A satisfação de pegar um jogo novo com uma nova proposta, seja ele Triplo A ou não, para jogar e descobrir que ele é uma obra-prima, aclamado por críticos e revistas especializadas da área é sempre muito bom. Gráficos detalhados, bem trabalhados e realistas ou voltados mais para arte visual, inovadores e bem idealizados, histórias que nos prendem e mantêm a gente querendo sempre saber mais e, claro, jogabilidade fluída, descomplicada quase sem nenhum bug. Tudo vai bem e a produtora, aproveitando o sucesso, resolve anunciar a continuação, o título “2” daquele jogo que em breve estará em nossos videogames para nossa alegria!
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Claro que é uma maravilha saber da continuação daquele jogo que tantos nos agradou. Trailer, vídeos de gameplay, detalhes da história nos deixa antenado e no hype de que saia logo. Chega o dia do lançamento e aquela ansiedade logo se transforma em uma grande decepção. É isso que vamos ver a seguir em “2” – Número Terror das Franquias de Jogos
Legaia 2 (2001)
Aqui temos um exemplo perfeito da introdução desta matéria. Legend of Legaia trouxe um sistema de batalha incrível, dinâmico, inúmeras missões secundárias que davam recompensas ótimas aos jogadores que se aprofundavam mais e mais em desvendar tudo e uma história cativante. Fãs esperavam algo, no mínimo, tão bom quanto, mas não foi bem recebido. Batalhas visualmente menos trabalhadas quanto ao equipamento, pois no antecessor era possível as mudanças de arma e armadura do personagem, trilha sonora nada marcante, mudanças na batalha que o deixou menos dinâmico e uma história arrastada e nada cativante. Ainda digo que a ideia era seguir uma franquia e talvez esta foi a mudança para Legaia 2 em vez de Legend of Legais, mas a receptividade e um conteúdo menor decepcionou muito que nem ao menos teve outra sequência e isso que vai completar 20 anos do lançamento em 22 de novembro.
Devil May Cry 2 (2003)
Aqui temos uma história de superação. O santo game de matar demônios trouxe no estilo hack and slash uma das franquias de maior sucesso da Capcom até hoje no mercado, mas nem sempre foi assim. O segundo título da franquia decepcionou o público quando trouxe uma história extremamente linear como no avanço de cada local, poucos quebra-cabeças e desafios fáceis demais ao ponto de derrotar o chefe apenas atirando se quiser. O jogo também deixou Dante bem mais pesado e sem muita inovação na hora do combate. Com “$orte” da excelente vendas do primeiro game, a empresa ouviu a comunidade de jogadores e deu a volta por cima e corrigiu erros e deu melhorias no título seguinte.
Prototype 2 (2012)
Prototype é outra franquia que não sobreviveu ao lançamento do segundo título. Desenvolvido pela Actvision, a continuação é um jogo “ok” de mundo aberto e não um ótimo game como o primeiro lançado. Muito neste título não agradou aos fãs que esperavam uma evolução do primeiro ou uma mesmo uma experiência tão boa quanto o antecessor. Missões repetitivas que se resumem em absorver alguém ou se disfarçar nela, modo stealth meio cômico uma vez que pode fazer de tudo na frente dos inimigos e não veem você e história rápida para o gameplay. A empresa responsável ainda lançou um remaster com os dois jogos, mas a equipe em si respsonsável por Prototype já está desfeita e ocupa outros setores de criação de outros games.
Chono Cross (2000)
Este não é um jogo ruim. E de tão longe possui história péssima, mas pelo contrário. Jogabilidade em turnos fluído e fácil de entender, gráficos surpreendentes para época e as músicas… nossa são muito marcantes e agradam a qualquer um sem exagero. Mas por que entrou na lista, apesar de tantos elogios? “O porém” de Chrono Cross é ter a árdua tarefa de dar sequência a um dos maiores RPGs clássicos de todos os tempos: Chrono Trigger! O antecessor possui todos, sem exagero, elementos que procuramos em um game com uma narrativa específica que nos envolve do início ao fim. Cross é um dos ótimos jogos de RPG do PS1, mas trouxe bastante novidades que diferenciou muito do clássico e, devido o nome que carrega, as pessoas só esperam algo excepcional. Ainda sim, traz ótimos elementos como dito antes. Por viver à sombra do seu Antecessor, não ouvimos nem sequer uma menção de uma continuação da franquia mesmo com 21 anos de lançamento do segundo jogo. Acredito que nem veremos por mais duas décadas para apostar baixo.
“2” – Número Terror das Franquias de Jogos: o que vem por aí…
Vou direto ao ponto: God of War! No momento é a continuação da franquia que, após fazer sucesso na era do PS2 e PS3, trouxe um novo conceito que o fez ganhar, nada mais nada menos, como o melhor jogo no The Game Awards 2018! O hype está ans alturas a cada novo trailer ou novidade sobre a continuação, que, confesso, o fez sim um jogo melhor do que o de suas origens, mas que não daríamos (acredito) tanta atenção se não os tivessem existido antes, por estes serem uma linha única e narrativa de tom único: vingança por vingança. O novo game traz uma história e personagens que podemos nos relacionar melhor com seus pensamentos e objetivos e agora resta saber se o jogo será uma continuação fiel ou se, usando como base o primeiro de uma nova saga, ousará nas novidades. No mais, independente para qual lado caminhar, espero um ótimo jogo!