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Análise: Hades (PS5/Xbox Series)

Hades foi lançado no ano passado e foi considerado um dos melhores jogos de 2020. O jogo da Supergiant Games ganhou diversos prêmios de diversos sites e canais, e nada seria mais justo, afinal ele é simplesmente um jogaço. Depois de quase um ano, o jogo chegou para Playstation 5 e Xbox Series na sua melhor forma. Se você não teve a chance de jogar Hades, confira a nossa análise abaixo no PS5 e Xbox Series para entender porque o jogo é tão bom:

O que é Hades? – Análise (PS5/Xbox Series)

Hades é um roguelike com elementos de RPG e ação. Resumindo grosseiramente, como de praxe em jogos do gênero, deve-se percorrer salas cheias de inimigos uma atrás da outra até morrer ou, se tudo der certo, chegar ao final do jogo. Sempre que morremos, voltamos para o começo e devemos fazer tudo de novo. Jogos do estilo são geralmente difíceis, já que obviamente, perde-se todo o progresso sempre que se morre. Hades não é uma exceção nesse sentido. Os inimigos são bastante desafiadores e os chefões também não facilitam o nosso trabalho. É normal que os jogadores demorem dezenas de tentativas até a primeira run completa por todos os mundos e, apesar disso parecer maçante, Hades tem um sistema de recompensa muito interessante, que mantém o jogador com vontade de continuar e se atrela muito bem ao enredo.

No jogo, Zagreu quer fugir dos submundos governados pelo seu pai Hades. Não vou falar exatamente o porquê disso para evitar spoilers sobre a maravilhosa história do jogo, mas durante esse percurso, o personagem vai encontrando outros Deuses do Olimpo que vão o ajudando. Cada um deles oferece bônus e habilidades baseados nos seus poderes originais, que fortalecem Zagreu e tornam o caminho para fora do submundo menos difícil. A maioria dessas melhorias e habilidades que vão sendo encontradas são perdidas quando o personagem morre, mas há certos itens e equipamentos que são permanentes e que são essenciais para que você consiga de fato zerar o jogo.

Os itens e habilidades de Hades – Análise (PS5/Xbox Series)

O sistema de itens, habilidades e equipamentos é o que mais faz Hades ser um jogo incrível, já que a quantidade de combos possíveis de serem criados é enorme, e cada tentativa vai parecer única desde o primeiro momento. É possível desbloquear habilidades de vários Deuses ao mesmo tempo, que vão se combando e criando um estilo de combate próprio de acordo com a sua vontade. Pra dar um exemplo, gosto muito de usar as habilidades de Zeus e Poseidon de forma conjunta, já que ambos dão skills de dano em área e dano concatenado que transformam Zagreu em uma máquina de dano. Cada dano elétrico que eu dava em um inimigo com meu ataque básico se espalhava para outros adversários no mapa, e cada dash que eu fazia dava um dano em área em forma de água no lugar de chegada. Resumo da ópera, eu saía batendo em todo mundo e dando dashs consecutivos para causar dano em todos os inimigos rapidamente. Isso é só um exemplo do que pode ser feito. Há 10 deuses no jogo que oferecem habilidades e itens bônus ao jogador, então a quantidade de possibilidades é gigante.

O gameplay de Hades – Análise (PS5/Xbox Series)

Além disso, há 6 armas disponíveis no jogo, que não somente mudam o seu gameplay, mas também são essenciais para desbloquear trechos da história. Cada uma delas tem um foco diferente, que vão de dano rápido a dano à distância, passando por metralhadoras, escudos que empurram inimigos e lanças. Cada chefe em cada mundo deve ser derrotado com uma dessas armas para que os diálogos avancem e mostrem mais sobre a trama do jogo. E vale a pena frisar novamente, diferente de outros jogos roguelike, que não focam tanto na história, Hades tem um excelente roteiro, que acompanha perfeitamente os seus feitos no jogo e faz com que todos os personagens saibam exatamente em que momento você está, proporcionando diálogos que parecem não se repetir. É impressionante o que a Supergiant conseguiu fazer nesse sentido, já que a sensação é a de que novos elementos são adicionados a todo momento sempre que uma run é finalizada. E é por isso que o jogo não fica cansativo, estamos empre jogando com armas e habilidades distintas e a recepção dos Deuses e personagens depois das tentativas de sair do submundo é sempre diferente.

A direção de arte de Hades – Análise (PS5/Xbox Series)

Isso leva a gente ao próximo ponto que torna Hades um jogo fenomenal, o seu design e a sua direção de arte. Caso você não saiba, a Supergiant, desenvolvedora do Hades, é a mesma que fez Bastion, Transistor e Pyre. Se você jogou um desses jogos, você provavelmente percebeu que o carinho dado para o visual deles e, principalmente, para a trilha sonora é algo que não se vê toda hora na indústria de jogos. Cada título feito pela empresa parece uma obra de arte interativa, e Hades é sem sombra de dúvidas o melhor que a empresa já fez. Os desenhos e modelos de todos os personagens são feitos com um nível de detalhes imenso, e todos os efeitos e animações que surgem na tela a todo momento são de primeira linha. Eu confesso que em vários momentos eu me peguei parado observando o que tava acontecendo na tela, mesmo quando nenhuma ação estava acontecendo. Claro que a música também ajuda nesse sentido, e Hades, assim como todos os outros jogos da Supergiant, tem uma trilha sonora original monstruosa.

As melhorias de nova geração de Hades – Análise (PS5/Xbox Series)

Falei bastante sobre o jogo, mas não cheguei a comentar sobre as melhorias da versão de Hades para a nova geração. O motivo disso é muito simples: As diferenças para a versão de PC são poucas em quantidade, mas significativas em termos de qualidade. Basicamente, agora o jogo roda a 4k 60 FPS nativo e tem suporte, mesmo que limitado, ao Dualsense no PS5. A melhoria da resolução do jogo é claramente perceptível para donos de TVs 4K, e é muito bem vinda também. O jogo fica com uma definição incrível, que realça bastante a sua arte maravilhosa e transforma a sua TV num show de efeitos visuais. Com relação ao suporte ao feedback háptico do controle do PS5, as melhorias são limitadas se compararmos com jogos como Returnal ou Astro’s Playroom. São poucas as situações que trazem um feedback diferente do que a gente já tinha na versão de PS4 do jogo, e a sensação que eu tive é que a Supergiant poderia ter incrementado o jogo bem mais nesse sentido.

Conclusão

Para resumir, o que já era incrível ficou ainda melhor. Hades chega a nova geração de consoles na sua versão definitiva, a 4K e 60 FPS e proporciona uma das melhores experiências roguelike de todos os tempos. Tanto a sua história muito bem roteirizada quanto o seu gameplay refinado e variado contribuem para que os jogadores tenham dezenas de horas de jogatina tentando sair do submundo de Hades sem cansaço ou frustração.

Essa análise segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Veja também:

Hades

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 9.5
Diversão - 9.5
Áudio e trilha-sonora - 9.5

9.6

Maravilhoso

Hades já era incrível no seu lançamento em 2020, mas agora o jogo ganha a sua versão definitiva na nova geração de consoles.

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Bernardo Cortez

Formado em Relações Internacionais, Bernardo aproveitou o dom de escrever para algo útil. Músico, viajante, cronista e amante de qualquer coisa que seja relacionada a jogos, seu sonho é ser jornalista na área. Tem um carinho especial por jogos que tragam o melhor de todas as formas de arte que os englobam.

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