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Análise: Atlas Fallen perde boas ideias com execuções que deixam a desejar

Descubra tudo sobre o novo título da Deck13 interactive

Nossa análise é sobre o novo lançamento da Focus Home Entertainment, Atlas Fallen, que busca trazer um RPG de mundo aberto repleto de exploração tridimensional, sidequests e uma gama de customização para a build do seu personagem. Produzido pela Deck13 Interactive que é o mesmo estúdio de Lords of the Fallen e The Surge, o jogo deixa os moldes soulslike para colocar o jogador numa aventura menos punitiva e com uma jogabilidade mais dinâmica. Quer saber como ficou Atlas Fallen? Continue lendo o nosso review.

Essa análise de Atlas Fallen foi feita graças a um código de PS5 cedido pela Focus Home Entertainment. O jogo se encontra com legenda em pt-br.

Uma manopla mágica é tudo que precisamos para mudar de vida

Começamos o jogo num ambiente caótico e aparentemente espiritual, sendo uma forma de vida que possui formato humanoide. Caótico não é apenas uma forma de definir o ambiente em volta, pois há criaturas atacando esse ser desconhecido que, consequentemente, busca uma rota de fuga. Infelizmente seus planos não dão certo, fazendo com que ele acabe sendo abatido. Nesse mesmo instante, o verdadeiro protagonista desperta. Nós damos uma aparência para essa pessoa sem nome que está sendo escravizada por guardas do deus do Sol.

Neste mundo, a raça original dele acabou sendo oprimida por este deus juntamente de seus seguidores, restando apenas a escravidão como uma forma de sobrevivência. Porém, após alguns eventos, o protagonista é colocado para procurar por um ladrão fora da zona segura e correndo risco de ser atacado por criaturas monstruosas e extremamente perigosas. Para a infelicidade dele, o pior ocorreu e foi alvejado por monstros, porém, acabou encontrando uma manopla diferente de tudo que já tinha visto e, ao traja-la, pode derrotar as criaturas.

A manopla não é apenas uma arma, pois a entidade do começo da história habita dentro dela e, consequentemente, essa arma está revista de inúmeros poderes especiais que podem ser ampliados por meio de forjas. Agora aquele escravo sem nome tem a chance de mudar sua vida e também libertar todos da escravidão.

A história apesar de ter um contexto interessante acaba se mostrando extremamente superficial em diversos diálogos ou pela forma que os acontecimentos ocorrem. O gameplay que normalmente seria uma forma de reforçar a narrativa não consegue cumprir o seu papel, fazendo com que o jogador simplesmente não sinta a urgência ou perigo que o jogo tenta apresentar. Como fuga para sobreviver do qual não mostra nenhuma ameaça iminente.

Um RPG de ação com combate pesado

Atlas Fallen é um RPG de ação onde seu combate é mais dinâmico que um soulslike, apesar do dano que os inimigos proporcionam ser tão punitivo quanto do The Surge, por exemplo. Sua arma é a manopla que é capaz de tomar várias outras formas como um enorme martelo, chicote e até mesmo punhos acompanhados de garras. Cada variação tem seus golpes e alcance próprio, além de permitir que você equipe dois modos por vez, fazendo assim que uma das formas seja a sua arma primária e a outra a secundária.

Se estiver jogando no PS5, utilizará o quadrado para golpear com a arma principal, enquanto a secundária fará uso do triângulo, já o X é utilizado para saltar. R1 serve de esquiva, R2 dá um ataque com a arma principal fazendo com que você suba ao ar, L2 é utilizado em combinação com outro botão para curar ou usar alguma habilidade especial e, por fim, L1 é para se defender, possibilitando a execução do famigerado parry.

Apesar do combate parecer promissor, o jogo acaba falhando em diversos aspectos. Inicialmente ao colocar o jogador em combate contra inúmeros inimigos ao mesmo tempo em que o seu target e câmera não conseguem ajudar a lidar contra eles. Sem mencionar que o bloqueio/parry não funcionam bem, uma vez que existe um delay para executá-los e, caso erre, não conseguirá repetir o uso deles a tempo por causa de um segundo atraso.

Para o jogador fazer bom uso da mecânica de bloqueio terá que levar em consideração o timing inimigo juntamente do tempo de delay existente na sua própria defesa, o que acaba dificultando contra vários inimigos ao mesmo tempo e outros que são mais rápidos.

