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Análise: Marvel’s Guardians of the Galaxy é surpreendente

Explosões, humor, boa música e muita história. Tem coisa melhor?

Nessa análise vamos falar sobre o mais novo jogo da Marvel para consoles, o Marvel’s Guardians of the Galaxy. Alguns vão reconhecer esse nome, mas não pelos filmes que saíram no cinema ou por conta dos quadrinhos, mas sim pelo jogo lançado em 2017 pela Telltale Games. Totalmente diferente do game mencionado, essa nova versão dos Guardiões da Galáxia traz consigo um jogo de ação em que controlamos Peter Quill, o famigerado Senhor das Estrelas, numa aventura interestelar no rico universo cósmico da Marvel. Quer saber se o jogo ficou bom mesmo? Continue acompanhando a nossa análise.

Essa análise de Marvel’s Guardians of the Galaxy foi feita graças a um código de Playstation 5 cedido pela Square Enix. O jogo se encontrará disponível dia 26 de outubro para Playstation 4, Playstation 5, Xbox One, Xbox Series, Nintendo Switch e PC.

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A equipe mais desajustada da Marvel chegou

Marvel’s Guardians of the Galaxy traz consigo uma narrativa linear com vários momentos épicos e divertidos que farão jus ao time de personagens carismáticos que o game representa. A história começa com a equipe em busca de um monstro desconhecido numa zona proibida, pois seria a oportunidade de ouro para conseguir uns bons trocados ao vender a criatura para a famigerada Lady Hellbender, porém, nada costuma sair de acordo com os planos desse time peculiar e o pior acontece.

Planos frustrados, uma multa absurda entregue pela Tropa Nova e a necessidade de enrolar a destemida Lady Hellbender. O que será dos guardiões? Isso é só o começo desta narrativa carismática e envolvente dos heróis mais alucinados do universo.

O maior diferencial do jogo em comparação aos outros games da Marvel (lançados até o momento) é justamente a história, mas o principal motivo está na interatividade dela. As escolhas do Peter Quill podem alterar o curso dos acontecimentos, evitar combates desnecessários ou trazer novas oportunidades para a equipe. Por exemplo, em determinado momento temos que escolher vender o Rocket ou o Groot.

Optando pelo guaxinim, o plano acaba sendo prejudicado por conta do temperamento explosivo dele. E, consequentemente, sua vida fica muito mais complicada. Por outro lado, se você optar pelo Groot, o plano se mostrará, inicialmente, um sucesso. Apesar das duas rotas terem o mesmo boss para confrontar, o que levou isso a acontecer foi totalmente diferente.

Além do que citei, a história de Marvel’s Guardians of the Galaxy traz consigo um enredo muito atrativo, principalmente por conta dos personagens. Os diálogos e a forma de interação deles é a cereja do bolo, fazendo com que você se sinta muito mais imerso nesse universo cósmico. Além disso, o game está repleto de referências como citações aos Vingadores, Homem-Aranha, Mandarim, Kang o Conquistador e Dazzler, essa última sendo a mutante que também é citada em Marvel’s Spider-Man Miles Morales.

Uma aventura reta

Diferente de Marvel’s Spider-Man que é um mundo aberto ou Marvel’s Avengers que se baseia num jogo de missões, em Marvel’s Guardians of the Galaxy temos uma aventura linear fazendo com que você siga a história de maneira reta e direta, apesar de poder fazer algumas curtas explorações como é o caso de Luganenhum, onde é um enorme centro comercial do qual você fica livre para explorar a vontade, fazer mini-games e até ser feito de trouxa pelos meliantes que se encontram ali.

Se eu fosse comparar com algum game, iria dizer que Guardiões da Galáxia segue um esquema familiar ao que encontramos em títulos como Uncharted e The Last of Us, já que ambos os jogos são retos, divididos em capítulos que se intercalam sem cortes e em alguns poucos momentos trazem um pouco mais de liberdade.

O estilo combina bem, principalmente pela quantidade de curtos arcos que o game apresenta. Dessa forma, você não fica muito tempo longe da história e também pode aproveitar muita ação com o seu gameplay.

