Análise: Super Magbot é desafiador e cheio de mecânicas!

Desenvolvido por uma dupla de irmãos, Super Magbot é um jogo de plataforma extremamente desafiador e que exige uma análise cronometrada dos próximos passos pelo jogador. Talvez não tão cronometrada, por contar com fases curtas e um respawn devidamente ágil, mas com certeza coloca os fãs de plataforma na ponta de suas cadeiras.

Contando com mais sete integrantes para auxiliar principalmente na sonorização do game, o jogo independente recebeu apoio da produtora Team17 para ser publicado, e finalmente chegou ao Switch e PCs! Com isso, o estúdio espanhol Astral Pixel lança seu primeiro projeto, que vem sendo desenvolvido desde 2019.

A análise de Super Magbot foi realizada no PC graças ao código cedido pela Team17, a qual agradecemos a parceria e confiança. O jogo está disponível para Nintendo Switch e PC (via Steam).

O que é Super Magbot?

O jogo inicia com uma breve explicação de um grande problema que assola a galáxia de Magnetia. Um ser gigantesco pretende dizimar os planetas de toda a galáxia, eliminando os habitantes sem hesitar. Com isso, o protagonista Magbot é enviado para coletar peças-chave de alguns planetas do sistema solar a fim de conseguir juntar força o suficiente para enfrentar o vilão.

Composto por quatro principais mundos, cada um com 27 níveis, o jogo conta com uma quantidade imensa de conteúdo que exigirá maestria e muita paciência dos jogadores. Diferente da maioria dos jogos do gênero, em Super Magbot a movimentação não conta com um botão de pulo, exigindo dos jogadores uma análise das diferentes plataformas dos cenários para chegar ao final de cada fase. Somando isso a uma jogabilidade intensa e fases curtas, o jogo entrega uma experiência semelhante a de Super Meat Boy, porém com mais mecânicas sendo adicionadas à campanha conforme os jogadores progridem.

Viver, morrer, repetir

A jogabilidade se resume a andar para o lado esquerdo e direito, e ativar magnetismos azul e vermelho. As cores servem como representações de ambos os polos, e como esperado, opostos se atraem e iguais se repelem. Com isso, os jogadores devem mirar a arma do protagonista na direção desejada, apertar o botão de ímã e cruzar os níveis. No entanto, após as primeiras fases a complexidade dos comandos aumenta exponencialmente.

Durante o jogo são apresentadas diversas variações de plataformas magnéticas, e cada uma delas reage de maneira diferente com a arma de Magbot. O jogo não instrui os jogadores a interagir com esses novos obstáculos mas, considerando o fluxo bastante frenético do game, não é muito prejudicial seguir o conceito de tentativa e erro. E com isso, são adicionados mais e mais elementos à aventura, tornando a própria campanha principal um enorme desafio a ser vencido. Vale ressaltar que cada um dos quatro mundos principais permite aos jogadores pular até 3 fases, possibilitando aos jogadores evitar os níveis que considerarem mais desafiadores.

Além das fases padrão da campanha, existem versões alternativas dos planetas que são desbloqueados ao completar os mundos. Nelas, são condensados os maiores testes do jogo, que com certeza garantirão muito diversão aos jogadores mais hardcore, que curtam esse tipo de desafio. Ao completar todos estes desafios secundários, é concedido acesso a mais um mundo secreto, que recompensará os mais persistentes.

Nostalgia nos gráficos e nas músicas!

O game segue uma estética retrô, porém repleta de detalhes e traz um charme sem-igual com uma arte em 16-bits. Cada um dos mundos possui uma ambientação única, que varia entre florestas densas a vulcões e até uma cidade extremamente futurista. E mesmo assim, os gráficos casam entre si e fica fácil de aceitar as paisagens malucas apresentadas na narrativa. Os níveis são compostos por plataformas em sua grande maioria estáticas, mas os efeitos de luz e partículas adicionam um toque moderno a esses visuais carismáticos e nostálgicos.

Somado a isso está a trilha sonora composta de sons eletrônicos, algo que chega a remeter ritmos do Daft Punk em momentos, e que casa perfeitamente a estética e ao ritmo do game. Mesmo após perder uma vida, a música continua tocando e cada batida da trilha torna a experiência ainda mais envolvente. As fases de chefe, que exigem ainda mais agilidade no raciocínio, conta com canções frenéticas que levam os jogadores a sentimentos nostálgicos dos jogos antigos.

Intenso mas divertido

Super Magbot é um grande exemplo de um ótimo jogo de plataforma. O game introduz mecânicas a todo tempo, tem uma jogabilidade frenética, que faz com que os jogadores tenham que reiniciar os níveis diversas vezes, mas não os pune por isso. A trilha sonora e a arte do game se juntam ao pacote, entregando um jogo que expande a experiência de diversos jogos do gênero, a ponto de se tornar único.

O jogo deve agradar e muito fãs de Super Meat Boy, principalmente pelo nível de desafio que o mesmo entrega. Também, por conta disso, fãs de jogos mais casuais podem se frustrar por encontrar grandes desafios mesmo durante a campanha principal. E também, considerando que a narrativa existe apenas para conectar os diferentes mundos, a mesma pode desapontar alguns jogadores. Mas no final das contas, o jogo se mantém nostálgico, e marca um ótimo início do time Astral Pixel no mercado de jogos.

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