Confira abaixo a nossa análise de Chernobylite:
Desenvolvido e distribuído pela The Farm 51, Chernobylite nos trás uma nova visão do acidente de Chernobyl. Sobreviver nessa nova condição será um grande desafio, será que conseguiremos? Vamos a sua análise.
O game está em Early Access desde 16 de outubro de 2019 e chega no dia 28 de julho de 2021 para PC (Steam e GOG) e para PlayStation®4 (digital e fisicamente) e Xbox One (digitalmente) em 7 de setembro de 2021 completamente legendado em PT-BR.
Realizamos essa análise de Chernobylite com um código cedido pela produtora.
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Chernobyl como nunca visto antes
Em Chernobylite, jogamos com o cientista russo Igor, um físico e ex-funcionário da usina de Chernobyl que está em busca de sua esposa, Tatiana, desaparecida após o acidente. Nesse game, o desastre nuclear não gerou apenas o vazamento de radiação, mas também, o surgimento de um minério chamado Chernobilita – ou, na linguagem original do jogo, Chernobylite.
Esse material verde se expandiu e cobriu toda a cidade a partir da usina e, junto dele, criaturas assustadoras nomeadas de “Sombra” surgiram para atacar qualquer pessoa à vista. Essa premissa ficou muito interessante e diferente, já que ao invés de zumbis e mutações, enfrentamos soldados e criaturas dimensionais, tudo com o objetivo de encontrar nossa esposa.
Uma Pripyat triste e assustadora – Análise: Chernobylite
Usando a Unreal Engine 4, Chernobylite consegue trazer visuais incríveis, principalmente nas florestas sombrias de Pripyat. A cidade também consegue passar um ar assustador e melancólico, não apenas pelas criaturas provenientes da Chernobilita e suas alucinações, mas também por conta do peso que a história de Chernobyl teve nas pessoas.
Essa qualidade também aparece nas armas e nos inimigos. Infelizmente, em um ambiente tão rico e bonito, muito do cenário não é interativo, se limitando a apenas os recursos que podemos coletar e os inimigos que combatemos durante a história. Além disso, não há animações para nenhuma ação exceto em cutscenes. Em nenhum momento vemos a mão do personagem executando ações como abrir portas, coletar objetos, etc. Além do mais, o game possui o estilo de FPS das antigas, no qual somos uma “cabeça flutuante”. Esses são apenas alguns detalhes que talvez não incomodem a todos, mas, em um game com a proposta de terror, trariam muito mais imersão.
Até o momento desta análise, Chernobylite demonstrou pequenos problemas de estabilidade, mas nada que comprometa a jogatina e que não possa ser resolvido com patchs futuros.
Construir a noite e explorar de dia.
Diferente da maioria dos survivals no mercado, o mundo de Chernobylite não é tão vazio. A maioria dos inimigos são humanos e podemos interagir com diversos NPCs. Outra diferença marcante – e que me agradou muito – é que aqui, não ficamos dias e noites explorando a esmo a cidade de Pripyat. Passa-se o período da noite administrando a base, desenvolvendo nossos itens e habilidades e, no período do dia, definimos uma missão para nós e para os membros de nossa base.
Sim, aqui em Chernobylite, nós não vivemos sozinho, começamos com um parceiro e podemos, ao completar missões, conseguir mais aliados para nos ajudar a concluir nosso objetivo principal: invadir a Usina de Chernobyl e encontrar nossa esposa.
Os controles são básicos e de fácil adaptação e o método como concluímos as missões é variável. Podemos ir diretamente ao objetivo final ou fazer as submissões que vão de auxiliar NPCs e invadir salas a combater comboios em busca de recursos.
Há também algumas mecânicas um tanto quanto únicas no jogo. Além da saúde física, devemos nos preocupar com a radiação e nossa psyche, a saúde mental do nosso personagem e companheiros. Também é necessário manter o conforto da base e todos nossos aliados bem alimentados. Não se atentar a esses detalhes pode levá-los a não aceitar novas missões, diminuindo suas chances de sucesso e levando-os à morte.
Sombrio e assustador, bem vindo a Chernobylite
Para completar o cenário desolador e aterrorizante, temos também uma trilha sonora assustadora e melancólica. Seja explorando ou cuidando da sua base, as músicas que tocam conseguem trazer o peso do cenário que estamos vivendo. Ao mesmo tempo, ao entrarmos em combate, a música muda para algo mais agitado, sem tirar a imersão do terror.
Os efeitos sonoros também não deixam a desejar. Barulho de tiros, dos passos, todos convencem muito bem. Agora, a cereja do bolo para o áudio das criaturas. Ao nos depararmos com uma, um ruido de tensão começa, e quando somos avistados, berros sombrios e indefinidos são dados.
A experiência sonora de Chernobylite é excelente. Entretanto, provavelmente pelos pequenos problemas de estabilidade, em alguns momentos a música sumia por um ou dois segundos e retornava. Novamente, isso não comprometeu a jogatina.
Chernobylite, puro terror e diversão – Análise: Chernobylite
Confesso que fazer a análise de Chernobylite foi um prazer enorme. Em um mercado inundado de survivals, em sua maioria de zumbis, o game conseguiu entregar algo inovador. Seu visual é belíssimo e sombrio, conseguindo trazer uma carga – devido sua história – e uma tensão muito boa. Infelizmente não interagimos muito com os cenários, mas nem por isso a imersão fica prejudicada. Sua jogabilidade fluida o transforma em um survival relativamente simples, mas cheio de conteúdo. Espero ansioso para ver o que os produtores planejam para o futuro, sejam novos conteúdos ou até mesmo novas DLCs.
Chernobylite
Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 9
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 8
8.5
Ótimo
"Em um mercado inundado de survivals sendo, em sua maioria, de zumbis, esse game conseguiu entregar algo inovador."