Análise Guardians Galaxy

A equipe mais desordeira do universo até em gameplay

O ponto chave do gameplay de Marvel’s Guardians of the Galaxy é, sem dúvidas, a jogabilidade cooperativa. Calma! Espera! Não se trata de um jogo multiplayer cooperativo igual o Marvel’s Avengers. Estou falando que você terá todo o time (Peter Quill, Rocket, Groot, Gamora e Drax) ao seu dispor, entretanto, você apenas controlará o duvidoso líder dos guardiões.

Peter Quill, acima de todos os outros, é o protagonista do jogo. Vamos acompanhar toda a história tendo ele como ponto de vista do jogo. Consequentemente, não iremos saber o que está rolando com os outros, quando os mesmos se afastam da equipe por algum motivo. Não é apenas a história que se mostra centrada em Quill, já que ele é o único personagem realmente jogável.

Por outro lado, você pode passar o comando para outros membros dos guardiões. Isso é uma opção bastante útil para avançar no game, pois terá obstáculos que Quill é incapaz de superar, sendo necessário pedir ajuda aos outros. Por exemplo, utilizar a Gamora para cortar bloqueios, Drax para movimentar objetos grandes e pesados, Groot para construir pontes e o Rocket para explorar locais pequenos e apertados.

Falando na equipe, não posso deixar de citar que a interação deles é absurdamente boa. Há alguns momentos que você faz algo, será julgado. Por exemplo, foi explorar um outro caminho, enquanto eles diziam que a outra opção era o local certo? Prepare-se para ser julgado! Vão dizer que você não confiou neles, vão te zoar por ter ido errado e coisas do tipo.

Análise Guardians Galaxy

Tiro, bomba, explosão, espada e eu sou Groot

Falando do sistema de combate, temos aqui um jogo dinâmico que nos primeiros momentos de gameplay pode se mostrar um tanto travado pelas faltas de opções. Opções essas que são desbloqueadas no decorrer da sua jogatina. Vou me aprofundar agora nesse assunto.

Como dito antes, jogamos apenas com o Peter. O gameplay dele, inicialmente, consiste em atirar com suas armas e também usar alguns golpes a curta distância (o que não é tão seguro, já que tem muitos tiros e explosões o tempo todo). Fora isso, temos a opção de dar um dash para desviar ou saltar, podendo planar por alguns segundos.

Para dar aquela variação no gameplay, cada personagem conta com golpes de comando que ficam disponíveis quando aperta o L1/LB e você usa em conjunto o botão referente ao personagem que você necessita que faça algo. Por exemplo, Groot consegue enraizar os inimigos e fazê-los parar de se movimentar algum tempo, Drax causa dano na barra de estamina do inimigo, Gamora faz um dano absurdo na vida do oponente e Rocket joga bomba dando um dano de área.

No decorrer do gameplay, podemos liberar novas habilidades para cada membro da equipe, totalizando quatro para cada. Junto disso, Quill libera novas variações de suas armas, trazendo tiros elementais para elas como gelo e raios. Isso auxilia demais no combate, pois cada variação tem um intuito distinto e, da mesma forma, serve para superar puzzles durante a campanha assim como explorar fraquezas de alguns inimigos. Outro ponto interessante, é que várias vezes algum dos companheiros realiza alguma finalização para completar o combo.

Além do gameplay ficar mais dinâmico e menos travado no decorrer do game, há uma grande crítica que alguns jogadores farão: apenas Peter Quill será jogável.

Para mim, isso não me atrapalhou e nem influenciou de forma negativa. Apesar disso, não discordo que seria interessante poder trocar de personagem a bel-prazer. Esse ponto se torna algo mais pessoal de jogador para jogador.

Para concluir essa parte de gameplay, também devo citar que a possibilidade de escolhas também tem uma grande influência aqui. O jogo tem uma espécie de “devil trigger” que você ativa para deixar os Guardiões da Galáxia mais resistentes e fortes por um curto período. Contudo, antes disso acontecer, Peter chama os companheiros para perto e ouve o que eles têm a dizer, após isso deverá escolher qual é o melhor discurso para ser feito no momento.

Se você realizar um bom discurso motivacional, o bônus será muito maior e a música que vai tocar ao fundo será mais animada, deixando a luta bem melhor.

