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Análise: Pathfinder: Wrath of the Righteous

Pathfinder: Wrath of the Righteous é um jogo que agradará a um público bem específico. Porém, se você é uma dessas pessoas, você vai adorar se aventurar por suas terras.

Pathfinder é gigantesco. E quando digo gigantesco, não é somente pelo mapa ou por sua duração. É porque ao fazer esta análise, vi que em Pathfinder: Wrath of the Righteous há bastante coisa para se fazer. É provável que você precise de muitas e muitas horas de jogo até que consiga completá-lo. 

Pathfinder: Wrath of the Righteous é um jogo que bebe bastante na fonte dos clássicos rpgs de mesa. Em um primeiro momento, por conta da visão isométrica, ele pode dar a impressão de ser algo na linha Diablo. Porém, ele se parece muito mais com Divinity: Original Sin II. Além é claro do seu predecessor, Pathfinder: Kingmaker.

A análise de Pathfinder: Wrath of the Righteous foi possível graças a um código cedido pela distribuidora. O jogo já está disponível para PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One e PC.

Só faltam os dados de 20

As diferenças entre jogos tipo dungeon crawlers e Pathfinder: Wrath of the Righteous ficam evidentes logo no início do jogo. Grande diálogos (incluindo textos interpretando a reação dos personagens) mostram que a pegada aqui é um RPG mais old school, que bebe bastante na fonte de RPGs de mesa como o icônico Dungeons & Dragons.

Por isso, é importante que você saiba que você precisará dedicar um tempo considerável escolhendo atributos, equipamentos, alinhamento dos personagens (bom, mau, neutro, caótico etc.) e tudo aquilo que faz justamente os rpgs de tabuleiro serem uma experiência única para quem curte.

Ações por turno ou em tempo real

Pathfinder: Wrath of the Righteous oferece aos jogadores viverem a experiência do jogo de duas formas distintas (que podem ser alternadas a qualquer momento, ao toque de um botão), que são: por turnos ou em tempo real.

Ao optar por jogar “por turnos”, você certamente vivenciará (na minha opinião) a experiência mais completa que o jogo pode lhe oferecer. Decidir cada ação de cada personagem que faz parte do seu grupo se assemelha bastante ao que vemos em jogos deste tipo. Já se você optar pelo jogo em tempo real, sua experiência se aproximará mais de jogos como Diablo etc. Porém, mesmo assim, você verá que Pathfinder: Wrath of the Righteous tem um ritmo diferente do que estamos acostumados com rpgs mais modernos.

A Cruzada contra o exército de demônios

Caçar demônios não é exatamente algo inédito em jogos de rpg. Mas quem liga? A graça não é justamente viver essa fantasia? Pathfinder: Wrath of the Righteous se passa no mesmo universo de Kingmaker, porém, o desafio agora é outro.

Um exército de demônios despertou e trouxe caos ao mundo do jogo. Tentando sobreviver e, ao mesmo tempo, entender tudo o que acontece ao seu redor, você se depara com um artefato divino que pode mudar o destino daquele universo. E é aqui que anjos e demônios, uma disputa muito explorada pelas obras mais recentes, entram em cena para trazer novos plots aos clássicos desafios de uma aventura medieval.

Seu personagem tem a nobre missão de comandar um grupo de aventureiros que irão salvar o mundo. Porém, você não é “apenas” um herói. Há forças maiores ao seu lado em Pathfinder: Wrath of the Righteous.

Suas escolhas moldam a história

Por mais que Pathfinder: Wrath of the Righteous tenha uma história e um enredo pré-estabelecido, as ações que você fará durante a sua aventura afetarão o desenrolar das coisas. Alguns personagens se afastam ou se aproximam dependendo do que você faça. Além disso, missões extras podem ter um desfecho diferente caso você opte, em algum momento, por tomar um caminho.

Até mesmo o alinhamento e as características do seu personagem, definidos no começo do jogo, influenciam o jogo em diversos momentos da aventura. Tanto por conta de habilidades específicas no campo de batalha, quanto na hora de convencer alguém usando seu carisma (caso você o tenha, óbvio). Neste ponto específico, vemos a influência de jogos como Pillars of Eternity, da série Baldur’s Gate.

Gestão de cruzadas e criação de acampamentos

Como falei, Pathfinder: Wrath of the Righteous é enorme por diversas razões. Além de desbravar os desafios que a aventura lhe traz no campo de batalha, você também precisará gerenciar cruzadas que acontecem em paralelo às que seu personagem vive. E isso pode frustrar alguns jogadores que buscam uma experiência mais recheada de ação.

É nesta hora que saem as cenas de ação e entra em cena um grande gerenciador de recursos. Sim, você precisará cuidar de suprimentos, logística, moral da equipe etc. Além disso, você duelará contra outras cruzadas e contra hordas de monstros e um grande tabuleiro.

No fim, não é algo que acabe com a experiência do jogo, mas sim, afeta um pouco o ritmo da campanha principal.

Ambientação e gráficos

Pathfinder: Wrath of the Righteous tem uma ótima ambientação. Tudo o que um bom rpg pode oferecer está aqui. Cidadelas coloridas e cheias de vida, cavernas infestadas por monstros, castelos dominados por cultistas que escondem algum segredo. Há muito para se explorar e aproveitar.

Em termos gráficos, Pathfinder: Wrath of the Righteous deixa um pouco a desejar na modelagem dos personagens. Visto de longe tudo até que fica harmônico, mas de perto os personagens poderiam ser melhor trabalhados. 

Obviamente é preciso dar um desconto pelo fato do jogo ser enorme e o foco não ser nos gráficos, mas sim na narrativa e no desenrolar da aventura em si. Porém, não espere nada grandioso em termos gráficos.

Áudio e trilha sonora

Se graficamente Pathfinder: Wrath of the Righteous não me impressionou muito, a narração e a trilha sonora entregam tudo o que se espera. Músicas no tom certo para cada etapa da jornada e interpretações de personagens que oferecem a experiência correta para a imersão que jogos desse estilo demandam.

Conclusão

Fecho esta análise dizendo que Pathfinder: Wrath of the Righteous é um jogo que agradará a um público muito específico. Tanto pelo seu estilo “rpg de mesa”, quanto pelo seu tamanho. Você pode perfeitamente jogar Pathfinder: Wrath of the Righteous por centenas de horas, como por meses. E isso não necessariamente é algo ruim. Mas é preciso deixar isso claro.

Justamente por ser bem específico, eu não recomendaria Pathfinder: Wrath of the Righteous para jogadores casuais de rpg e nem para quem busca uma diversão rápida ao final de um dia extenuante de trabalho e afazeres da vida.

Se Pathfinder: Wrath of the Righteous faz o seu estilo e você tem tempo e vontade de se dedicar a ele, então faça um ótimo proveito. Porque ele entrega uma ótima experiência para quem busca horas e horas de rpg em sua essência mais clássica.

Essa análise de Pathfinder: Wrath of the Righteous nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Pathfinder: Wrath of the Righteous é um RPG clássico

Visual, ambientação e gráficos - 7
Jogabilidade - 8
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 9

8.3

Ótimo

Pathfinder: Wrath of the Righteous é um jogo que agradará a um público muito específico. Tanto pelo seu estilo “rpg de mesa”, quanto pelo seu tamanho. Você pode perfeitamente jogar Pathfinder: Wrath of the Righteous por centenas de horas, como por meses. E isso não necessariamente é algo ruim. Mas é preciso deixar isso claro.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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