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Análise: Destroy all Humans é um baita Remake

Jogo melhora o clássico de 2005 em muitas áreas, mas faltou um polimento final

O Destroy all Humans! original foi lançado em 2005 para Playstation 2 e Xbox e logo em seguida foi lançado também para PC, Playstation 3 e Xbox 360. 15 anos após seu lançamento, o jogo recebe um remake que faz diversas melhoras em um clássico que não se leva a sério e divertirá a todos.

Destroy all Humans! Remake estará disponível a partir do dia 28 de Julho para Playstation 4, Xbox One, Stadia e PC.

Tudo se resume ao perigo comunista

Uma história hilária cheia de clichês

O remake de Destroy all Humans! segue a mesmíssima história lançada em 2005 e isso não é nenhum problema! Imagine todos os clichês possíveis em uma obra sobre alienígenas nos EUA na década de 50. Comunismo? Seres verdes de marte? Controladores de mente? Mais comunismo? EUA melhor lugar do mundo? Fast food americano energiza seu cérebro? Área 51? E claro, mais comunismo ainda!

A história do jogo não se leva a sério em nenhum momento e faz um excelente e divertida paródia de todas as  neuras e teorias da conspiração que as pessoas tinham na década de 50. Aqui você será o alienígena Crypto-137 que toma o lugar de Crypto-136 que foi abatido e misteriosamente capturado quando ia para a Terra. Agora caberá a 137 a entender o que aconteceu com 136 e estudar os humanos.

A motivação da invasão à Terra se da pela necessidade de continuar com a espécie Furon. Após diversas guerras espaciais utilizando armamento nuclear não certificado, a raça Furon perdeu a habilidade de se reproduzir e a clonagem foi a alternativa achada para perpetuar. Porém, com o tempo, o DNA está se perdendo a cada nova clonagem. Então o inteligente Furon Orthopox levou seus lacaios para a Terra, pois lá existem linhas de DNA Furon muito antigas e limpas da espécie que pode ser a resposta para seus problemas.

O grande destaque fica para o diálogo entre Crypto-137 e seu chefe Orthopox onde ele quer destruir tudo e odeia os primatas humanos enquanto Orthopox tenta ser minimamente estratégico e conter os violentos impulsos de 137. E falando de destaque o outro elogio fica para os diálogos entre o serviço secreto, fazendeiros, policiais e militares que acabam se resumindo ao perigo comunista ou a um “ataque entre intelectos”, onde todos são simplesmente neuróticos ou egocêntricos.

Nem precisa de legenda

As mudanças trazidas em Destroy All Humans

Esse Remake trouxe muitas melhorias a Destroy All Humans e a grande maioria foi muito bem vinda. Porém, isso não significa que não poderia ser melhor. Vamos começar pela parte gráfica onde foi muito bem refeita e trouxe um ar cartunesco ao jogo.

O jogo conta com uma boa iluminação, novas texturas e animações para todos personagens, ele está rico em detalhes, as comunicações entre Crypto-137 e Ortophox são completamente animadas agora e até a entrada do jornal entre as fases está melhor. Isso tudo eleva o jogo se comparado ao original de 2005, porém, se pensarmos que estamos no final da geração, isso poderia ter sido ainda melhor. A modelagem dos personagens acabam se repetindo muito dentro do jogo e muitas vezes você se pega pensando: “mas já não matei esse cara”? Outra crítica fica para algumas quedas de FPS, algumas dessincronizações entre a fala e lábio dos personagens assim como pop up de texturas.

Sempre divertido matar todos humanos

A HUD do jogo foi completamente refeita trazendo comandos e apresentações muito mais agradáveis. A tela deixou de ficar poluída com os comandos possíveis e vida dos inimigos e agora está tudo bem mais “clean“. Ainda falando da HUD, ao escolher uma nova arma para você ou sua nave, a tela entra em slow motion e aparece uma roda para poder trocar de arma não afetando o andar do jogo e podendo escolher diretamente o que quer além de ter as informações de munição mais facilmente.

