Salve pessoal! Tive o prazer de jogar com os novos personagens da 2ª parte do crossover de Brawlhalla X Street Fighter. Porém, desta vez, não tenho só elogios para este crossover: ainda tiveram o grande carinho que falei na 1ª Parte do Crossover, só que tem umas coisas quem me incomodaram. E, antes de mais nada, olha só o trailer de lançamento dos novos personagens:
Veja também:
- Brawlhalla X G.I. Joe: testamos o novo crossover
- Brawlhalla X Street Fighter: testamos o novo crossover
Para quem me acompanha, eu faço lives regulares na Twitch e todas as quintas-feira eu jogo Brawlhalla com uma galera e não nego fiquei muito animado com os novos personagens. Só que aquele 1% é vagabundo…
Considerações iniciais
Então, voltando ao crossover, as últimas lives eu joguei com os novos personagens e gostei de alguns deles, porém teve alguns que achei super esquisitos. Achei também a escolha dos personagens base excelente, mas falarei mais disso abaixo. Para quem não sabe, os crossover de Brawlhalla são “skins” de personagens já existentes dentro do jogo. Ou seja, os movimentos dos personagens especiais (chamados de signature) são exatamente iguais a algum personagem já existente. Também falarei cada um em separado logo abaixo.
Desta vez, nem todos os personagens usam luvas. Achei sensacional como imaginaram o M. Bison e a Sakura sem o uso de luvas, deixando o crossover sem a necessidade de usar luvas nos personagens (mesmo que a grande maioria ainda use luvas). Caso exista uma 3ª parte, acredito que veremos mais personagens sem luvas.
Do mesmo modo, outra coisa que eu achei sensacional é que a maioria dos ataques de signature (que a partir de agora vou abreviar para sig) tem vozes características, como na 1ª parte do crossover. Vocês ouvirão muitos Hadoukens, Psycho Cruser, Yoga Fire nas suas lutas.
Dhalsim
Um dos personagens mais antigos da franquia, estando presente em vários jogos de Street Fighter, Dhalsim usa de base o personagem Ray Man. E, para mim, foi o melhor crossover já realizado e que eu pude analisar. A arma secundária do Dhalsim é o machado e, por mais que não consiga imaginar o que Ray Man tem em comum com o Dhalsim, os desenvolvedores conseguiram alterar todos os golpes do Ray Man para os característicos do Dhalsim, tanto com a luva, quanto com o machado.
Assim como Ray Man, Dhalsim é um personagem fácil de jogar, porém é difícil aprender a dominar as armas. O machado exige uma precisão elevada do jogador, para evitar ser punido e encaixar true combo de machado não é algo relativamente fácil. Porém é muito satisfatório acertar uma machadada com Side Light e ver o oponente deslizar o cenário todo, antes de morrer!
Sakura
E eis que temos a primeira personagem do crossover de Street Fighter que não usa luvas! Sakura foi introduzida nos jogos da Capcom a partir da franquia Street Fighter Alpha/Zero (mais especificamente no Street Fighter Alpha/Zero 2) e vem com presença até regular na franquia, inclusive em outros crossovers. A personagem base da Sakura é a Ling Fei.
As armas usadas são a adaga (katar) e a bazuca (cannon). Eu gostei muito da “substituição” da luva pela adaga, já que ambas são armas de curto alcance. A bazuca, sinceramente, achei muito estranho na Sakura, porém eu entendo a decisão dos desenvolvedores. Acredito que a escolha se deu mais pela personagem Ling Fei do que pelas armas, pois representa muito bem a Sakura: é uma personagem que bate rápido, porém com pouco dano. Fora que as sigs da Sakura usando as flores de cerejeira ao invés do fogo e dragão da Ling Fei ficaram maravilhosas.
Porém, eu não indico o uso da Sakura para iniciantes. Por causar pouco dano e ter armas de curto alcance, o jogador precisa ter uma agilidade maior para causar dano no adversário. Fora que a bazuca tem um timing diferente das outras armas do Brawlhalla.
Dica rápida: Se você quer mesmo assim jogar com a Sakura/Ling Fei, sugiro o uso da Stance de Dano.
Ken
O principal personagem da franquia Street Fighter e um dos únicos personagens a participar de todos os crossover de Street Fighter, usa de base a personagem Petra. A arma secundária que o Ryu utiliza é a orbe. Seus ataques de sig com a luva refletem bem os seus golpes, como o característico Tatsunaki Senpuu Kyaku (que muitos conhecem como Ratetsurugi) e o Shouryuken e, usando a orbe, Ryu utiliza seus golpes de energia, como o Hadouken e um Hadouken aéreo, que ele joga de cima para baixo.
Assim como a Petra, Ryu é um personagem fácil de aprender a jogar, sendo uma recomendação para novatos. As sigs de orbes são boas para manter o adversário a uma boa distância e as luvas são excelentes para finalização.
Vocês devem ter estranhado que o texto acima está EXATAMENTE igual ao da análise anterior, mais especificamente, do Ryu. Nem mesmo subistitui o nome de Ryu por Ken. Porém tem uma explicação bem simples:
Esse personagem é exatamente igual ao Ryu!
Assim, não é realmente 100% igual porque mudou a aparência do personagem e o áudio, porém as características que separam o Ken do Ryu não foram aplicadas no jogo e acabou que o Ken está parecendo, literalmente, um Ryu loiro.
