Depois de termos jogado somente um cenário de Iron Harvest na E3 de 2019, não estávamos vendo a hora de ver mais um pouco do jogo. Agora, em beta aberto, pudemos testar uma boa parte da campanha do jogo com a Polania. Além disso, também tivemos um acesso especial para o inicio da campanha com a facção da Saxônia.
Iron Harvest está programado para ser lançado em 1 de setembro de 2020 para PC via Steam, Epic Game Store e GOG. A versão de console será lançada no início de 2021. Vamos as impressões!
Diesel-Punk pós primeira guerra mundial
A campanha começa com a jovem Ana Kos, que tem talento natural para ser líder do exército rebelde da Polania que irá lutar contra os Rusviets, que invadiram seu país e mataram seu pai. Por ser a primeira campanha, temos um ritmo mais lento onde aprendemos sobre as unidades, cobertura, como usar habilidades e outras mecânicas.
Já na campanha que era exclusiva para a imprensa, pudemos checar o reino da Saxônia. Nela, o príncipe da saxônia toma o poder a força e quer recuperar a glória de seu país após ser derrotado na primeira guerra. Aqui já temos uma campanha mais avançada onde o nível de dificuldade é mais elevado e você precisa pensar melhor em suas estratégias. Felizmente as unidades que terá também serão mais avançadas.
Toda as histórias de Iron Harvest se passam na Europa, após o fim da primeira Guerra Mundial. A dublagem do jogo é excepcional e o trabalho feito para destacar cada povo é incrível. Faço um grande destaque aos mechas que é o grande diferencial do jogo onde são únicos para cada facção e são extremamente bem detalhados.
Iron Harvest tem uma excelente ambientação
O que é muito legal em Iron Harvest e ao mesmo tempo seu maior problema, é sua ambientação e gráficos. De um lado temos um cenário completamente destrutível denso e rico em detalhes. Porém algumas de suas texturas não são das melhores, isso incomoda pouco já que estamos falando de um RTS e uma tensa luta entre máquinas e humanos, com as mais diversas classes.
Um detalhe que gostei muito é que é possível dar um zoom muito próximo da batalha e sair da visão isométrica. Dando esse zoom, será possível reparar nos detalhes das unidades, como ver unidades recarregando uma arma ou então ver os grandes mechas esbarrando nos escombros da cidade, destruindo parcialmente o cenário.
Porém, para contrastar com esse belo trabalho durante o jogo, temos diversas cenas em CG que contam a história dos personagens com uma excelente dublagem. Infelizmente, a qualidade desta CG é fraca. Ela lembra CG’s que víamos na transição de PS2/Xbox para o PS3/Xbox 360. Aqui faltou um investimento maior.
Vale dizer que usando meu notebook que tem uma RTX 2060, I7 de nona geração e 16 GB de Ram, consegui rodar o jogo no máximo mantendo-se perto dos 60 fps por quase todo o jogo. Quando o combate era muito intenso e com muitos personagens, o fps caia para 50/45, mas não atrapalhou a experiência.
Mecânicas de RTS
Já falando das mecânicas de Iron Harvest, o jogo tem mecânicas clássicas e muitas coisas que são inspiradas em seu universo. O game pode ser jogado no modo campanha, skirmish e multiplayer online. No modo campanha, nós teremos diversas longas missões que, além de possuir um objetivo principal, tem diversos objetivos secundários.
Algumas missões dentro do modo campanha também terão o clássico “montar sua base e destruir a do adversário”. Na parte da construção temos algo bem mais simples em números de construções. Uma base pode estar completa somente com três construções principais, por exemplo. Dando um bom dinamismo ao jogo. Para conseguir recursos será necessário capturar pontos de ferro e óleo. Inclusive, é possível achar baús no mapa ou saquear uma unidade mecha derrotada, para conseguir recursos.
O interessante de Iron Harvest é a mistura de suas mecânicas. Por exemplo, é possível se proteger atrás de paredes para atacar um inimigo enquanto tem um “cover”, como também, caso apareça um mecha inimigo, atacá-lo por trás onde a armadura é mais fraca. Adicionalmente cada uma de suas unidades tem um poder especial como tiro de sniper, saraivada de tiros, jogar granada e etc.
Uma outra mecânica bem legal é que a unidade é um conjunto de personagens que, a medida que vai perdendo força, sua quantidade vai sendo reduzida (isso lembra um pouco Civilization). E além de você ter uma unidade nativa, ao destruir um inimigo, é possível mudar o tipo de “profissão” ao pegar suas armas. Ou seja, é possível mudar sua estratégia no meio da batalha ao mudar a classe de suas unidades.
Por fim, será possível contar com unidades de heróis. Eles possuirão mais vida e mais habilidades que unidades comuns. Geralmente você verá mechas diferenciados no campo, mas é possível ter um companheiro/pet, assim como Ana Kos possui um simpático urso ao seu lado. A medida que tanto seus heróis como soldados matam inimigos, eles irão subir de classe e ficarão cada vez mais fortes.
Estamos animados para Iron Harvest!
Quem jogou essa beta certamente ficará muito animado com o jogo. Através de um mundo rico, com excelente dublagem e uma história com potencial, Iron Harvest promete ser o grande RTS de 2020.
É verdade que seu gráfico, em especial sua CG, poderia ser melhor, mas isso não tira o brilho do jogo que conta com uma IA extremamente agressiva e inteligente.