Ánalise: Iron Harvest é o RTS em sua mais pura essência

Iron Harvest é um jogo do gênero real-time strategy (RTS) que se passa em uma realidade alternativa de 1920 após a Primeira Guerra Mundial. Assim como todo grande RTS, Iron Harvest possui uma campanha épica para se jogar em single player, bem como um modo multiplayer.

Verdade seja dita, o gênero RTS caiu um pouco no esquecimento desde o surgimento do Moba. Portanto, para um jogo como Iron Harvest sobreviver em um mundo moderno ele precisaria dos principais elementos dos grandes RTS que foram criados.

Como esperado de um jogo que envolve a temática da primeira guerra mundial, Iron Harvest tem muito de Company of Heroes. As semelhanças entre os jogos vão desde o layout do mapa, até as questões de macro (gerenciamento de recursos) e micro (gerenciamento de unidades). No entanto, o jogo não é simplesmente um Company of Heroes melhorado, com a substituição dos veículos tradicionais de guerra por super Mechas. 

A história do jogo gira em torno das três facções, Polania, Rusvia e Saxony, que surgiram após os eventos da primeira guerra mundial. Durante a campanha, podemos acompanhar os desdobramentos e a visão de cada uma delas sobre a guerra. Honestamente, eu não me divertia e me interessava tanto jogando uma campanha de RTS desde que joguei Starcraft 2.

Jogabilidade

O ritmo de Iron Harvest é excelente, pois temos as 3 “fases” bem distintas e definidas  durante uma partida. No early game temos a fase de infantaria, passando para o mid game onde começam a aparecer os veículos leves até o late game onde temos os veículos mais pesados. Essas diferentes “fases” de uma partida, tornam o jogo  fluido e intenso na disputa por recursos, onde precisamos não só focar no domínio do mapa, mas também em uma constante evolução das suas unidades. Portanto, Iron Harvest tem ritmo de como um bom gameplay de RTS deve ser.

Uma das principais características de Iron Harvest é o fato dele ter uma unidade com status de Herói, como existe em Warcraft 3. Cada facção tem seus heróis que podem ser tanto infantaria, quanto unidades mecânicas, onde todos eles possuem habilidades únicas que proporcionam diferentes opções nos combates. Em termos de balanceamento, o herói é melhor que uma unidade comum, mas não uma unidade imparável, o que o torna importante no seu exército, mas sem ser algo muito apelativo. 

Outro ponto importante que um RTS precisa ter é o balanceamento das unidades e do exército. Felizmente, Iron Harvest segue a risca essa diretriz. Não adianta você fazer uma exército combinando somente infantaria, ou somente veículos pesados. É necessário fazer uma combinação de ambas, e mesclando o tipo de dano que elas causam. Com isso, Iron Harvest traz outra grande característica importante para um RTS de sucesso, que é a necessidade constantemente checar o que o oponente está fazendo para adaptar nosso exército para vencermos uma batalha.

Gráficos e Trilha Sonora de Iron Harvest

O jogo tem excelentes efeitos visuais, que trazem um ar de realidade para um cenário de fantasia. É estonteante assistir os Mechas e destruir as construções, e assistir os soldados voando nas explosões. Além disso, o jogo possui gráficos muito bons para a atualidade. Porém, acredito que ele exige requerimentos muito altos para o rodar no PC. 

O jogo foi testado em um Notebook Dell G3 15 com  as seguintes especificações : I7-9750H  2.6 GHz, GeForce® GTX 1660 Ti Max-Q com 6GB de GDDR6, 8GB DDR4, 2666MHz. Infelizmente, o meu notebook estava abaixo dos requisitos recomendados pelo jogo. Portanto, tive que jogar com tudo no low e ainda sim em alguns momentos da partida pegava menos de 60FPS.

A trilha sonora do jogo é algo a parte. Tanto as músicas quanto os efeitos sonoros encaixam perfeitamente com o game e trazem não só uma imersão profunda, mas também aquele arrepio extra que te faz realmente sentir a tensão de estar no meio de um cenário de guerra.

Iron Harvest está disponível para PC através da Steam por R$109,99