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Análise: Não perca seu tempo com Wanted Dead

Um tiro que saiu pela culatra

Nesta análise iremos falar de Wanted Dead, o jogo produzido pela Solei Studios e que promete ser uma carta de amor aos jogos AAA trazendo um gameplay explosivo e cheio de ação.

Mas será que eles miraram em um COD e acertaram em um GUNGRAVE GORE? Confira tudo sobre Wanted Dead aqui.

Essa análise de Wanted Dead foi feita graças a um código de Playstation 5 cedido pela Editora. Wanted Dead já está disponível para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X, Series S e PC e não conta com legendas nem dublagem em pt-br.

Mais um mundo Cyberpunk

O mundo de Wanted Dead inicialmente é interessante e até cativante. Ele inicia com uma apresentação como se fosse um documentário histórico mostrando as tensas relações internacionais em todo o mundo tendo a Rússia e Ásia como pivôs assim como o mundo evoluindo para utilizar robôs nas empresas causando tensão entre os trabalhadores.

E com essa essa história de fundo, temos a Tenente Hannah Stone que aparece presa e é abordada por um membro do governo negociando sua soltura. Após até utilizar uma boa frase de impacto “em quem devo atirar em nome da democracia” o jogo pula para uma cafeteria onde ela já está com seu grupo policial apreciando um belo lanche.

E em questão de história, ela irá abordar os estereótipos Cyberpunk, porém, tendo você nessa força policial Coreana onde, como esperado, irá descobrir uma grande conspiração.

Por mais que esse início seja sim interessante, ele para por aí. Quanto mais você observa os detalhes, mais você repara que tem algo de errado tanto com as animações que me remeteram a época do Playstation 2 como umas modelagens muito questionáveis.

E isso não falo apenas focando uma cutscene, mas quando estamos na ação temos uma estranheza do ambiente e visual como todo. Existe uma boa intenção na ambientação, mas falta uma sinergia entre ambiente e personagens. Parece que os personagens estão deslocados do cenário.

Toda a narrativa e animação simplesmente não é bem executada, incluindo takes questionáveis de câmeras.

Um gameplay que deixa muito a desejar

Embora a parte gráfica incomode, eu poderia deixar ela de lado se o gameplay fosse bom. No entanto trago más notícias a Wanted Dead.

Antes de mais nada é interessante dizer que Wanted Dead foi feito por diversas pessoas que trabalharam no Ninja Gaiden e Dead or Alive, ou seja, um hype foi inevitavelmente gerado. Aqui o gameplay promete entregar uma dinâmica trocação de tiros juntamente com ataques de espada. Ou seja, temos aqui uma ninja com armas!

Por mais que isso seja muito interessante, o gameplay é muito problemático. Primeiro, a cobertura do jogo acontece de forma automática, mas não é algo que sempre funciona. E algumas vezes você não sabe onde pode e não pode buscar cobertura.

Depois, a parte de tiro é fraca. Você tem sua arma principal que é efetiva, mas não é gostoso mirar e atirar. Já sua arma secundária é ainda pior. Por exemplo a SMG (sub metralhadora) simplesmente parece que não dá dano e as balas acabam muito rápido. Já a escopeta é eficiente a curta distância, mas sua mira é desengonçada.

Por fim temos o combate com espada que funciona. Bem, funciona na teoria. Você tem como dar diversas espadadas nos inimigos e compor esses ataques com sua pistola para formar combos. Assim como é possível executar inimigos que já tomaram muito dano.

Infelizmente a câmera não ajuda e a falta de um simples lock on é gritante. A mecânica que na teoria funcionaria acaba se tornando uma grande salada no meio da correria e câmera solta.

E isso tudo se agrava com as fases simples e com a IA dos inimigos que deixa muito a desejar. Muitas vezes me vi correndo e movendo a câmera loucamente tentando trazer algum sentido à fase.

Um áudio cansativo

Por fim, irei falar do áudio de Wanted Dead que não terei como elogiar nesta análise. Infelizmente ele também deixa a desejar. A dublagem dos personagens funciona durante as cenas de história. Mas no meio do combate os diálogos são muito pobres e repetitivos.

O simples fato de lançarem uma granada em você consegue te irritar em poucos minutos. Parece que foram gravadas algumas linhas de diálogo e palavras e elas são utilizadas sem limite. Simplesmente não agrada nem funciona.

E sim, a crítica se estende aos sons das armas que são bem genéricos. O áudio que deveria ajudar na imersão daquele momento, faz exatamente o contrário.

Conclusão

De forma geral ficou bem claro nesta análise que Wanted Dead não me agradou em absolutamente nada. Fico muito triste em dizer isso, pois o jogo tem algumas ideias interessantes, mas nada é bem executado.

Um exemplo disso é o sistema de árvore de habilidades onde em poucos minutos de jogo é possível já ter até 20% de uma árvore completa passando o sentimento de estar rushando o próprio jogo.

Outra mecânica que vale apenas uma menção é a possibilidade de customizar suas armas. É possível, por exemplo, melhorar a velcidade do tiro, quantidade de dano, aumento ou diminuição do recoil e mais. Mas como falei em minha critica do gameplay, parece que pouco ou nada muda na hora da ação.

Lamentavelmente eu não tenho como indicar Wanted Dead para nenhum tipo de jogador e sugiro que gaste seu dinheiro em outro jogo.

A análise de Wanted Dead segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Wanted Dead: Fuja dessa bomba

Visual, ambientação e gráficos - 5
Jogabilidade - 2
Diversão - 2
Áudio e trilha-sonora - 3

3

Ruim

Wanted Dead é um jogo que parte de boas premissas como um mundo Cyberpunk e você está em um grupo de elite policial onde a ação mistura partes de tiro com partes de combate corpo a corpo com espada. Infelizmente o jogo falha em tudo que tenta fazer e não tenho como indicá-lo para nenhum tipo de jogador.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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