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Metal Gear e Konami Collector’s Series: Castlevania & Contra vive de altos e baixos

Nós tivemos a oportunidade de checar a mais nova coletânea da Konami que traz aos PC’s, via GOG, clássicos como Metal Gear, Castlevania e Contra. A Konami Collector’s Series: Castlevania & Contra traz Castlevania, Castlevania II: Simon’s Quest, Castlevania III: Dracula’s Curse, Contra e Super C ao preço de R$29.90. Confira aqui nossa análise de Contra: Rogue Corps.

Já os jogos da série Metal Gear chegaram de forma individual e com preços individuais. O clássico Metal Gear de MSX está custando R$29.90. Já Metal Gear Solid, de PS1, está custando R$49.89. Por fim, temos Metal Gear Solid 2 Substance, lançado para PS2, que é a edição definitiva do jogo também custando R$49.89.

Não irei avaliar nada aqui com nota, pois estamos falando de jogos clássicos que são ports inclusive. Mas irei falar brevemente deles e como esse port foi feito e se merece seu dinheiro.

Konami Collector’s Series: Castlevania & Contra

Toda a coletânea recebeu um bom port onde os simples comandos de dois botões (pulo e ataque para todos os jogos) funcionam muito bem. Mesmo sendo simples, a coletânea permite customizar os botões para se adaptar ao seu estilo. Além disso, a resolução se adapta automaticamente ao seu monitor.

A trilha sonora utilizada é a original e os gráficos de NES foram mantidos.

Castlevania

Lançado originalmente em 1986 para NES, Castlevania foi o primeiro jogo da franquia que introduziu o clã Belmont a eterna caça ao Drácula. Nesse jogos controlamos Simon Belmont que entra no castelo de Drácula para acabar com o temível vampiro.

A clássica jogabilidade linear da franquia iniciou onde você matava diversos tipos de monstros e contava com seu fiel chicote e itens que lhe davam um ataque especial. E claro, comida atrás das paredes para recuperar sua vida.

Castlevania II: Simon’s Quest

Lançado em 1987 também para NES, Castlevania II traz novamente Simon Belmont ao jogo. Aqui ele deverá juntar os restos do Drácula para matá-lo novamente. Isso tem que ser feito para acabar com a maldição que caiu sobre ele.

Diferente do primeiro e terceiro jogo da franquia, aqui temos um jogo que não é mais linear e traz alguns elementos de RPG e o ciclo de dia e noite. Embora o ciclo de dia e noite mude o cenário e inimigos, lhe faltou ser implementado de melhor forma. O modo RPG também deveria ter sido melhor polido para se adaptar ao jogo deixando tudo muito solto e confuso.

Castlevania III

Em Castlevania III, lançado em 1989 também para NES, Drácula mais uma vez ressuscitou mais de 200 anos após os eventos de Castlevania II. Aqui você irá controlar Trevor Belmont como a maga Sypha e Alucard, o filho de Drácula. Inclusive, esse jogo inspirou a série do Netflix.

Aqui o jogo retornou as suas origens em um estilo linear e inovou ao poder controlar mais de um personagem ao mesmo tempo dando novas possibilidades de gameplay.

Contra e Super C

Contra (1987 – Arcade, MSX, PC e NES) e Super C (1988 – Arcade e NES) são jogos no estilo Run and Gun, ou seja, você deve correr para frente sempre atirando nos inimigos. De todos os jogos dessa coletânea eles foram os que melhores envelheceram, pois sempre tiveram uma jogabilidade muito redonda e precisa. Além de serem prazerosos jogar, ele é um jogo extremamente desafiante que lhe consumirá por horas.

Coletânea Metal Gear

Diferente da Konami Collector’s Series: Castlevania & Contra, aqui temos jogos de eras diferentes da franquia Metal Gear. O Metal Gear original lançado para MSX, Metal Gear Solid de PS1 (um dos melhores jogos do console) e Metal Gear Solid 2 Substance (edição definitiva do jogo lançado para PS2).

