Diablo 2 Resurrected já foi lançado e a nova versão de fato ressuscitou o jogo pelos fóruns e também sites com antigos guias e builds. Isso porque o jogo é extremamente fiel a última versão do jogo original, só que agora completamente repaginado, com suporte para resolução maiores, trilha remasterizada, cutscenes refeitas e um visual que deixa qualquer fã de queixo caído. Aqui está nossa análise de Diablo 2 Resurrected, a versão definitiva para os fãs e uma ótima oportunidade para quem começou a franquia pelo terceiro jogo.
Esta análise foi possível graças a um código cedido pela Blizzard, a qual agradecemos a parceria e confiança. Diablo 2 Ressurected está completamente localizado para português brasileiro.
Um híbrido entre o remaster e o remake
O que mais chama atenção em Resurrected é, sem sombra de dúvidas, seu visual repaginado. A versão se encontra entre um remaster e um remake – ainda mais que Warcraft III Reforged. Já que, apesar da estrutura do jogo continuar a mesma (suas mecânicas e jogabilidade), a parte gráficas não foi somente remasterizada, foi completamente remodelada. O contraste fica ainda maior quando você aperta o comando para ir para o Legacy Mode, o modo que transforma Resurrected no jogo clássico de forma quase que instantânea. Sou fã dessa possibilidade em jogos clássicos refeitos, como falei em minha análise de Alex Kidd.
Recebemos a versão de Playstation 5 e os gráficos somados a uma TV de qualidade tornam tudo mais impressionante. A iluminação tomou outra proporção e efeitos do jogo clássico, como a habilidade de iluminar os inimigos e projeteis de luz, fazem muito mais sentido com a tecnologia que temos hoje.
No console, temos opção qualidade e desempenho, assim como a maioria dos jogos atuais. Jogando no modo desempenho não senti quedas de FPS nem mesmo com a tela lotada de inimigos e partículas. E olha que fiz um Necromante, então tive pelo menos 14 lacaios na tela a todo momento.
É importante frisar que o poder gráfico de Diablo II Resurrected não o torna algo de nova geração perto do que andamos vendo em jogos atuais. Mas é um trabalho extremamente competente que não parece de forma alguma algo datado como seria um remaster padrão. Devemos cobrar esse salto gráfico com o lançamento de Diablo IV. Vale pontuar que todas as cenas de CG foram refeitas e estão incríveis – essas sim, não perdem em nada para os jogos mais atuais!
Comandos para os velhos e novos jogadores
Para quem jogou o clássico lançado nos anos 2000, não verá grandes mudanças nos comandos e se sentirá em casa jogando Resurrected. Para quem começou por Diablo 3, se acostumar com os comandos da época não será uma tarefa tão intuitiva. Isso principalmente pelo fato de vc ter um botão de ação para as habilidades. Você deve escolher a habilidade e depois apertar o botão direito do mouse para de fato usar a magia.
Porém, se você é um jogador de Diablo 3 em sua versão console, aqui você estará em casa! As melhorias de qualidade de vida são super bem-vindas, principalmente para os jogadores mais casuais. Quase todo nosso tempo na análise de Diablo 2 Resurrected foi usando o controle e aprovamos!
Tudo que a versão de PC com teclado e mouse não trouxe, no controle foi feito. Por exemplo:
- É possível apertar no seu inventário em um espaço vazio e tudo será reorganizado automaticamente (assim como no baú);
- Podemos mapear todas as suas habilidades para o controle, totalizando 12 habilidades que podem ser usadas de forma simples;
- O HUD e menus do jogo se adaptam para serem usados no controle;
- Você pode jogar no sofá.
Multiplayer clássico no PC e não tão clássico nos Consoles
O esquema clássico de lobby foi mantido para esta versão e é importante dizer que o servidor não se comunica com o servidor de Diablo II clássico. Existe a possibilidade tanto de se unir mundos já criados por outros players, como podemos criar salas com senha para jogar com amigos. Logicamente essa é a melhor experiência pro jogo se você não quiser ter problemas com PVP ou pessoas aleatórias querendo o seu loot.
Porém, na versão de console as coisas não funcionam da mesma maneira. Ainda temos a opção de jogar o modo privado ou então com um grupo de jogadores. Porém, nesta versão, você deve escolher qual missão você quer encontrar outros jogadores. Acredito que assim, caso alguém escolha a mesma opção que você, o jogo ” dá match” e você jogará em grupo.
O problema é que não foi muito fácil encontrar jogadores em alguns momentos, acredito que porque se eu passo para uma próxima missão enquanto ninguém entra, a missão anterior não pode mais ser feita no mundo que criei. Então fiquei meio perdido de como as coisas funcionariam. As salas seriam ótimas para o console, como são para o PC.
Diablo 2 Resurrected chega como uma versão definitiva
Entenda Diablo 2 Resurrected como uma versão definitiva do jogo clássico. Uma versão que irá possibilitar você usar setups recentes para trazer a beleza que foi idealizada do jogo em 2000 para os dias atuais. Os gráficos impressionam sem perder a nostalgia, os novos menus facilitam o uso e tudo fica ainda mais acessível com o controle e as melhorias de qualidade de vida.
A trilha-sonora sozinha dá um show a parte e trará nostalgia para aqueles que curtiram o clássico no passado. Novos jogadores, que se importam com uma boa trilha, definitivamente nunca mais esquecerão o segundo jogo da franquia. Além da trilha, temos ainda uma melhoria na parte espacial, no áudio 3D do jogo, que permite saber para qual lado da caverna um inimigo está apenas pelo som de seu grunhido.
Resurrected ainda conta com modos que encontram outros jogadores para batalhas contra os chefes que você já eliminou. Uma espécie de Raid que é muito bem vinda para testar novas builds e jogar com amigos.
Como um último ponto em nossa análise de Diablo 2 Resurrected, precisamos dizer que: se você está atrás de uma nova história, uma nova experiência de jogabilidade ou até mesmo atrás de Diablo IV, você não encontrará aqui. Diablo 2 Ressurected é para aqueles que querem uma experiência real, nostálgica, com uma nova roupagem. Um jogo para quem gosta de Diablo!
Diablo 2 Resurrected
Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 8
Diversão - 8.5
Áudio e trilha-sonora - 9.5
8.8
Ótimo!
Uma nova roupagem, de qualidade, para um dos melhores jogos do gênero. Trazendo acessibilidade e gráficos dignos dos tempos atuais. Indicado para fãs do jogo clássico com vontade de revisitá-lo e sofrer (no bom sentido) com a nostalgia. Se está atrás de uma nova experiência de jogabilidade, espere pelo quarto jogo da série.