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Preview: Torchlight III agradará os casuais e fãs da série

Após uma reviravolta em seu planejamento, o jogo chega em acesso antecipado.

Torchlight III não nasceu com este nome. O jogo passou por uma grande mudança desde a primeira ideia da Echtra Inc., uma empresa dirigida por Max Schaefer – um dos quatro grandes criadores de Diablo .

Para contextualizar, Max e seu irmão Erich (que também é um dos criadores de Diablo) co-fundaram a Runic Games depois de deixar a Blizzard, criando os dois primeiros títulos da série Torchlight. Durante o desenvolvimento do Torchlight II, a Perfect World Entertainment comprou uma participação majoritária na empresa e por conta disso, ou não, o foco da franquia mudou para o desenvolvimento de um jogo MMO gratuito no mesmo universo da franquia.

Erich deixou a Runic e Max acabou formando a Echtra Inc. e seguiu como projeto de Torchlight Frontiers, o título MMO. Após algum tempo, Frontiers foi re-anunciado como Torchlight III, voltando assim para o gênero Action RPG.

Um jogo casual?

A série Torchlight sempre foi vista como um jogo mais casual, jogado até mesmo de maneira offline por muitos ou em modo cooperativo com um amigo. O jogo ficou famoso por você ter sempre um pet (um animal de estimação) que te ajuda durante sua jornada. Como Torchlight III veio de um esqueleto de MMO, o jogo tem várias características híbridas e, durante seu acesso antecipado, só pode ser jogado de maneira online. Tendo opção offline confirmada somente para o lançamento de sua versão 1.0, em seu lançamento oficial.

Torchlight III possui uma narrativa, mas que não me prendeu durante seus textos com cenas mais estáticas estilo quadrinho. Eu realmente espero que eles estejam trabalhando nesse ponto, ou não e que foquem na experiência de gameplay. O futuro ainda não está muito certo quanto a isso, mas tenha me mente que se você procura um motivo ou lore, talvez não encontre aqui de maneira tao satisfatória, pelo menos por enquanto.

Como esperado, logo no início antes de começar a jogar, você cria um personagem. Existem três classes para escolher: o Atirador de Elite, Mago do Crepúsculo e Forjado. Como você verá nas imagens deste artigo, escolhi o forjado. Uma máquina que muda muito sua arquitetura conforme você muda os itens e que possui uma jogabilidade muito dinâmica e que caiu como uma luva para meu estilo, até agora. O forjado não possui mana, cada habilidade/skill que você usa vai aumentando a temperatura de sua “caldeira”. Que, quando super-aquecida faz com que você tenha que esperar um cooldown para usar suas habilidades novamente. Mas, para tornar tudo mais prazeroso, você também ganhará habilidades para esfriar de maneira instantânea. Como uma que atira suas brasas para o alto causando dano nos inimigos, dando dano por segundo e etc. Uma classe muito legal para se sentir jogando algo realmente diferente do que temos nas outras franquias.

Evolução e habilidades

Cada classe tem duas árvores principais de habilidades, com habilidades que podem ser aumentadas dez vezes cada uma. Por exemplo, com o forjado você pode escolher entre uma pegada mais melee de curto alcance, ou focar em sua arma e braseiro como falei acima – o que claramente foi minha escolha. Porém, por enquanto não temos uma grande variedade de habilidades que você possa desbloquear. Como isso é visto vai depender muito do que você procura. Eu não esperava algo na vibe Path of Exile, onde você se perder em meio a árvore de habilidades, queria apenas evoluir minhas habilidades e seguir na minha mecânica de combate. Porém, ter mais habilidades bem trabalhadas ajudaria nessa sensação se evolução. Espero que até a versão final possamos algo mais trabalho nesse sentido.

