntamente com o famoso estilo tower defense. O jogo é bem simples, você tem como missão expandir o seu reino, mas como toda e qualquer conquista você irá encontrar algumas dificuldades e lógico que aqui não seria diferente.

Para expandir seu reino você terá que enfrentar os Greeds, que na tradução livre seriam chamados de Ganância e não existe nome mais apropriado para eles, já que são pequenos monstrinhos que só querem uma coisa, tudo que vale moedas e o item mais valioso do jogo a sua coroa e é assim que você irá “perder” o jogo, quando perder a sua coroa.

Quando coloquei perder o jogo entre aspas, é porque caso você perca a sua coroa, você volta com outro monarca no mesmo jogo, porém todo seu reino terá vindo abaixo sendo necessário reconstruir tudo.

Mas como funciona Kingdom Two Crowns?

Bom, como dito anteriormente você começa em uma ilha com poucos recursos e precisa construir seu reino praticamente do zero. Você é um monarca, no qual sempre está em cima de uma montaria que cavalga por essa ilha explorando e expandindo, só que precisa se atentar porque durante a noite as coisas complicam um pouco.

O jogo não te traz quase nada de informação e a curiosidade do jogador é que fará com que ele descubra como as coisas funcionam. Em dados momentos aparece um fantasma (esse é o monarca que morreu e deixou o trono para você) te indicando algumas coisas que podem ser feitas no jogo, mas quando eu digo algumas coisas são algumas coisas MESMO!

Seguindo a premissa da expansão você irá encontrar acampamentos com os mendigos que querem uma moeda para servirem no reino, assim que entregar uma moeda, você também precisará designar ele para uma função, senão ele ficará vagando dentro dos limites do reino sem produzir nada.

Então vamos lá, durante o dia você irá explorar a ilha e expandir o seu reino, construindo muros, torres e fazendas e durante a noite sempre virá uma wave de greeds para lhe atacar. Claro que a cada dia que passa esses ataques vão ficando cada vez mais difíceis de serem combatidos então o tempo também é algo a ser observado, mas também não adianta querer fazer tudo de qualquer jeito porque caso você não consiga se defender seu reino virá abaixo.

Entre essas funções temos a de construtor (não preciso nem dizer o que ele faz), o arqueiro (que durante o dia caça fora dos muros do reino lhe trazendo moedas e protege as extremidades durante a noite), o fazendeiro e os cavaleiros (esses lideram expedições para destruir os portais de onde os greeds saem).

Como é um jogo de gerenciamento, você precisa analisar e ver o que você precisa no momento para não gastar as suas moedas com coisas que você não precisa no momento.

O seu objetivo é destruir toda a ganância das 5 ilhas, para isso você deverá construir um barco e ir para a próxima ilha, mas vale lembrar que enquanto você está na outra ilha, os dias na suas ilhas que ficaram para trás continuam contando, portanto se você não tiver derrotado toda ganância daquela ilha (o que será possível somente ao seguir para ilhas adiante) quando voltar lá provavelmente tudo terá desmoronado.

Cada ilha tem várias melhorias a serem desbloqueadas, entre elas temos outras montarias, estátuas que dão buff para determinada construção no reino, minas de pedra e ferro que te ajudam a melhorar as construções e falando em construções temos os ermitões que são moradores das ilhas que podem transformar uma construção comum e uma especial, não vou entrar muito em detalhe porque acho que uma das coisas legais do jogo é você mesmo descobrir como funciona tudo.

No jogo você possui 3 slots para salvar seu jogo e isso lhe permite experimentar cada DLC´s sem ter de apagar seu progresso de outro jogo.

Kingdom Two Crowns tem muito conteúdo…

O game traz muito conteúdo e o nome já remete a isso, no Kingdom Two Crowns você poderá jogar com mais um amigo o que vai ajudar a ficar muito mais fácil o desafio, já que poderão carregar mais dinheiro e cada um pode ficar responsável por um lado do reino. Eu só experimentei a experiência local e nela a tela fica dividida ao meio e você pode observar inclusive o que o seu amigo está fazendo.

Além do modo cooperativo temos duas DLC´s, e vale o destaque por serem gratuitas, que mudam um pouco o jogo. Na primeira DLC a mudança é estética. Chamada de Shogun, traz um reino oriental, no qual o monarca se torna um samurai, a floresta é povoado por bambus e os seus trabalhadores ficam iguais aos orientais da época antiga.

Kingdom Two Crowns: Shogun

E aqui vamos para a DLC Dead Lands que é o foco dessa análise, e realmente merece atenção, porque ela foi além da estética e trouxe também novas funcionalidades. Agora além de você poder trocar as suas montarias você pode também trocar o monarca e cada monarca tem uma habilidade que pode ajudar o reino.

Todo o cenário passar a ser sombrio já que como dito acima a DLC é baseada no RPG de terror Bloodstained: Ritual of the Night. Inclusive os quatro monarcas são personagens do jogo Shardbinder Miriam e três desbloqueáveis – Zangetsu, Gebel e Alfred. Os fãs das duas séries também encontrarão outras surpresas em Dead Lands.

Kingdom Two Crowns: Dead Lands

Um visual deslumbrante com uma música sensacional

A primeira vista pode parecer estranho essa citação “visual deslumbrante” já que o jogo é totalmente pixelado, mas ao observar os detalhes e todo o cuidado que foi colocado no cenário a gente consegue perceber que o propósito dos desenvolvedores era justamente manter esse visual simples só que sem deixar que os nossos olhos brilhem ao avistar por exemplo a água e a neve no jogo.

Kingdom Two Crows: jogo base

Juntando ao visual segue a trilha sonora que encaixa muito bem com os momentos do jogo, durante o dia geralmente uma música tranquila e muito suave que te traz a imersão do jogo e durante a noite as coisas ficam tensas e as notas musicais logo faz você perceber que vem perigo a frente.

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Conclusão

Eu simplesmente gostei muito do jogo, até por gostar bastante de jogos de gerenciamento e um pouco de games no estilo de tower defense. A primeira vista fiquei me questionando várias e várias vezes porque não fizeram o jogo com um gráfico melhor, mas logo eu nem me lembrava mais disso e tava curtindo toda a ambientação que o jogo traz e os seus desafios.

Mas nem tudo são flores não é mesmo? Eu joguei as versões de PlayStation 4 e Nintendo Switch e neste último em determinados momentos na parte da noite, com o jogo mais avançado eu percebi uma certa queda de FPS e alguns travamentos durante a movimentação dos meus trabalhadores enquanto estava em frente ao meu castelo, achei isso muito estranho já que não me parece ser um jogo que exija tanto de hardware assim.

Minha outra crítica é porque raios d’água a gente não recebeu essa belezura antes? Essa fica para você Leonardo Coimbra e Fury Studios…

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Kingdom Two Crowns: Dead Lands é desafiador e obrigatório

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 9.5
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 9

8.9

Ótimo

Um jogo obrigatório para todos os gamers, sem contar que o fato de poder jogar ele no Switch lhe traz uma boa pedida para passar o tempo enquanto está esperando alguma coisa.

User Rating: Be the first one !

Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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