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Análise: Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion é muito mais do que um remaster

O verdadeiro herói de Final Fantasy VII finalmente retornou!

Final Fantasy VII é, sem dúvidas, um marco na indústria dos RPGs e também o mais lembrado da franquia Final Fantasy. Há 15 anos atrás tivemos o lançamento de seu prequel no saudoso PSP, sendo um dos principais games de sua biblioteca e aclamado até hoje a ponto de estarmos aqui 15 anos depois fazendo esta análise de seu relançamento intitulado de Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion.

Para quem jogou o original, será que há motivos além do saudosismo para pegar essa remasterização? Vamos descobrir agora.

Essa análise de Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion foi feita graças a um código cedido pela Square Enix. O jogo será lançado no dia 13 de Dezembro pra PS5, PS4, Xbox Series, Xbox One, Nintendo Switch e PC e não conta com legendas nem dublagem em PT-BR.

Uma história sobre sonhos, honras e três amigos

Em Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion temos como protagonista o icônico Zack Fair que é mencionado inúmeras vezes em Final Fantasy VII, porém, quem jogou sabe o motivo dele aparecer apenas em menções. Dito isso, esse jogo se passa anos antes da história do game principal, onde temos Zack quando ainda era um SOLDIER de segunda classe sendo treinado por Angeal que é um poderoso e honrado SOLDIER de primeira classe.

Tudo estava indo bem em seus treinamentos, porém, durante a guerra contra Wutai ocorreu o desertar de inúmeros SOLDIERs depois do desaparecimento repentino de um SOLDIER de primeira classe chamado de Genesis. A partir desse momento inúmeras coisas começam a acontecer na vida de Zack, exigindo que ele tome decisões difíceis e se mantenha leal ao seu sonho de se tornar um herói.

A narrativa que temos em Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion é esplêndida, pois consegue contextualizar diversas menções citadas em Final Fantasy VII e aprofundá-las, além de carregar consigo um arco próprio onde temos como principal antagonista o enigmático Genesis. Além disso, há diversos personagens carismáticos que ganham ainda mais destaque nesse jogo, se compararmos com suas participações em Final Fantasy VII como é o caso de Cissnei.

Falando em carisma, Zack é um personagem extremamente cativante que nos prende do começo ao fim. Seu carisma faz com que a gente simplesmente se envolva em todos os arcos dele e tenhamos as mesmas sensações que o rapaz passa em seus momentos mais difíceis ou cômicos. Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion carrega consigo uma das melhores narrativas com um dos melhores personagens já apresentado num J-RPG.

Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion

Aqui temos um jogo de PSP otimizado

Por se tratar da remasterização de um jogo de PSP, temos diversas limitações que estavam presentes em sua versão original. Como não poder andar em certos locais por conta de uma parede invisível ou cenários mais simplórios. Há também limitações gráficas, porém iremos falar disso mais a frente.

Reunion não busca ser um ambicioso jogo de Playstation 5, mas sim trazer uma nova roupagem aquilo que vimos no saudoso portátil de bolso da Sony. Dito isso, não tem como esperar um jogo de nova geração, uma vez que ele está sendo lançado em todas as plataformas atuais justamente para ser acessível ao grande público. E com isso em mente, o motivo deste lançamento massivo pode ser consequência do jogo ter estado perdido no “limbo” por vários anos, uma vez que ele não teve lançamento digital no PSP, sendo lançado apenas em mídia física. Consequentemente, os usuários de PSVita não conseguiram jogá-lo e a única forma de poder desfrutar de Crisis Core Final Fantasy VII era por meio de métodos ilegais (dos quais não apoiamos).

Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion

Você tem sorte? Vai precisar

Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion é um action RPG onde podemos caminhar pelo mapa, enquanto seguimos uma história consideravelmente linear e que dura em média de 15 horas. Apesar do curto tempo de seu enredo principal, o jogo conta com a inclusão de missões secundárias que são realmente variadas e vai render no mínimo 10 horas a mais de jogo, levando em conta a quantidade que em alguns momentos dá impressão de serem intermináveis.

Falando sobre a jogabilidade, temos apenas um botão de ataque, outro para esquiva, defesa e utilização de itens. Na versão lançada para o PSP, tínhamos que selecionar uma magia e depois dispará-la. Porém, aqui foi tudo facilitado, uma vez em que podemos pressionar o L1 (no PS5) e apertar um outro botão correspondente a matéria que desejamos utilizar, podendo ser uma magia de ataque, cura ou até mesmo um poderoso golpe físico. Essa mudança deixou o jogo mais dinâmico e permitindo que você combine melhor o seu golpe básico com a utilização de matérias.

Há uma mecânica bastante simbólica no jogo que é o Digital Mind Wave ou apenas DMW. É um sistema baseado nas lembranças de Zack que é interligado com pessoas que possuem alguma importância para ele como Aerith, Angeal, Cloud e etc. Essa mecânica do jogo funciona como se fosse uma roleta, ficando no canto superior da tela e de acordo com as combinações teremos efeitos distintos sendo ativados.

