ANÁLISESNOTICIASPCPREVIEWS

Preview: Beyond Contact – Perdido em Ketern

Um jogo de sobrevivência com uma grande curva de aprendizado.

Sobreviver! Essa é a palavra que define Beyond Contact produzido pela desenvolvedora Playcord. O jogo se encontra em acesso antecipado na Steam e não possui localização em PT-BR até a data de publicação do preview de Beyond Contact.

Este preview foi possível graças a um código cedido pela Deep Silver, a qual agradecemos a confiança e parceria de sempre.

O ano é 2766 e somos convocados para uma missão de resgate. Aqui somos a cientista Quinn Hicks do Corpo Espacial, chamada para investigar uma anomalia em um planeta próximo, Ketern. Ao se aproximar do local indicado, a nave é puxada e jogada na superfície do planeta. Hicks agora se encontra sozinha em um mundo alienígena hostil e desconhecido, com mudanças climáticas radicais e resquícios de tecnologias abandonadas. Sem nenhuma ideia do paradeiro de sua equipe.

Neste contexto devemos explorar e descobrir novos locais em um vasto mapa, um sistema de pesquisas, desenvolvimento com várias camadas e uma mecânica de construção de base onde podemos desenvolver defesas e melhorar a produção de energia, agricultura, alimentação de criaturas, entre outros.

É um mundo repleto de vida e com cores vibrantes que chamam atenção, contudo, os jogadores devem se preocupar primeiro com a sobrevivência da personagem, uma vez que devemos sempre estar atentos aos níveis de oxigénio e nutrição da mesma. Todas ações executadas pela personagem consomem esses estoques, que são escassos, mas a boa noticia é que podemos aprimorar as reservas depois de algumas pesquisas/melhorias – mas isso leva algum tempo.

Quando interagimos com alguns NPC’s ou assistimos a algum evento no game, as reservas também são consumidas o que pode atrapalhar nos primeiros momentos do jogo quando temos os estoques pouco desenvolvidos e sem aprimoramentos.

Leia também:

Somos responsáveis por coletar recursos para melhorarmos nossa base e também realizar pesquisas que facilitarão a sobrevivência de Hicks. Podemos realizar pesquisas dos materiais encontrados pelo mapa afim de que a personagem crie novos esquemas e torne a sobrevivência viável.

Os visuais são bastante convidativos e bonitos, temos vegetações que variam bastante, nos dando ideia de locais diferentes pelo planeta, e também temos mudanças entre dia e noite o que afeta o clima.

Quando falamos de combates, podemos nos defender quando somos atacados por criaturas hostis e também podemos caçar, o sistema é bem simples e em minhas partidas eu sempre preferia evitar os combates.

Existe uma espécie de checkpoint no game, que te dá uma colher de chá caso você morra e tenha que recomeçar tudo do zero. Nossa personagem pode renascer em um obelisco, mas primeiro ela precisa encontrar um, e muitas vezes não é o que acontece, então perdemos todos nossos recursos coletados ao morrer. Também podemos recuperar esses mesmos recursos caso consigamos encontrar o corpo mas as vezes estamos tão distantes do ponto inicial que tornam essa tarefa quase impossível.

Durante nosso tempo no preview de Beyond Contact, pudemos constatar que o jogo oferece um bom desafio, contudo, talvez seja mais direcionado aos que gostem de recomeçar várias vezes em busca da melhor estratégia para sobreviver. Por conta da sua curva de aprendizado, o jogador precisa conhecer os materiais e esquemas para que possa tomar as decisões do que evoluir primeiro, tornando a sobrevivência viável. Temos uma premissa que deixa o jogador curioso mas, como mencionei anteriormente, talvez a dificuldade afaste alguns de tentar descobrir o que realmente se passa no planeta.

Por se tratar de um game em Early Acess ainda podemos aguardar mudanças. Espero que a desenvolvedora trabalhe um pouco mais os menus de upgrades de forma a simplificá-los, talvez indicando como cada melhoria atua diretamente na gameplay. Outra questão que poderia ser explorada seria a possibilidade do jogador recuperar seus recursos perdidos com um pouco mais de facilidade após a morte, o que com certeza reteria mais jogadores e faria com que eles pudessem avançar mais na história do game.

Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo