A Riot Games vem lançando, sobre a bandeira “Riot Forge”, projetos independentes a fim de trazer ainda mais conteúdo do vasto mundo de Runeterra. Completando 14 anos em 2023, a franquia League of Legends tem se diversificado entre diversas mídias e alcançado um público cada vez maior. Neste cenário, projetos como a série Arcane apresentou personagens vivos e multidimensionais. Livros e quadrinhos foram lançados para revelar detalhes dos passados de Zed e Ashe. E jogos como Ruined King apresentam eventos bastante atuais no expansivo mundo de League of Legends.
Já com The Mageseeker, vemos mais de perto sobre o estado atual do reino de Demacia, região pouco colocada em análise pelos conteúdos de universo expandido que a Riot Games vem apresentando. Neste game, conhecemos mais da história de Sylas, sua relação com Lux e outros nobres da região, e ainda mais detalhes de como está a relação entre os magos e os cidadãos que não possuem poderes.
Essa análise de The Mageseeker: Uma História de League of Legends foi feita graças a um código de PS5 cedido pela desenvolvedora. The Mageseeker: Uma História de League of Legends será lançado em 18 de Abril para Playstation 4 e 5, Xbox One e Series, Nintendo Switch e PC (via Steam e Epic Games Store), totalmente localizado em Português do Brasil.
Sempre disseram que era um monstro
O jogo começa apresentando o passado de Sylas de Dregbourne, um mago preso pelo governo de Demacia cujo poder é roubar habilidades de seus oponentes. Injustamente encarcerado, Sylas cresceu na prisão e criou laços com Lux, uma garota da nobreza que possui poderes mágicos, mas esconde-os por conta das rígidas leis anti-mago do reino.
Por conta de um descuido, Lux se torna alvo dos poderes de Sylas, copiando suas habilidades e utilizando-a para fugir de sua cela. Com isso, o mesmo também liberta diversos outros magos do presídio. E assim, inicia-se uma rebelião por Demacia na qual os magos revoltam-se com o governo, instauram caos na cidade, e muitos conseguem escapar para uma floresta nas proximidades.
O jogo traz uma variedade de personagens de League of Legends, assim como introduz diversos NPCs complexos que acompanham Sylas em sua jornada de vingança. Por conta de todo o sofrimento causado pela realeza aos magos, o protagonista considera justa a retaliação de cada um de seus atos hipócritas. Desta maneira, a jornada agrega nuances da personalidade do personagem, assim como desenvolve ainda mais as relações e limites de cada um dos habitantes emblemáticos de Demacia.
Eu nasci um mago, mas Demacia me transformou num criminoso
Assim como no jogo original, o poder de Sylas é roubar habilidades de seus oponentes a fim de utilizá-las contra os mesmos. Enquanto em LOL o personagem tem a capacidade de apenas roubar Supremas, em The Mageseeker, Sylas consegue capturar poderes mais comuns de seus inimigos. O sistema de movimentação é bastante dinâmico, permitindo aos jogadores usarem um dash para desviar de ataques inimigos, e puxar-se aos mesmos utilizando suas correntes para realizar combos de ataque corpo-a-corpo.
O sistema de magias agrega seis elementos diferentes, cada um com um conjunto de cerca de 4 a 5 poderes diferentes. Para desbloquear novas habilidades, os jogadores devem capturá-las de inimigos que são enfrentados ao longo dos níveis. Cada elemento é forte e fraco contra sua contraparte, ou seja, o fogo dá mais dano em gelo, e o inverso também ocorre. Além das dezenas de habilidades comuns que podem ser desbloqueadas, o jogo conta com poderes Supremos que são liberados após avançar um pouco na história.
Ao carregar uma barra de energia, o modo de fúria fica disponível, permitindo aos jogadores causar mais dano com seus ataques corpo-a-corpo, e habilitando o uso das Supremas, ataques em grande escala que podem ser utilizados uma vez por ativação da fúria. O game conta com seis supremas, cada uma referenciando um personagem diferente de League of Legends.
A coroa é do povo
O que não falta é referências ao universo de League of Legends. Como um fã do jogo original e de seus personagens, me anima muito encontrar elementos de LOL e TFT em The Mageseeker. Tanto os ataques de todos os personagens sendo fielmente retratados para este tipo de jogabilidade, como Rapininhas podendo ser resgatadas nas fases, é divertidíssimo e engajante aventurar-se por uma perspectiva diferente de um mundo bastante conhecido. Fora isso, a jogabilidade e narrativa conseguem se sustentar por conta própria, não exigindo conhecimentos prévios para aproveitar o game.
Um ponto muito interessante é que, até o final da campanha, o jogo continua introduzindo novas habilidades, Supremas e elementos que tornam a experiência dinâmica. Dessa maneira, apesar de contar com pouca diversidade de cenários, é divertido avançar na história e evoluir Sylas com aprimoramentos de atributos e poderes. O jogo conta com sistemas de combo, de gerenciamento de equipe e de habilidades, tornando o fluxo de experimentação divertido e que instiga os jogadores a sair de sua zona de conforto.
Além disso, praticamente todo nível conta com uma batalha contra chefão, e os mesmos possuem padrões de ataque únicos e que colocarão a maestria dos jogadores à prova. Em minha experiência, tive que rejogar certas batalhas duas ou mais vezes antes de finalmente vencer o inimigo. Mas a cada nova tentativa, me sentia mais confiante com a jogabilidade e estratégia para contra-atacar os avanços do chefão e me senti recompensado em avançar na narrativa.
Os magos vão dominar a terra
A narrativa que gira em torno de Sylas e Lux chegou ao universo de League of Legends com a proposta de trazer dinamismo ao reino de Demacia. Em uma terra de pensamentos extremamente conservadores, este personagem agrega um elemento anárquico que busca libertar o povo, mas seguindo ideais nada saudáveis. Por conta disso, acredito ser um ótima ambientação a ser exportada para mídias mais interativas e fora do jogo original.
Sylas é um anti-herói carismático e com um passado obscuro. Durante esta análise, ficou claro que the Mageseeker traz estes elementos e expande em áreas desconhecidas de Demacia para apresentar personagens envolventes e vivos. A jogabilidade divertida e repleta de ação que recompensa os jogadores que se disporem a praticá-la, mas pode parecer punitiva em certas seções. Fiquei feliz em não ser uma experiência Souls-Like, mas mesmo assim conter um certo nível de dificuldade que faz querer jogar mais.
Os visuais e trilha sonora também são ótimos, com cutscenes contendo a dublagem original dos personagens, assim como vista no League of Legends. Isto agrega um elemento ainda mais animador para os fãs da franquia. Mas a qualidade de dublagem já conhecida da Riot Games com certeza envolverá jogadores novatos que estejam tendo seu primeiro contato com esse universo.
A análise de The Mageseeker: Uma História de League of Legends segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.
The Mageseeker: Uma História de League of Legends
Visual, ambientação e gráficos - 8.5
Jogabilidade - 9
Diversão - 8.5
Áudio e trilha-sonora - 9
Narrativa - 8
8.6
Ótimo
The Mageseeker: Uma História de League of Legends traz uma narrativa bastante envolvente em cerca de 9 horas de campanha principal, desafiando os jogadores a experimentarem diferentes habilidades e apresentando cenários e sonorização de alta qualidade no melhor estilo pixelado.
Um Comentário