Essa roleta é composta por imagem de personagens e números, enquanto as imagens acionam golpes especiais e invocações, os números trazem efeitos passivos como MP sem custo, AP sem custo, invencibilidade e outros.

Esse sistema tem pontos altos e fracos, pois é legal poder se adaptar ao aos resultados que surgem como passar a utilizar habilidades que consomem MP ou AP de acordo com aquele que você não está tendo custo algum ou poder avançar com maior segurança, pois não vai receber dano físico. Porém, infelizmente o “level up” de Zack e das matérias que ele carrega consigo também estão atrelados a esse sistema, sendo necessário que você consiga 777 para passar ao próximo nível. Sim, o jogo não conta com experiência para subir de nível.

Em Reunion o DMW recebeu uma extensão, pois seis novas invocações foram adicionadas como o Chocobo e Moogle. Além dos efeitos serem ótimos para auxiliar o jogador, também traz mais chances de um resultado positivo na roleta, por ter aumentado a quantidade de possibilidades.

Sendo mais específico sobre as matérias, o jogo conta com um sistema de fusão de matérias que é igual ao do jogo original, contudo, está muito mais dinâmico. Aqui podemos escolher duas matérias e um item para realizar uma fusão e deste jeito a matéria resultante consegue algum efeito adicional, podendo ser um aumento de status ou outro tipo de bonificação. Se fundir matérias similares, você conseguirá uma evolução para ela e se fundir matérias distintas terá um resultado totalmente imprevisível. Há limitações, mas ainda assim é divertido e ajuda o jogador a fazer uma build mais poderosa para Zack.

Reunion se mantém bastante leal ao que vimos no PSP, apenas trazendo algumas melhorias em relação ao gameplay. Porém, foram adições, então os fatores que desagradaram os fãs daquela época estão mantidos até hoje.

Para concluir sobre o gameplay, essa versão do jogo também trouxe uma diferenciação ainda maior para quando Zack finalmente obtém a lendária Buster Sword. Agora essa espada traz consigo o ataque pesado e um efeito passivo. Quanto mais utilizá-la, maior será a afinidade de Zack com ele e resultará em mais dano dos seus ataques básicos.

Gráficos e trilha sonora

Os gráficos de Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion são polêmicos, pois carregam consigo três camadas distintas. Como de praxe em todos os jogos, temos as cutscenes que apresentam uma qualidade de imagem que está muito acima daquilo que estamos jogando e também há as cutscenes que utilizam a engine do jogo que traz gráficos equivalente ao que vemos no gameplay.

Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion não seria diferente, mas acontece que as cutscenes com melhor qualidade visual estão notavelmente velhas e expandidas de uma forma que não mantém a qualidade equivalente ao que vimos no PSP. Ao menos delas não podemos falar que se trata de uma remasterização das cenas, pois a qualidade foi perdida com a expansão da resolução.

As cutscenes utilizando o gráfico do gameplay estão um pouco melhores, mas ainda carregam serrilhados consideráveis, porém, podemos ver aqui um cuidado maior, pois a Square Enix se preocupou em atualizar com algum tipo de filtro as cenas, fazendo com que elas pareçam renovadas.

E, por fim, o gráfico do gameplay é o que realmente está bonito. Podemos ver uma notável atualização no motor gráfico e isso consequentemente melhorou as texturas, detalhes, efeitos de iluminação e sombreamento. Essa é a parte mais bonita dos gráficos que traz realmente a sensação de estar num console atual. Porém, isso nos traz o questionamento sobre por qual motivo a Square Enix não refez as cutscenes ditas acima com esse gráfico renovado? Talvez fosse a urgência em lançar o jogo ainda neste ano.

Apesar dos pesares citados, Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion está bonito, principalmente quando estamos em seu gameplay. O áudio também se destaca, pois ele recebeu uma remasterização completa, ampliando a qualidade e também trazendo consigo a opção de áudio japonês ou inglês.

Conclusão da análise de Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion

Antes de concluir essa análise devo dizer como foi prazeroso estar rejogando esse clássico, ainda mais com as atualizações que ele recebeu. Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion é um grande jogo e consegue manter viva uma obra de arte que havia sido lançada no PSP e agora está sendo passada para diversas plataformas.

Sua narrativa é, sem dúvidas, marcante e traz consigo um peso inestimável ao trazer a história de Zack. Sobre os gráficos, há suas ressalvas da mesma forma sobre o polêmico sistema DMW que faz o level up ser por pura sorte. Porém, esses detalhes não apagam o brilho que Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion representa.

Se você é fã de Final Fantasy VII, então saiba que reviver essa aventura com Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion é algo obrigatório.

Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion

Essa análise de Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion é a continuação de um legado já estabelecido há 15 anos atrás.

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 9
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 10
História - 10

9.4

Maravilhoso

Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion é o relançamento de um dos maiores jogos da franquia Final Fantasy. Aqui você poderá reviver momentos incríveis que viveu no saudoso PSP e também se impressionar com essa renovação, apesar de ter algumas ressalvas sobre seus gráficos.

User Rating: 5 ( 1 votes)

Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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