Análise: Final Fantasy IV é a mescla perfeita entre o II e o III

Seguindo a nossa série de reviews sobre os jogos que fazem parte da coleção Final Fantasy Pixel Remaster, agora chegou a vez da nossa análise de Final Fantasy IV que foi o primeiro jogo a trazer uma mecânica mais dinâmica ao clássico jogo de turnos. Além disso, ele apresenta ter aprendido com os erros e acertos dos seus antecessores, conseguindo mesclar diversas características do Final Fantasy II que ficaram de fora do jogo posterior, ao mesmo tempo em que respeita as inovações apresentadas no terceiro título. O Final Fantasy IV já foi relançado para Nintendo DS e PSP, porém, suas duas versões eram remakes seguindo moldes distintos. Agora com a pixel remaster, temos uma nova versão mais leal ao seu lançamento original. Continue lendo a descubra tudo sobre esse jogo.

Essa análise de Final Fantasy IV da coleção Final Fantasy Pixel Remaster foi feita graças a um código de Playstation 4 cedido pela Square Enix. O jogo se encontra com legendas em pt-br.

Um novo conto sobre os cristais

A história de Final Fantasy IV gira em torno de Cecil Harvey, um dark knight e capitão da frota aérea de Baron, um reino poderoso. Cecil é enviado em uma missão para recuperar os Cristais que estão espelhados pelo mundo, mas começa a questionar as ações de seu rei, que está usando os Cristais para seus próprios fins malignos. Quando ele expressa suas preocupações, é retirado de seu cargo e enviado para uma missão suicida. Porém, isso faz com que o protagonista descubra os verdadeiros planos do rei e inicie uma jornada de redenção.

Ao longo de sua jornada, Cecil se une a um elenco diversificado de personagens, incluindo Kain Highwind, seu melhor amigo e maior rival; a maga branca Rosa Farrell que é o amor de Cecil; Rydia, uma invocadora e maga negra. Além disso, há diversos outros personagens que estarão presentes na história, trazendo momentos épicos, despedidas tristes e aventuras emocionantes.

Final Fantasy IV utiliza novamente personagens com background e histórias próprias, diferente de seu antecessor que os Onions Knights não possuíam uma narrativa singular. Apesar disso, o jogo também acerta no modo que selecionou o cast de personagens, uma vez que cada um deles pertence a uma classe/job do jogo, como Cecil que originalmente é um dark knight e Kain que é dragon knight.

O primeiro passo para RPGs dinâmicos

Final Fantasy IV seria praticamente idêntico em termos de gameplay ao seu antecessor se não fosse por um aspecto extremamente importante que acabou fazendo total diferença e, consequentemente, continuou a ser utilizado pelos seus sucessores. Estou falando do ATB também conhecido como Active Time Battle. Para quem não conhece, é um sistema de RPG de turnos onde uma barra de “tempo” é carregada e após esse carregamento você poderá optar por uma das ações que seu personagem pode executar. Consequentemente há formas de aumentar ou diminuir a velocidade que ela carrega, fazendo com que isso seja uma forma mais palpável de você ter noção da velocidade dos seus personagens.

Esse sistema traz maior dinamismo ao jogo, fazendo com que você precise ser mais rápido para executar as ações, uma vez que os inimigos não ficaram esperando e vão executar ações toda vez que a barra deles forem preenchidas.

Apesar disso, Final Fantasy IV traz batalhas desafiadoras e emocionantes, apesar de errar um pouco no balanceamento de alguns mapas onde coloca inimigos extremamente fracos ou ameaças que são de extremo perigo.

Diferente dos outros, esse Final Fantasy demanda mais tempo para ser concluído, ultrapassando facilmente 15 horas de duração, enquanto os anteriores não alcançavam essa quantidade de gameplay. Ainda assim, ele consegue manter o ritmo e prende a atenção do jogador do começo ao fim, principalmente por conta da história de Cecil em sua jornada de redenção, ao mesmo tempo que enfrenta o impiedoso Golbez que é um vilão presente do começo ao fim.

Melhorias vindas com o Final Fantasy Pixel Remaster

Final Fantasy IV é um RPG incrivelmente atual, mesmo mantendo aquele charme retrô, principalmente graças a essa remasterização.

Agora tem uma opção de aumentar a velocidade do jogo, deixando tudo mais fluido e acelerado. Os gráficos foram totalmente refeitos e estão cheios de detalhes nos cenários, personagens, monstros e golpes. Além disso, dá pra ligar ou desligar as batalhas! Assim, você pode explorar tranquilamente até chegar numa cidade e recuperar sua energia, sem aquela preocupação de ter que lutar a cada passo.

E tem mais! Você pode escolher entre duas versões de áudio: a original, com músicas remasterizadas no estilo 8-bit, ou a versão sinfônica, com arranjos musicais que estamos acostumados dos jogos mais atuais.

Infelizmente o único ponto que essa remasterização deixa a desejar é apenas na vontade de ver uma versão de Final Fantasy IV: After Years produzida com esse mesmo cuidado, mas infelizmente a continuação direta do jogo não faz parte da coletânea e nem mesmo está nos planos de ser remasterizado desta forma.

Conclusão da análise de Final Fantasy IV

Chegando ao final desta análise de Final Fantasy IV, devo dizer que esse também é um jogo obrigatório para todos os fãs da franquia ou de RPG. Pois traz um desenvolvimento bem construído de seus personagens, ao mesmo tempo em que evoluiu o sistema de turnos para algo bem mais dinâmico, fazendo com que o jogador precise pensar rápido nas ações que tomará durante suas batalhas. Infelizmente o jogo nos deixa com vontade de ver um remaster do After Years feito da mesma forma que ele, porém, não há previsão para uma remasterização sobre a história do filho de Cecil. Final Fantasy IV é, sem dúvidas, um ótimo RPG e se destaca diante de seus antecessores.

A análise de Final Fantasy IV segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.