Enquanto isso, as batalhas contra os chefes passam uma sensação mista de desafio e dor de cabeça, uma vez que eles possuem várias barras de vida que vão de acordo com as partes de seu corpo, fazendo com que você precise usar golpes que atinjam mais partes de uma vez só ou focar na distribuição singular delas. Causar dano não é um problema, mas algumas movimentações deles são extremamente surreais, como laser da cauda que te persegue independente de onde você esteja, recuperação instantânea depois de um ataque poderoso e invocar inimigos menores quando sofre dano considerável.

Um vasto mundo para explorar

Atlas Fallen consegue se destacar em seu vasto mundo aberto que acaba sendo a melhor coisa do jogo, pois há inúmeras áreas para explorar, relevos interessantes que permite que você acesse áreas secretas e também uma exploração que não é apenas em áreas retas, uma vez que você precisará saltar e realizar acrobacias no ar com o teu dash para alcançar zonas mais difíceis. Apesar do primeiro mapa do game se tratar de um enorme deserto, veremos construções abandonadas, montanhas e desfiladeiros que darão um charme ao jogo.

Além disso, o jogo também conta com uma mecânica de deslizar pelo cenário, fazendo com que você consiga se locomover em grande velocidade. Isso é, sem dúvidas, a parte mais divertida do jogo, mas que infelizmente não funciona tão bem. Apesar de você conseguir ativar apenas pressionando o L3, o jogo acaba desativando automaticamente toda vez que você passa por uma solo mais rígido como madeira. Seria compreensível ao entrar em determinadas zonas que são majoritariamente feitas de um solo que impedem essa mecânica, porém, não existe limite limite mínimo fazendo com que você pare de deslizar e comece a caminhar assim que passar por qualquer coisa do cenário que o jogo considere como um obstáculo.

Os jogadores poderão desfrutar de uma experiência cooperativa com um amigo, permitindo que juntos explorem o mundo sem nenhum tipo de limitação ou pausa por conta da história.

Análise Atlas Fallen

Gráficos e áudio

Quando comecei a jogar Atlas Fallen, e estava passando pela introdução do jogo, acabei ficando negativamente impressionado pelos seus gráficos, uma vez que logo na tela de criação de personagem o jogo já sofre para renderizar as características de customização. No inicio somos colocados num cenário visualmente feio, com momentos que fica notável a queda da resolução. Porém, após sermos entregues ao mundo aberto, o jogo toma um novo rumo surpreendente em seu visual, onde os gráficos estão notavelmente mais bonitos apesar do modelo dos personagem continuar algo bastante simplório.

O áudio infelizmente não segue o mesmo caminho, fazendo com que a sua qualidade não melhore no decorrer do jogo. Os personagens já não possuem carisma e a sua dublagem acaba reforçando esse aspecto negativo, uma vez que os dubladores não conseguem passar emoções. Além disso, a trilha sonora busca trazer arranjos épicos, mas acaba ficando em último plano na maioria dos momentos.

Análise Atlas Fallen

Conclusão da análise de Atlas Fallen

Levando em consideração que a Deck13 Interactive é uma produtora consagrada no mercado e trouxe títulos como Lords of the Fallen e The Surge, acaba sendo inevitável criar expectativa pelo Atlas Fallen. Porém, infelizmente, durante a análise foi possível notar que essa expectativa sobre Atlas Fallen não conseguiu ser alcançada. O jogo acaba se perdendo em suas próprias mecânicas, tendo um combate que apesar de promissor se mostra frustrante pelas próprias limitações juntamente de gráficos e áudio que deixam a desejar.

Junto a isso, também temos uma narrativa morna com decisões de roteiro que não fazem sentido, ao mesmo tempo em que seus personagens não conseguem trazer carisma. É um jogo que vale a pena ser testado em alguma promoção ou catalogo de assinatura digital.

Análise Atlas Fallen

Essa análise de Atlas Fallen segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Análise - Atlas Fallen

Visual, ambientação e gráficos - 5
Jogabilidade - 4
Diversão - 3
Áudio e trilha-sonora - 4
Narrativa - 5

4.2

Muito fraco

Atlas Fallen é um jogo rodeado de boas ideias, mas acaba pecando em todas as execuções que vão do gameplay até mesmo para decisões narrativas. O jogo deixou a desejar, principalmente se compararmos com os outros trabalhos feitos pelo estúdio responsável.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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