Mesmo que atualmente Persona esteja no topo das listas e uns dos games favoritos de muitos jogadores novos, basicamente até o lançamento de Persona 3 em 2007 e Persona 4 em 2008 (Podem esquecer que Persona 1 não existe) os fãs da Atlus se deleitavam com o Shin Megami Tensei lançado em 1992 e sendo em primeira pessoa até a chegada de Shin Megami Tensei 3 Nocturne em 2004 onde a empresa saiu da visão primeira pessoa, e passou para a terceira pessoa com o salto tecnológico do PlayStation 2 com um mundo em 3d. Onde encantou diversos fãs de RPG/JRPG ao redor do mundo. Eu nunca irei te perdoar, Fernando (meu primo) por deletar meu save dele e do tony hawk e budokai 3 para salvar uma master league do winning eleven.
Shin Megami Tensei 3 Nocturne retorna após 17 anos, com uma versão remasterizada para o PlayStation 4, Nintendo Switch e PC via Steam dando uma ótima oportunidade para os fãs atuais e novos jogadores de jogar um dos grandes jogos do passado em 2021 enquanto aguardam o próximo game da franquia Shin Megami Tensei V(Esse promete ser o jrpg do ano).
Leia Mais:
- Análise: Logitech G Pro X Wireless Superlight é impecável
- Análise: Judgment Remastered é um fator replay para esse grande game
História
Em Shin Megami Tensei 3 você controla um jovem estudante de uma escola secundária em Tóquio que sai com dois colegas de classe para visitar uma professora que atualmente está no hospital. Ao chegar no hospital os alunos descobrem que o mesmo é cercado por um silêncio anormal e possui uma aparência abandonada, após procurar a professora, um evento descrito como a Concepção de Tóquio acontece e lança o mundo em uma batalha para decidir o futuro dele.
A história do game é ótima contando a desolação da humanidade em um evento de cataclismo, onde tudo era normal deixou de ser normal, contendo humanos, fantasmas, demônios, etc.
Isso só me lembra do Shin Megami Tensei IV e Apocalypse onde um deles eu fiz um final no qual eu odiei (Law ou Good Ending) e o outro onde matei todo mundo e ponto final (Massacre ou Neutral-Dark Ending).
Gameplay
Turnos, turnos e turnos. Nocturne assim como Persona também utiliza o sistema de turnos, mas claro, como é um remaster algumas funções que só ficaram disponíveis em títulos seguintes da Atlus não estão disponíveis na versão remasterizada do game, então a paciência e o conhecimento dos demônios e suas fraquezas se torna algo muito valioso, ainda mais que acertos críticos sobre a fraqueza do inimigo lhe garante turnos extras e podendo atacar consecutivamente até 8 vezes! Mas lembrando que caso o jogador erre o ataque, você perde dois turnos dos 4 que você pode ter.
Então passar a vez, utilizar itens, explorar fraquezas, utilizar buffs e debuffs e ter um bom conhecimento dos inimigos é o ponto-chave de Nocturne ainda mais que analisar inimigos gasta um turno.
Assim como nos outros títulos Shin Megami Tensei, Persona, Devil Survivor e Devil Summoner os demônios possuem resistências, fraquezas e podem ser convocados através de conversas/ameaças e fusões na Cathedral of Shadows, que vai facilitar bastante a gameplay após ter um vasto número de demônios ao seu lado.
Diferente de títulos como Persona e Devil Survivor, em Nocturne o protagonista não utiliza um demônio ao seu lado e vai alternando entre eles no seu turno. Diferente disso, ele equipa um Magatama no qual vai fornecer atributos diferentes. Porém, lembre-se que Magatama só podem ser equipados fora de combate.
Ex: Magatama1 fornece mais dano físico, mas é fraco a gelo. Magatama2 fornece resistência a vento, mas é fraco a raio.
A versão HD, também adicionou um novo modo de dificuldade onde é basicamente um modo super fácil do game, que chega a ser tão fácil que toda a preparação que o jogador tem no difícil e no normal, some por completo.
Antigamente dava certo, hoje em dia fica meio inconveniente
Shin Megami Tensei 3 HD ainda utiliza a forma de encontro aleatório de inimigos que hoje em dia é um tanto raro. Claro que como é um jogo de PlayStation 2 dava até certo na época devido a limitações, e outros fatores, mas hoje em dia esse sistema se torna um pouco inconveniente, mas até aí tudo bem. O problema que acaba chamando mais a atenção é que como não possui inimigos andando no mapa, isso faz com que o mapa se torne meio vazio ainda mais com os encontros muito ocasionais.
Os locais de save são fixos e relativamente distantes, mas pelo menos na versão remasterizada você pode salvar onde quiser com o Suspend Save Function. Essa função permite salvar e sair do game imediatamente sem ter que sair das dungeons. Ao clicar continue o jogador volta para o mesmo ponto conde ele ativou a função.
Alguns Dungeons são um obstáculo bem grande no game, pois, mesmo que a temática e a música do jogo seja ótima, algumas delas são bem monótonas com uma ambientação relativamente repetitiva, possuindo às vezes uns puzzles bem cascudos, com backtracking, e poucas dicas no que fazer nelas podendo deixar o jogador perdido em alguns momentos no jogo.
Gráficos, Músicas e Áudio
Voltando agora para 2004, pois o game é um remaster e não um remake, então precisa considerar os gráficos dos jogos da época e não dá para comparar com os jogos atuais da Atlus. Mas também não existe muita coisa para se falar sobre isso tecnicamente. A única diferença, mesmo, é que ele sofreu um scale para 16:9 durante os combates e exploração em dungeons, mas as cutscenes, continuam em 4:3.
Em relação gráficos mesmo que a Atlus na época julgasse estar atrasada em quesito de qualidade e em detalhes nos modelos dos personagens e em npcs, os níveis de detalhes colocados nos modelos em 3D na época assim como com o compendium de demônios se mantêm de boa qualidade até hoje.
As músicas antigamente eram relativamente “boas”, mas para os quesitos atuais é meio que um vexame, pois o game ainda utiliza as músicas comprimidas da versão de PlayStation 2 perdendo bastante qualidade nelas e às vezes passando uma impressão que ela está meio abafada, deixando uma sensação meio amarga em relação ao o resto das soundtracks dos outros jogos da franquia que não possuem uma compressão nas músicas. Mas, diferente da versão original, a versão HD possui a opção de escolher entre VoiceOvers em inglês e japonês. As vozes em inglês e japonês são boas e são uma boa adição ao remaster.
Vale a Pena jogar Shin Megami Tensei 3 HD?
Apesar de eu gostar muito, mas muito de Shin Megami Tensei, ainda mais do Nocturne que possui uma ótima história, ambientação e soundtrack, os problemas do passado permanecem na versão remasterizada. Talvez se tivesse uns ajustes no gameplay e uns aprimoramentos em alguns sistemas do game seria um remaster melhor. Caso você seja um daqueles aficionados que adoram JRPG/RPG aproveite! Pegue sem medo de ser feliz.
Agora, se você for um jogador casual, espere uma promoção do Shin Megami Tensei 3 HD, ou jogue a versão de PlayStation 2 ou 3 que ainda está disponível por um preço acessível mesmo que não tenha algumas coisas que a versão HD oferece, pois, realmente se este é um game que se você não jogou antes, jogue quando tiver oportunidade.
Shin Megami Tensei Nocturne 3 HD está disponível para PlayStation 4, Nintendo Switch e PC via Steam.
Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.
Shin Megami Tensei 3 Nocturne HD
Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 8
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 8
8
Ótimo
Apesar de ser um ótimo game seu remaster meio bruto pode afugentar novos possíveis fãs da franquia, cometendo algumas gafes no qual poderiam ter sidos evitados.