Diferente dos jogos que acabei de falar acima, o primeiro grande problema é que não é possível fazer uma configuração dos botões, ou seja, você não consegue saber que botão faz o que. No caso do Metal gear, o jogo não reconhece o controle direito, sendo obrigado a jogar no teclado.

Já em Metal Gear Solid, ele é o único jogo que reconhece bem o controle. A única estranheza é que ele usa os comandos japoneses de confirmar e voltar (bola e X) ao invés do padrão ocidental (X e bola).

Por fim temos o desastre de trem chamado Metal Gear Solid 2 Substance. É quase inviável de jogar no controle, pois os comandos não fazem sentido. Por exemplo, para pausar o jogo você aperta o analógico direito. Para abrir o Codec, aperta o analógico esquerdo. E para mirar em primeira pessoa? Tem que pressionar o botão Start (por sorte descobri que ao apertar 5 no teclado, o jogo deixa a visão de primeira pessoa travada).

Metal Gear

Aqui temos o primeiro jogo de toda a amada franquia. Nele iremos controlar Snake onde deve invadir uma base recebendo ordens de ninguém menos do que seu chefe direto, Big Boss.

Esse é um jogo muito direto tendo pouco foco em história e um gameplay básico por causa dos controles limitados da época. Mesmo assim, o jogo tem os primeiros elementos de stealth da história dos jogos tendo muitas possibilidades e desafios.

Metal Gear Solid

Aqui temos a verdadeira revolução nos jogos. Em Metal Gear Solid, Solid Snake foi arrastado da aposentadoria para entrar na ilha de Shadow Moses onde terroristas fizeram reféns e estão ameaçando liberar uma bomba atômica caso suas demandas não sejam atendidas.

Mesmo nos dias de hoje o jogo é excepcional e ainda funciona bem. O Stealth é extremamente bem pensado e o jogo de câmeras, o qual Kojima é muito bem conhecido, eleva a experiência do jogo. A única coisa que realmente incomoda é a modelagem dos personagens extremamente poligonais. Felizmente a ambientação ainda consegue ser bem agradável.

Metal Gear Solid 2 Substance

Metal Gear Solid 2 foi o primeiro jogo da franquia lançado para PS2. Ele é dividido em duas partes onde a primeira você controla Snake em uma missão para invadir um navio cargueiro e pegar evidências de um novo Metal Gear. Já a segunda parte, você é apresentado ao novo personagem Raiden (Jack) que está fazendo sua primeira missão de infiltração em uma grande instalação no meio do oceano.

Embora ele funcione muito bem e enriqueça muito a história da franquia, a sua ideia principal é muito boba. Aqui a verdadeira intenção dos inimigos é provar que podem repetir o acidente que aconteceu em Shadow Moses em Metal Gear Solid.

Em termos de gráficos temos melhorias significativas e o jogo é extremamente agradável e mais “solto”. Kojima continua e explora ainda mais os belos takes imersivos de camera ao longo do jogo. Por fim, temos melhorias na gameplay como a inclusão da mira em primeira pessoa que além de permitir dar tiros mais precisos, pode tomar inimigos como reféns e pegar itens deles.

Metal Gear e Konami Collector’s Series: Castlevania and Contra vale a pena?

A resposta é depende. Enquanto Konami Collector’s Series: Castlevania and Contra vale sim a pena pelo preço e jogos que vem, a resposta para os três jogos de Metal Gear já depende.

Por motivos históricos, Metal Gear vale sim a pena pegar mesmo que esteja um pouco salgado. Já Metal Gear Solid merece um gigantes sim! Reconheço que 50 reais está caro e é interessante esperar uma promoção, mas a performance é boa, os controles funcionam muito bem e a ambientação funciona bem mesmo nos dias de hoje.

E por fim, temos a ovelha negra com Metal Gear Solid 2 Substance. Por mais que essa seja a versão definitiva e tenha muito mais conteúdo que a versão base, ele simplesmente não funciona bem com um controle tradicional. Antes de vir a pensar a comprá-lo, é necessário esperar um patch para solucionar este problema.

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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