Análise: The Company Man

Neste mundo corporativo contemporâneo mundial, temos que lutar ferozmente para sobreviver e aproveitar os momentos para evoluir na vida. Em The Company Man, esta luta é literal e até bem divertida. Além disso, lembre-se que, como na vida, faça pausas regulares. E logo abaixo você saberá o motivo.

Agora aproveite e veja o trailer oficial de lançamento do jogo, para já sentir o clima do jogo:

Esta análise só foi possível graças a uma cópia digital de The Company Man, gentilmente cedida pela 
produtora Forust, para a versão de Xbox.

Sobre The Company Man

The Company Man é um jogo de aventura com plataforma em 2D. O jogo é 100% single player, com um humor muito caricato e super exagerado. Além disso, achei muito interessante o tema do jogo, contendo esta “pegada” humorística e até um pouco crítica do mundo corporativo. Mas não se preocupe pois falaremos mais sobre isto logo mais abaixo.

A princípio, o jogo tem uma história simples: você é um funcionário novato (de nome Jim) que está ansioso para subir na sua carreira, até se tornar o CEO da empresa. Mas o seu caminho não será fácil e já aprende que para atingir a sua missão de vida, ele terá que subir muito na corporação, lutando contra todos os seus oponentes, digo, colegas de trabalho, que também querem subir nas suas carreiras.

Contudo, o jogo não tem legendas em PT-BR. Geralmente, isso é uma condição que eu critico muito nas análises que faço, mas aqui eu não reclamarei da falta da localização do jogo. E o motivo é bem simples: muitas piadas que o jogo traz não teriam sentido se fossem traduzidas.

Hardware (aquilo que você chuta)

Antes de mais nada e por ser um jogo de plataforma 2D, a jogabilidade do jogo é bem simples e que faz o seu papel com excelência: um botão para atacar, outro para pular, outro usa o dash, entre outros comandos. E tudo isso ocorre de maneira bem fluida.

Os comandos do jogo são bem simples e, particularmente, é algo que me agrada muito. Aprecio jogos com mecânicas complexas e comandos sofisticados, mas um jogo com gameplay simples, como vista em The Company Man, é agradável ao extremo.

Por último, navegar nos menus do jogo é algo bem intuitivo e prático, mesmo sem possuir uma legenda em PT-BR inclusa no jogo. A compra de power ups no jogo também é fácil e rápida de fazer, sendo que a única parte chata na evolução do Jim é que só pode ser feita quando não estiver em um setor da empresa (ou seja, em uma fase).

Software (aquilo que você xinga)

Primeiramente, quero elogiar demais os desenvolvedores pelo capricho gráfico apresentado. Todos os cenários, movimentos na tela (incluindo do Jim, dos objetos e dos inimigos) e iluminação são bem desenhados. Algo assim eu só vi em Hollow Knight.

Em contrapartida, a parte sonora do jogo não é tão chamativa. Sei que tem efeitos sonoros para toda e qualquer ação que existe na tela, mas não é nada que tenha um destaque. As músicas do jogo não chegam a ser genéricas mas também não se destacam, chegando a ser apenas aceitável.

A dificuldade do jogo apresentada não é complexa e as estações de café (aonde recupera a energia) são bem generosas. Os colegas de trabalho (os inimigos do jogo) tem padrões fáceis de descobrir e são bem únicos. Uma comparação direta aos seus amigos de trabalho são como os inimigos de Super Mario Bros: você sabe muito bem como um Goomba se comporta e ataca, como uma tartaruga se comporta e ataca, etc…

Além disso, as lutas contra os chefes dos setores (os chefes de cada fase) são um espetáculo à parte: todos são bem divertidos de lutar e os seus padrões são aprendidos facilmente: nada que umas 200 a 300 mortes não resolva. Brincadeiras à parte, descobrir os padrões dos chefes não é complicado e me vi morrendo, quando morria, de 1 a 3 vezes, até decorar o padrão.

Por fim, veja abaixo o vídeo do gameplay que fiz e você entenderá bem o que escrevi até aqui:

Bugs (aquilo que você se irrita)

Como característica bem forte do jogo, o humor e a sátira ao mundo corporativo é imenso e frequentemente você verá uma piada ou crítica. Até mesmo os movimentos do Jim são bem caricatos e as suas grandes armas são o teclado (como arma de ataque próximo) e o envio de e-mail (como projétil).

E isso é realmente um diferencial muito legal e engraçado, mas cansa depois de um certo tempo jogando. Analogamente, eu comparo isso a uma piada muito boa que te contam: Ela é engraçada na primeira vez, continua engraçada na segunda, chega a ser engraçada até a décima vez que te contam, mas se te contarem esta mesma piada por umas cem vezes, a mesma piada começa a ficar sem graça.

Este sentimento de “piada perdendo a graça” me dominou assim que joguei por umas 2 horas. E todas as vezes que retomei a jogatina, este mesmo sentimento veio.

Contudo, tem uma solução para isso. Basta jogar em doses homeopáticas. Ou seja, se você sentir que a “piada está perdendo a graça”, basta fazer uma pausa do jogo e depois voltar. Claro que isso pode ser aplicado a praticamente todos os jogos que temos na vida mas vai por mim: Se você der um tempo naquela piada repetitiva e a ouvir depois de um tempo, você conseguirá achar graça nela de novo.

Concluindo o currículo (aquilo que você lê como considerações finais)

De uma forma geral, The Company Man é um jogo extremamente divertido e caricato, deixando as suas críticas ao mundo corporativo de forma bem velada. Mas ele pode irritar pelo excesso, mesmo o jogo contendo uma gameplay bem fluída e fácil. Eu aconselho a ir jogando aos poucos, mas se você tiver mais paciência do que eu, você consegue finalizar o jogo em uma jogatina direta de umas 4 a 6 horas.

Se você é um amante de jogos de plataforma, este jogo é uma sugestão muito boa para aquisição. Seus desafios não são complexos, mas são bem únicos e divertidos. E as lutas contra os chefes são um espetáculo à parte.

Por outro lado, achei o preço praticado no jogo, para consoles, está bem salgado. Não sei como funciona a política de preços nos consoles, mas a versão do jogo para Steam está com o preço mais convidativo.

The Company Man já está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S, PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC, via Steam.

Essa análise de The Company Man segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.