Análise Guardians Galaxy

Gráficos e trilha sonora

Por termos feito a análise de Marvel’s Guardians of the Galaxy utilizando o Playstation 5, não temos como dizer de maneira exata como está o jogo na geração passada e nem mesmo na versão nuvem do Nintendo Switch. Contudo, na nova geração temos dois modos gráficos que é o bom e velho desempenho e, em contrapartida, o modo qualidade.

Enquanto o primeiro entrega uma experiência em 60FPS, o segundo trará gráficos em 4K. Em ambas as opções podemos nos impressionar com gráficos impressionantes e imersivos, principalmente por conta de seus cenários muito bem trabalhados e expressões realistas.

No modo desempenho não encontrei nenhuma queda de quadros, porém, no modo de qualidade é notável que sentimos uma queda quando há muitos elementos acontecendo na tela, deixando o jogo abaixo dos 30FPS.

Junto disso, os efeitos visuais que ficam saltitando pela tela são extremamente agradáveis, fazendo com que sua experiência visual seja ainda mais agradável. Novamente devo destacar Luganenhum que traz uma cidade imersiva, lotada de aliens, repleta de efeitos de neons e afins.

Por outro lado, às vezes a barba de Peter Quill pode incomodar, já que ela fica parecendo uma “placa semitransparente”, mas felizmente é algo que acontece realmente apenas algumas vezes.

Um outro ponto alto que podemos ver em Marvel’s Guardians of the Galaxy é em sua trilha sonora. Além de temos uma dublagem de altíssima qualidade (impecável em inglês e muito boa em português, porém, com alguns deslizes) a trilha sonora traz exatamente o que esperávamos.

Como Peter saiu da terra entre a década de 80 e 90, todas as músicas tocadas em toca cassete da Sony remetem a esta época onde o jogo conta com gigantescas bandas como Deff Leppard, A-HA, Tears for Fears, Twisted Sister, Billy Idol e muito mais. Além dessa trilha sonora cheia de gigantescos nomes, o jogo conta com uma trilha sonora própria que traz músicas mais voltadas para o rock que encaixam como uma luva na proposta do jogo.

Ver os muitos momentos de ação durante o jogo como até andar por sua nave tendo essa trilha sonora de fundo é simplesmente espetacular.

Análise Guardians Galaxy

Conclusão da análise de Marvel’s Guardians of the Galaxy

Para concluir essa análise de Marvel’s Guardians of the Galaxy, quero dizer que esse jogo foi uma grata surpresa. Não estava levando muita fé no que eu via pelos trailers e, vários deles, até deixei passar batido porque no geral o jogo não estava me chamando atenção. Contudo, jogando esse game pude ver que era totalmente diferente do que eu aguardava e, claro, para melhor.

A fórmula funcionou muito bem, a história é ótima, a jogabilidade tem altos pontos positivos (apesar do que citei sobre apenas Quill ser jogável) e, claro, podemos ver cuidado em sua produção. Um cuidado que deveria ter sido usado na produção de Marvel’s Avengers, mas infelizmente não foi. Tanto que encontrei apenas um único bug durante a campanha, enquanto o jogo dos vingadores teve um compilado de bugs.

Marvel’s Guardians of the Galaxy traz um universo próprio tendo base na equipe que foi apresentada nos cinemas, no entanto, não é dependente do MCU. Você deverá estar preparado para ver uma história original que vários pontos são bem diferentes da contra parte dos cinemas. Isso não é algo negativo, afinal, os filmes são bem diferentes do material original do qual o jogo se baseou.

Aqui temos um ótimo game de super herói que traz diversão, gameplay refinado, narrativa envolvente e belos gráficos.

Essa análise de Marvel’s Guardians of the Galaxy segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Marvel's Guardians of the Galaxy é uma grata surpresa para os fãs de heróis

Visual, ambientação e gráficos - 8.5
Jogabilidade - 8
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 9.5
Narrativa - 8

8.8

Ótimo

Marvel's Guardians of the Galaxy é um jogo que funciona muito bem e surpreende pelo cuidado no qual foi desenvolvido. Seja pela narrativa envolvente, os personagens carismáticos, o gameplay dinâmico ou os belos visuais que são de tirar o folego. Se você gosta dessa equipe maluca, sem dúvidas, esse é o jogo certo para você.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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