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Análise: The Last Case of Benedict Fox é um metroidvania bem diferente

Muito a ser falado e elogiado

O gênero metroidvania não apenas está bem difundido em nosso mundo gamer como temos uma avalanche de jogos nesse estilo. Mas mesmo assim, muitas vezes vemos alguma inovação nesse gênero, como é o caso de The Last Case of Benedict Fox o qual trazemos sua análise.

Então confiram aqui se uma mistura inesperada de quebra cabeças avançados, mecânicas metroidvania e um ambiente lovecraftiano combina.

A análise de The Last Case of Benedict Fox foi feita no PC graças a uma key cedida pela produtora. O game já está disponível para Xbox Series, Xbox One e PC, incluindo Game Pass, e não conta com legendas em PT-BR.

Uma trama sinistra

Como o nome do jogo sugere, em The Last Case of Benedict Fox você será Benedict Fox e está trabalhando em um novo caso investigativo, porém, ele está longe de ser algo normal ou corriqueiro.

Aqui iniciamos com o protagonista invadindo e fugindo de uma misteriosa casa que serve a um grupo secreto que utilizam o poder de artes obscuras. Logo em seguida ele consegue achar o endereço da casa do seu pai, que nunca havia conhecido.

Ao chegar na residência, Benedict encontra seu pai, porém, ele está morto. A partir daí a história abraça seu tom de sobrenatural onde é mostrado que ele não está sozinho e possui a companhia de um demônio que dá algumas habilidades, incluindo poder entrar na mente de pessoas mortas.

Ao longo da aventura, você irá explorar a mente de seu pai em busca de segredos assim como de sua madastra que aparentemente cometeu suicídio.

A trama vai evoluindo à medida que vai explorando cada vez mais a mente deste casal e vai descobrindo diversas pistas assim como vai entendendo a relação dessa organização secreta, o envolvimento de seu pai com eles, memórias sobre diversos projetos escondidos e mais.

Tudo é bem interessante e é agradável descobrir os muitos segredos que estão envolvidos nessa trama noir tanto em revelações mais óbvias como em revelações que acontecem através de itens e anotações.

Ambientação de The Last Case of Benedict Fox é quae impecável – Análise

E embora a história assim como seus mistérios sejam sim um destaque nesta análise de The Last Case of Benedict Fox, os seus visuais também acertam em cheio. Aqui temos uma temática noir pegando a década de 20 como referência e claro, temos uma forte influência lovecraftiana.

A sua base para explorar é a casa de seu pai e madrasta que é composta por diversos ambientes como a entrada, cozinha, jardim, escritório e muito mais. Tudo é explorável e é estupidamente rico em detalhes e segredos.

Vale dizer que todo o jogo segue uma jogabilidade lateral 2D, mas com ricos ambientes em 3D com muitas camadas com fortes inspirações lovecraftianas trazendo uma tom mais escuro e sinistro para a aventura.

E isso é obviamente refletido nos mundos que acessamos através do subconsciente das pessoas onde temos todos os tipos de cenários possíveis como laboratórios, cavernas, partes repletas de escuridão, fábricas, jardins e muito mais.

Talvez minha única reclamação com relação a estes visuais fique com algumas partes onde esse excesso de informações na tela bloqueia a visualização de alguns inimigos causando alguns momentos de frustração.

E a música acompanha muito bem essa aventura investigativa e sinistra dando o tom certo. Algo legal é que a casa de seu pai possui um gramofone onde pode tocar músicas da época, à medida que encontra os discos espalhados pelos mundos, assim como tem um rádio que também toca músicas. É tudo muito bem feito e agradável.

Quebra cabeças que realmente quebram a cabeça

Como falei no início desta análise, em The Last Case of Benedict Fox você é um detetive que está investigando uma organização secreta. E para desvendar a história dela assim como os muitos mistérios de seu pai, você deverá resolver inúmeros puzzles muito bem pensados.

E eu fiquei positivamente surpreso e tenso com esses puzzles. Aqui eles realmente seguem a lógica investigativa onde a complexidade vai aumentando e observar os muitos detalhes. No início, por exemplo, você tem uma gaveta e uma porta para abrir onde tem uma combinação específica. Para achar os códigos basta avançar com o game até chegar em um ponto específico e liberar a memória com o código. Simples e direto.

Mas também temos o puzzle com as chaves onde cada uma tem um peso e existe uma ordem específica para usá-las que aí sim pode liberar o próximo lugar. Esse puzzle exige um pouco de observação, mas é simples ainda.

E a escala de dificuldade vai aumentando até ter uma espécie de codificador onde dará acesso a inúmeras novas áreas, portas, baús e mais. Inclusive nessa parte eu por diversas vezes me vi forçado a utilizar papel e caneta para calcular os valores e qual seria a figura que eu deveria ter.

É extremamente prazeroso solucionar esses puzzles e ir avançando no game enquanto é mentalmente desafiado.

Gameplay sem grandes inovações, mas com ótimos chefes

Agora, para fechar essa parte do gameplay, tenho que falar de seu combate. Muito foi dito sobre os puzzles, exploração história e mais, mas ainda temos que matar os inimigos e demônios que habitam essas terras.

O seu combate é relativamente simples. O protagonista conta com um ataque simples com sua faca, a possibilidade de dar um tiro “espiritual” sempre que tiver carregado, utilizar itens, dar uma espécie de esquiva e utilizar o poder do demônio que habita em você.

Enquanto tudo é bem simples, o mais interessante é a possibilidade de usar esses poderes onde poderá criar uma barreira para deixar seus inimigos tontos, poderá agarrá-los, será possível bater no chão e mais. Tanto esses poderes como seus itens poderão ser melhorados ao destruir inimigos e achar itens históricos que servirão para ativar as melhorias.

Porém, o verdadeiro destaque vai para os “chefes” do jogo. Eu usei as aspas, pois algumas vezes não teremos efetivamente um chefe propriamente dito, mas sim uma área de desafio que apresentará uma mecânica única. É realmente interessante e desafiador entender o padrão da luta para avançar.

No entanto, acho que faltou um carinho com o combate em si onde em alguns momentos eu senti a dificuldade desbalanceada e em outros momentos eu simplesmente passava pelos inimigos sem me importar com eles. 

The Last Case of Benedict Fox agrada demais – Análise

E chegando ao fim desta análise eu comecei sem saber ao certo o que esperar de The Last Case of Benedict Fox, pois além de ser um pouco confuso, eu não estava usando minhas “habilidades de detetive”.

Porém, ao observar tudo o que acontecia eu fui cada vez mais me apaixonando pelo game que apresentava um ritmo único com lindos gráficos e um gameplay que por mais simples que seja, ele tem seu charme. Se quer uma história interessante e desafiar suas habilidades assim como sua mente, aqui você tem o jogo certo para você.

A análise de The Last Case of Benedict Fox segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

The Last Case of Benedict Fox é um baita Metroidvania

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 8.5
Diversão - 10
Áudio e trilha-sonora - 9

9.1

Excelente

Fui me apaixonando pelo game que apresentava um ritmo único com lindos gráficos e um gameplay que por mais simples que seja, ele tem seu charme. Se quer uma história interessante e desafiar suas habilidades assim como sua mente, aqui você tem o jogo certo para você.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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