Outra melhoria fica no setor sonoro onde o áudio original foi mantido com um bom tratamento. Já a parte de efeitos, sons de armas e mais foi melhorado substancialmente.

E para fechar essa parte de mudanças, ao completar a missão principal você será diretamente redirecionado a sua nave e não poderá mais optar entre ficar na fase ou não. Claro, é possível retornar depois a fase para cumprir diversos desafios e  coletar colecionáveis.

É possível retornar as regiões e fazer desafios

As Missões e mecânicas de Destroy All Humans

Destroy All Humans! lhe apresentará alguns pontos no mapa norte americano onde fará as missões principais e avançará na história do jogo liberando novas habilidades tanto para você como para sua nave.

As missões principais geralmente flutuarão entre três mecânicas básicas: Invadir bases e regiões protegidas de forma sorrateira sem ser percebido, destruir absolutamente tudo e todos que passarem por sua frente ou então defender algum ponto de interesse.

Para conseguir se esgueirar entre os humanos ou destruir tudo, Crypto-137 terá duas possibilidades centrais. A primeira é utilizar seus poderes psíquicos e tecnologia avançada para hipnotizar humanos, extrair o cérebro deles, transformá-los em aliados, fazer objetos flutuarem e até se camuflar como eles e ler seus pensamentos para ver o que estão pensando e buscar por pistas.

Para a parte de destruição, tanto 137 como sua nave contarão com inúmeras armas onde cada um terá um efeito e poderá ser melhorada ao longo do jogo. Existe o clássico raio laser, arma que desintegrará seus inimigos, uma espécie  de bomba/granada e, meu favorito, a sonda anal que fará os humanos correrem de forma desesperada enquanto extrai o cérebro deles automaticamente.

Todas essas armas e habilidades poderão receber diversas melhorias tornando as armas mais eficientes. Em determinado momento do jogo será inclusive interessante voltar para as áreas desbloqueadas para cumprir desafios e coletar muitos cérebros que é a moeda do jogo e investir em suas melhorias.

E embora Destroy all Humans traga muitas opções de gameplay, o que torna o jogo rico e interessante, mais uma vez tenho que falar que faltou um pouco de polimento. Diversas vezes ou os itens do mapa ou os humanos estão muito perto e o sistema de mira não funcionará como gostaria. Esse é um pequeno detalhe que incomoda, mas não acaba com sua experiência.

Hora de chocar os humanos

Destroy All Humans é uma grande melhora do jogo original

O remake de Destroy all Humans! é muito bom e melhora absurdamente o jogo. Se for compará-lo ao jogo original, ele traz inúmeras melhorias e os fãs ficarão felizes com o produto entregue. Além de melhorar muito o visual e a HUD do jogo, nós temos a mesma história com os fantásticos diálogos que me fizeram rir a cada nova fase.

Porém, comparando o jogo com o mundo de hoje, é claro que ele poderia ter recebido um polimento melhor para evitar alguns pop ups de texturas, melhoria no sistema de mira, maior diversificação nos personagens e outros detalhes que entregariam uma melhor imersão.

De qualquer forma, Destroy all Humans! é extremamente divertido e irá agradar praticamente a todos os grupos de jogadores, independente dos problemas que ele tenha.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Destroy all Humans! Remake revive um clássico divertido

Visual, ambientação e gráficos - 7
Jogabilidade - 7.5
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 7
História e personagens - 9

7.9

Bom

Destroy all Humans! Remake apresenta inúmeras melhorias visuais e de HUD do jogo originalmente lançado em 2005 revivendo este clássico para os dias de hoje. Embora seja uma melhoria massiva do jogo clássico, é visível que o jogo poderia ter sido melhor polido em algumas áreas para melhorar a imersão. Felizmente isso não afeta muito o jogo e ele é diversão garantida para todos os públicos.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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