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Análise: Final Fantasy V do pixel remaster mostra como Bartz é o protagonista mais atrapalhado da franquia

Prontos para uma história sobre esse conto fantasioso?

Finalmente chegamos ao penúltimo título da coleção Pixel Remaster de Final Fantasy, onde desta vez faremos a análise de Final Fantasy V que traz Bartz como protagonista. Diferente dos jogos anteriores, aqui vemos que o jogo trouxe uma party mais fixa, repleta de alívio cômico e um mundo muito mais colorido. Em busca de trazer uma história com maior carisma, diferente de seu antecessor que a narrativa era bem mais séria, Final Fantasy V consegue se destacar uma narrativa mais prolongada onde o background de todos os personagens é nitidamente explorado. Quer saber mais sobre o jogo? Continue lendo.

Essa análise de Final Fantasy V foi feita graças a um código de Playstation 4 cedido pela distribuidora. Ele se encontra com legenda em pt-br.

Defenda os cristais

A história começa com um jovem chamado Bartz Klauser, que vive em um mundo onde os cristais são a fonte de energia e equilíbrio, fazendo com que os ventos soprem, a água continue limpa, o fogo seja capaz de aquecer e o solo tenha fertilidade. Certo dia, Bartz encontra uma jovem misteriosa chamada Lenna Charlotte Tycoon, que está em uma missão para proteger os cristais do reino de Tycoon, mas junto dela um homem mais velho chamado Galuf também aparece ao sair de um meteoro que tinha acabado de cair no solo. Sem memória, Galuf acredita que tem a missão de chegar ao templo do cristal do vento, pois tanto ele quanto Lenna notaram que o vento havia enfraquecido. Durante a jornada do trio, eles encontram o capitão pirata Faris que traz consigo um grande segredo sobre o passado.

Com a party fechada, o quarteto chega até o cristal que simplesmente havia sido destruído, mas os seus últimos pedaços escolheram Bartz, Lenna, Galuf e Faris como os novos guerreiros da luz que possuem a missão de proteger os cristais restantes e impedir os planos de um mau antigo que está prestes a despertar.

A história de Final Fantasy V traz mais diálogos que seus antecessores, também buscando apresentar um enredo mais carismático repleto de alívio cômico. Ainda mais se levarmos em conta como Bartz é atrapalhado, diferente de Cecil que era mais sério e cabisbaixo. Outra coisa que a história deste Final Fantasy se destaca dos outros quatro que vieram antes é o fato dele não trazer tantas mortes, fazendo com que aquelas que acontecem no decorrer dele tenham um impacto muito maior.

Apesar dos pontos positivos, às vezes a narrativa fica um pouco prolongada demais, o que tira boa parte da ansiedade em saber o que está por vir. Principalmente se levarmos em conta que todos os arcos tem o mesmo intuito de ir viajando pelo mundo em busca de quatro itens específicos para impedir o vilão.

Análise Final Fantasy V

A melhor versão do sistema de jobs

Estabelecido desde o primeiro Final Fantasy, o sistema de jobs permite que você mude a classe do seu personagem. Este mesmo sistema retornou no terceiro jogo, enquanto no quarto título eram jobs já estabelecidos, mas felizmente agora em Final Fantasy V ele está de volta igual ao que vimos no III. Dito isso, você pode escolher qual a classe de cada membro da party, podendo alternar livremente elas e, além disso, ainda selecionar uma habilidade já aprendida para te acompanhar mesmo após a troca. Como exemplo, é possível você usar black mage juntamente da magia de white mage ou ser um samurai que é capaz de lançar itens igual ao shinobi.

Desta vez a Square não mediu esforços para lançar inúmeros jobs fazendo como Berserker, Blue Mage, Mystic Knight e vários outros. Cada um tendo uma especialidade capaz de trazer benefícios para todo o time e realizar combinações poderosas.

Além da experiência já costumeira, em Final Fantasy V também é possível conseguir pontos para elevar o nível da sua classe. Fazendo com que você tenha dois tipos distintos de “level up”. Algo muito bem colocado é o fato de que basta subir um dos personagens ao nível máximo que todos os outros também terão a habilidade do job já no limite, não sendo necessário começar do zero.

Apesar de eu ter elogiado essa experiência distinta, também tenho uma crítica para fazer, pois há inúmeras batalhas que simplesmente não proporcionam experiência alguma. Ou seja, você enfrenta inimigos difíceis e ganha absolutamente nada em troca, fazendo com que o esforço demasiado tenha sido em vão.

Combate desafiador e estratégico

Aqui temos um clássico RPG de turnos que utiliza do sistema ATB já implementado no Final Fantasy IV, onde cada personagem possui uma barra que precisa ser preenchida para que assim você possa realizar uma ação com eles. Graças a liberdade de escolher qual job a party terá, o sistema de ATB ficou otimizado em comparação ao jogo anterior, pois aqui vemos uma real diferença da velocidade das classes e também possuímos ao nosso dispor o Time Mage que faz utilização de magias que podem influenciar positivamente no nosso ou negativamente na barra do inimigo.

Por conta de termos maior liberdade estratégica graças ao sistema de jobs do qual tanto comentei, o jogo acaba trazendo batalhas mais difíceis e às vezes até mesmo injustas, como os piromaníacos que fazem 9999 de dano físico. Porém, apesar desses momentos que há balanceamento algum, o jogo consegue se destacar na batalha contra chefes que são realmente desafiadores e fazem com que o jogador precise repensar na estratégia e mude os jobs que está utilizando.

Análise Final Fantasy V

Melhorias vindas com o Final Fantasy Pixel Remaster

Final Fantasy V graças a coleção Final Fantasy Pixel Remaster traz opção de aumentar a velocidade do jogo, deixando tudo mais fluido e acelerado. Os gráficos foram totalmente refeitos e estão cheios de detalhes nos cenários, personagens, monstros e golpes. Além disso, dá pra ligar ou desligar as batalhas! Assim, você pode explorar tranquilamente até chegar numa cidade e recuperar sua energia, sem aquela preocupação de ter que lutar a cada passo.

Além disso, você pode escolher entre duas versões de áudio: a original, com músicas remasterizadas no estilo 8-bit, ou a versão sinfônica, com arranjos musicais que estamos acostumados dos jogos mais atuais.

Conclusão da análise de Final Fantasy V

Agora que chegamos ao fim desta análise de Final Fantasy V da coleção pixel remaster, tenho que dizer que apesar da Square Enix ter tido boas ideias na produção original deste jogo como a expansão narrativa juntamente do retorno do sistema de jobs, eles acabaram pecando em alguns aspectos como as inúmeras batalhas que não trazem experiência, o desbalanceamento de alguns inimigos e, claro, às vezes a história se prolonga em momentos desnecessários. Apesar de apontar esses três pontos fracos, devo admitir que foi uma jornada divertida e consegui criar maior apego por Bartz e seus amigos do que aos personagens dos anteriores. Final Fantasy V é necessário ser jogado e conhecido, pois Bartz é um personagem com carisma sem igual.

Análise Final Fantasy V

Essa análise de Final Fantasy V Pixel Remaster segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Final Fantasy V - Final Fantasy Pixel Remaster

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 7.5
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 9
Narrativa - 8

8.3

Ótimo

Final Fantasy V é um jogo com sistema de jobs mais complexo da coletânea e, consequentemente, traz ao jogador inúmeras possibilidades de combinação. Apesar disso, ele não tem balanceamento em algumas batalhas, mas mesmo assim vale a pena ser jogado.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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