Existem também as habilidades de relíquia. As relíquias são criadas por meio dos Ember Cores, que você pode coletar derrotando chefes. Eles oferecem um conjunto único de habilidades passivas que podem conceder ataques poderosos, como uma espada flamejante ou outras habilidades ofensivas e defensivas igualmente fortes.

Mapas, ambientes e criando seu Forte

Como em todo A-RPG que se prese, você terá mapas com diferentes biomas que conectam e cada um deles terá dungeons repletas de inimigos fracos e mais poderosos, geralmente terminando em um chefão, muitas de suas missões serão simplesmente chegar até esse Boss e matá-lo. Apesar de ter alguma mecânica, você deve basicamente evitar ataques carregados e prestar atenção para não ficar em cima das marcas no chão para que nada caia em você ou comece a queimar.

As missões disponíveis não possuem nenhum tipo de desafio maior, quebra-cabeça ou investigação. Você deve, quase que sempre, seguir por caminhos, matar inimigos, abrindo novos lugares e voltando até a cidade para entregar suas missões. É tudo muito simples porém satisfatório. O tempo passa rápido enquanto você avança – ainda mais se você realmente está gostando de como seu personagem funciona, o que é meu caso.

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Os cenários por sua vez são muito agradáveis e alguns até mesmo irão te lembrar de outros jogos do estilo, como foi uma caverna cheia de aranhas que tive que enfrentar no início (me lembrando de Diablo III). Tudo está muito bonito e com uma ótima e chamativa paleta de cores, dá gosto de andar pelo mapa e pelas dungeons. Você também encontra buffs pelo caminho e estruturas que podem ser quebradas para conseguir dinheiro poção e etc.

Uma das grandes novidades de Torchlight III é a criação de Forte. Lá você pode armazenar seu equipamento, deixar seus itens a amostra, criar itens, dividir itens lendários e por aí vai. A ideia de ter uma “cidade” só para você pode trazer um ar mais íntimo para o jogo e ainda agradar aqueles que curtem customizar suas “casas” animal crossing feelings.

Animais de estimação de Torchlight III

Uma das coisas que me deixou bem empolgado no início do jogo, era a hora de derrotar um chefe que tinha uma casinha de animal me esperando. Saber se eu teria um novo animal que ainda não possuía me deixava animado.

De cães a águias, seus animais de estimação são uma ótima pedida para sua aventura. Eles não só te ajudam matando inimigos como também podem carregar seus itens e possuem habilidades como cura, buffs de ataque veneno e etc. É realmente interessante evoluir dois personagens ao mesmo tempo e com certeza você terá um preferido.

O early access de Torchlight III vale a pena?

Como todo jogo em acesso antecipado, seu valor está diretamente ligado ao seu comprometimento com o jogo e com o gênero. Se você é fã dos Action RPG mais leves ou da franquia Torchlight, com certeza deve dar uma olhada no que Torchlight III tem a propor. Com o o segundo jogo da série grátis na Epic, este é o melhor momento para você conhece-la e tomar sua decisão.

O jogo rodou sem engasgos ou travamentos. Em alguns dias eu senti um lag ou um delay na detecção de hit nos inimigos, mas que parece ter sido algo pontual na minha experiência. Com certeza esse é um ponto a melhorar, principalmente falando de nós brasileiros. Outra situação foi ter inimigos aparecendo no mapa se você conseguir acertar nem eles te atacarem. No início até pensei serem “do mapa”, mas conforme o tempo foi passando e por as vezes meus amigos não os verem, percebi que era falha de carregamento ou algo do gênero. Esses detalhes técnicos que parecem afetar os servidores tem de ser arrumados o quanto antes para que assim mais jogadores possam acreditar no jogo e não se sentirem frustrados por uma desconexão ou um ataque não computado que pode causar sua morte.

Eu, como fã do gênero, da série e por estar buscando jogos nesse estilo mais light, como Darksiders Genesis, continuarei dando meu suporte, participando da comunidade e de olho nas novidades que estão por vir em Torchlight III.

 

Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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