M. Bison
O grande líder da Shadaloo e o principal antagonista da franquia Street Fighter, M. Bison é o segundo personagem do crossover que não usa luvas. O personagem base escolhido é o Thor. Eu achei maravilhoso o uso da orbe para representar o Psycho Power, que é a energia psíquica que o M. Bison usa no seu estilo de luta. Sobre a escolha da marreta (hammer), eu achei… Tipo… Como posso dizer… Enfim, fiquei sem palavras para descrever a escolha da marreta! Porém eu entendo muito bem a escolha do Thor como personagem: substitui os raios por Psycho Power e já tem o personagem ideal.
Apesar da orbe ser uma boa arma para iniciante, não recomendo jogar muito de M. Bison antes de aprender a jogar de Marreta. Por mais que seja uma arma de 1 Hit só, saber acertar com esta arma não é uma das tarefas mais fáceis de início.
Luke
Luke é um personagem que apareceu em Street Fighter 5, como um gancho para o Street Fighter 6. O personagem base do Luke é o Cross. A sua arma secundária é a blaster e sinceramente acho que este crossover ficou muito forçado. Tirando uma sig de luva, nenhuma outra sig reflete os golpes do lutador. O som dos golpes está bem fiel ao Street Fighter 5, porém não parece nada com o que o lutador faz.
Sinceramente eu uso muito pouco o Cross e a blaster é uma arma que precisa de um conhecimento do jogo relativamente elevado, pois essa arma possui muitos true combo, mas é uma das armas mais fáceis de sufrer punição, se errar alguns golpes. Ou então esqueça isso e spamme sem medo de ser feliz, pois as sigs do Cross são boas e pega muita gente desprevenida.
“Novo” modo de jogo
Assim como na 1ª Parte do Crossover, tivemos um “novo” modo de jogo. Coloco entre aspas pois é o mesmo modo lançado anteriormente, porém a arena modifica: a cada minuto, ela pode abrir ou fechar as bordas.
Esta modificação da arena deu uma renovada neste modo, pois aumenta as estratégias para vitória. Um jogador mais atento consegue derrotar um oponente facilmente nesta área aberta e os jogadores que conseguem “carretar” os oponentes acabarão com as lutas rapidamente. Porém, a abertura da arena pode fazer o jogador acidentar, se o oponente souber a hora certa de esquivar. é um trade-off: grandes riscos de ganhar rápido, porém grandes riscos de ser punido. Você escolhe o que será.
Considerações Finais
Em suma, A 2ª Parte do crossover Brawlhalla X Street Fighter conseguiu me deixar de uma euforia completa a uma decepção gigante. Dhalsim ficou o melhor personagem que já vi de crossover, superando até mesmo o Leonardo das Tartarugas Ninjas. A Sakura não ficou muito longe não e mesmo usando um personagem com adaga e canhão, a caracterização da Sakura ficou excelente. M. Bison ficou bem aceitável e a utilização de outras armas além da luva mostrou que, com criatividade, consegue encaixar vários outros personagens no crossover. Aproveito aqui e deixo a minha sugestão: Façam um Vega baseado na Asuri!
Em contrapartida, Luke não encaixou nada bem. Tive a sensação que “forçaram” a inclusão do personagem nesta 2ª parte do crossover. Contudo, se olhar o personagem como uma skin do Cross e não um personagem de crossover, fica mais aceitável. Porém, por mais que eu goste do personagem, a inclusão do Ken foi algo completamente desnecessário. E perdoem-me pela crítica, mas a sensação que tive é que o personagem está mais para gastar 300 mammoth coins do que realmente uma adição legal para os crossover. Acho que poderiam fazer igual aconteceu com a Lara Croft, aonde a persoangem tem duas skins difrentes, usando a mesma personagem (Lara Croft clássica e a Lara Croft moderna) ao invés de cobrar um novo personagem.
Por último, cada personagem pode ser adquirido ao custo de 300 mammoth coins, individualmente. Se você não tiver moedas na conta, será necessário comprar ao menos o pacote de 1600 mammoth coins. Os preços variam entre plataformas, sendo que eu sugiro muito que compre pela Steam, aonde os preços são mais acessíveis.
E para quem é indicado essa 2ª parte do crossover Brawlhalla X Street Fighter?
A 2ª parte do crossover Brawlhalla X Street Fighter tem os seus altos e baixos. Apesar de ter os seus acertos, que foram a maioria, não indico comprar o Ken, a menos que você seja muito fã do personagem. Aliás, se você não tiver adquirido o Ryu e queira mais o Ken, também pode comprar. O alto custo de compra (afinal, são 1500 mammoth coins) pode pesar também na escolha e, se puder indicar uma ordem de aquisição, pegue Dhalsim, Sakura e M. Bison. Os outros dois deixo a escolha.
Além de ser free-to-play, o game tem mais de 50 personagens únicos, modos single player e coop, além de partidas on-line e locais, e suporte cross-plataforma entre a família de dispositivos Xbox One, incluindo o Xbox One X e os novos Xbox Series X | S, Nintendo Switch, PlayStation 4 e PlayStation 5, PC e plataformas móveis com sistema operacional iOS e Android. Os usuários também podem disputar partidas customizadas e encontrar adversários pela internet por meio do recurso de matchmaking.
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