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Análise: Hades II

Salve Hades e o seu reinado

O aclamado Hades foi um marco que redefiniu as expectativas para o gênero roguelike, combinando combate de ação intenso com uma narrativa profunda. Agora, a aguardada sequência, Hades II, chega com a monumental tarefa de ir além de um antecessor já considerado uma obra-prima.

Será que a nova jornada consegue honrar esse legado? Nesta análise, mergulhamos mais uma vez no Submundo para descobrir tudo o que essa continuação tem a oferecer.

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Desça ao Submundo para recuperar o que foi perdido

Se o primeiro jogo era uma jornada sobre buscar a liberdade, Hades II é uma saga de vingança e reconquista. A história se passa anos após os eventos de seu antecessor, e o Submundo caiu. Cronos, o Titã do Tempo, escapou de sua prisão, baniu Hades e sua família, e tomou o trono para si, tornando-se uma ameaça até para os deuses do Olimpo.

Nesse cenário, assumimos o papel de Melinoe, Princesa do Submundo e irmã de Zagreus. Treinada em segredo por Hécate, ela é a única capaz de enfrentar o titã. Em sua jornada, ela encontrará um elenco que mistura novos heróis, como Odisseu, e rostos conhecidos, como um Hipnos que continua dormindo.

A narrativa mantém a genial estrutura do original, revelando-se gradualmente a cada tentativa e morte. A grande sacada, no entanto, é a inversão do percurso: enquanto Zagreus lutava para subir e escapar do reino de seu pai, Melinoe precisa descer cada vez mais fundo nas trevas para salvar sua família.

Uma bruxa em combate

A principal evolução do combate está na identidade da nova protagonista. Diferente do guerreiro Zagreus, Melinoe é uma bruxa, o que adiciona uma camada de magia ao sistema. Seus comandos básicos, um ataque padrão, uma técnica especial e um feitiço de área, não apenas causam dano, mas também podem ser “canalizados” ao segurar o botão, consumindo mana para desferir versões mais poderosas e mágicas de cada golpe.

Essa mecânica de canalização se une a uma nova barra de mana, que se regenera lentamente e incentiva um ritmo de luta mais calculado. A movimentação também foi aprimorada: a esquiva tradicional agora se transforma em uma corrida contínua ao ser mantida pressionada. Essa corrida, assim como os outros movimentos, pode ser imbuída com bênçãos dos deuses, permitindo criar rastros de fogo, disparar raios ou gerar ondas de choque.

Fora das batalhas, o sistema de progresso foi expandido. A novidade mais impactante é o baralho de Cartas de Tarô, que permite equipar melhorias passivas permanentes, como mais vida ou uma chance de reviver. Cada carta tem um custo, e o jogador deve montar sua “mão” respeitando um limite de pontos, o que incentiva a criação de diferentes builds.

Para complementar, o Acampamento da Encruzilhada oferece ainda mais opções, como um caldeirão para realizar encantamentos, uma horta para cultivar reagentes e novas ferramentas para coletar recursos durante as incursões, garantindo que cada tentativa contribua para o fortalecimento de Melinoe.

Gráficos e áudio

No quesito audiovisual, Hades II é uma obra de arte. A direção artística mantém o traço marcante do original, mas eleva o nível com cenários ainda mais detalhados e modelos de personagens repletos de personalidade. É uma evolução natural e gratificante, que torna o universo do jogo mais vivo do que nunca.

O espetáculo é complementado por uma dublagem impecável e uma trilha sonora que já nasce icônica. As composições misturam rock e temas orquestrais que pulsam em sincronia com o combate, criando uma atmosfera viciante e inesquecível, daquelas que você vai querer ouvir mesmo fora do jogo.

Conclusão de Hades II

Hades II não apenas sustenta o peso de um legado monumental, como o expande com confiança e criatividade. A Supergiant Games aprimorou uma fórmula já consagrada, adicionando novas camadas de profundidade com um combate mais versátil, uma protagonista cativante e sistemas de progressão inteligentes, como as Cartas de Tarô.

Cada elemento, da arte evoluída à trilha sonora épica, trabalha em harmonia para criar um ciclo de morte e renascimento que se mantém incrivelmente viciante. O resultado é a rara sequência que se sente ao mesmo tempo familiar e surpreendentemente nova, honrando o material original sem nunca viver à sua sombra.

Hades II é uma experiência indispensável que se estabelece, sem sombra de dúvida, como um novo clássico do gênero.

Essa análise de Hades II segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

É a evolução definitiva

Visual, ambientação e gráficos - 10
Jogabilidade - 10
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10
Narrativa - 10

10

Perfeito

Hades II é uma sequência que honra o legado do primeiro jogo, trazendo novas mecânicas, combates mais intensos e uma protagonista marcante, consolidando-se como um dos melhores roguelikes da atualidade.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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