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Análise: No More Heroes chegou tarde demais para PC

Nem todo jogo é como vinho

No More Heroes é um jogo de “semi-mundo aberto” focado em ação desenvolvido por Grasshopper Manufacture em parceria com a Marvelous. No decorrer da sua vida útil, o game já passou pela mão de distribuidora de grande nome como a consagrada Ubisoft.

Em resumo, jogamos com um otaku chamado Travis Touchdown que virou um assassino profissional e precisa superar 10 assassinos para ser o número 1 do ranking e conseguir o seu grande prêmio que é uma noitada daquelas. A proposta do jogo é interessante, contudo, ele foi desenvolvido para Nintendo Wii em 2007 e só agora está chegando para PC via Steam.

Será que o game envelheceu bem? Vamos conferir nessa análise que está feito graças a um código cedido pela distribuidora.

Vire o maior assassino e consiga uma noite com a crush

Travis Touchdown era um otaku como qualquer outro, contudo, ele ganhou um leilão da internet e conseguiu obter um sabre de luz bem aos moldes de Star Wars. Porém, isso mudou completamente a sua vida. Pois, ao salvar uma loira e matar o seu agressor, ele acabou eliminando o 11º maior assassino de todos.

Em sequência, recebeu uma proposta extremamente tentadora… Elimine os outros 10 e consiga uma noitada sem igual com ela. Como missão dada é missão cumprida, Travis começa a sua jornada para eliminar os outros assassinos e conseguir a mulher dos seus sonhos.

No More Heroes nos entrega personagens bastante diversificados, seja os NPC ou os assassinos que devemos derrotar. Todos tem um design bem próprio e com motivações bem… Peculiares.

No More Heroes

Em No More Heroes, você tem que sair cortando tudo

Aqui temos um jogo de ação que se encaixa bem no estilo “hack’n slash”, uma vez que a jogabilidade se baseia basicamente em sair cortando tudo pela frente. No saudoso Nintendo Wii, os golpes finalizadores eram feitos ao movimentar o Wii Motion, enquanto nesta vermos temos que movimentar o direcional do controle ou o mouse.

Há alguns golpes que não envolvem a espada, mas eles são minorias e raramente serão o “finalizador” que necessitamos. Há outros recursos como rolar para desviar e bloqueio. Até mesmo um sistema familiar ao parry que invés de bloquear, fará com que o jogo fique em câmera lenta para você desferir inúmeros ataques.

Como podem ver, No More Heroes tem uma mecânica de gameplay bem simples. Na época que foi lançado e para o console lançado, sem dúvidas era uma tentação já que jogos nesse estilo para o Wii eram uma raridade. Porém, estamos falando de 14 anos depois e em uma plataforma com inúmeros jogos com a mesma premissa. No More Heroes está velho e conseguimos sentir “peso” nos comandos por conta dessa terceira idade.

Um mundo aberto?

No começo da análise eu chamei No More Heroes de um jogo de “semi-mundo aberto”. Motivo? Temos sim um mundo aberto, porém, ele é pequeno e tem poucas coisas para fazer. As missões secundárias se baseiam em batalhas onde você não pode levar dano, trabalhos de meio período e missões de assassinato.

As duas últimas opções, você tem que escolher uma em “agências” e depois ir até a localização. Apesar do mundo aberto, tudo é muito restrito. E as vezes parece que isso só serve para consumir o seu tempo. Posso estar sendo um pouco duro com o jogo, ainda mais se levarmos em conta que ele era um dos poucos games open world do Nintendo Wii.

No More Heroes foi um bom port?

Para começar, podemos notar de primeira a versão portada de No More Heroes é o remaster de Nintendo Switch, pois não está com o serrilhado do Wii e nem mesmo com os gráficos refeitos do Playstation 3.

Sinceramente eu apoio a escolha, uma vez que a versão do Playstation 3 não tinha aquele visual cartoonesco ao aliviarem as sombras e deixarem mais detalhados os personagens. O que não é ruim, porém, isso tirava o visual “exclusivo” que o jogo tinha.

Apesar de terem feito algo bacana com essa escolha, pecaram em outros aspectos… O port é apenas um copiar e colar do Nintendo Switch. Tanto que nas telas vemos exatamente os comandos do Switch, em alguns momentos de tutorial aparece a imagem dos controles dele.

O jogo não te informa qual tecla do teclado faz cada coisa, tampouco tem opção para você configurar as teclas. Junto disso, se jogar em fullscreen o teclado e mouse são estranhamente desativados. Se usar um controle USB no PC, terá menos problemas. Mas ainda assim, os comandos como A, B, Y e X vão aparecer. Não sendo referentes ao seu controle, mas ao Nintendo Switch.

Conclusão

No More Heroes sem dúvidas foi um grande jogo na sua época de lançamento e até alguns anos depois, infelizmente o game envelheceu e os danos de velhice não foram dos melhores. Além disso, o port não auxilia em esconder a idade dele, principalmente em ter sido tão mau adaptado para PC.

O valor do jogo está R$ 89,90 na Steam e sendo sincero, não vale tudo isso. Para quem deseja conhecer as aventuras de Travis, vale mais apena aguardar uma promoção bacana.

No More Heroes

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

No More Heroes merecia um port melhor

Visual, ambientação e gráficos - 7.5
Jogabilidade - 5
Diversão - 7
Áudio e trilha-sonora - 7
Narrativa - 7

6.7

Mediano

No More Heroes pode não ser um dos melhores jogos de ação e open world, contudo, ele marcou sua presença no Nintendo Wii e recebeu diversos ports no decorrer dos anos. Infelizmente o port para PC se mostrou o mais preguiçoso e que não vale o valor que está custando atualmente em reais.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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