NOTICIASANÁLISESNINTENDOPCPLAYSTATIONPS4PS5REVIEWSSWITCHXBOXXBOX ONEXBOX Series X|S

Análise: Jujutsu Kaisen: Cursed Clash

As vezes a maldição vai além daquelas que enfrentamos no game

Jujutsu Kaisen é um dos animes mais famosos da atualidade e que recentemente teve a sua segunda temporada transmitida pelo Crunchyroll. Com o mangá na reta final, a franquia está repleta de conteúdo e personagens marcantes que protagonizam lutas extremamente insanas. Era óbvio que os fãs ficaram empolgados quando o primeiro jogo da série, Jujutsu Kaisen: Cursed Clash, foi anunciado.

Finalmente o seu lançamento chegou para os consoles de nova e antiga geração, permitindo que um número maior de fãs possam entrar na pele de Yuji Itadori (em que ele precise comer os seus dedos), mas será que o jogo vai conseguir atingir essa expectativa? Continue lendo a nossa análise.

Essa análise de Jujutsu Kaisen: Cursed Clash foi feita graças a um código de Playstation 5 cedido pela Bandai Namco. O jogo possui legendas em pt-br.

Reviva momentos marcantes da primeira temporada

Jujutsu Kaisen: Cursed Clash possui um modo história que reconta os acontecimentos da primeira temporada do anime, onde temos a história de Yuji Itadori que é receptáculo do rei das maldições conhecido como Sukuna e, por causa disso, teve que entrar na escola de feiticeiros Jujutsu, pois possui um grande potencial para eliminar maldições que são a principal causa de mortes inexplicáveis no Japão.

Ao invés da história começar literalmente do começo, somos entregues a uma cutscene que mostra Itadori confrontando uma maldição que aparece num dos primeiros arcos do anime, no momento em que o protagonista está disposto a se sacrificar para que seus amigos possam fugir do local. Em seus últimos “momentos” ele relembra do começo da história e, a partir deste ponto, não temos mais nenhuma cutscene até o final do jogo.

Com imagens estáticas passando ao mesmo tempo em que os personagens vão falando, a história dos primeiros episódios se desenrola, sendo interrompida pelo gameplay em momentos específicos.

O ato de iniciar o jogo de um ponto do futuro para então começar a contar a história em forma de flashback acaba sendo perdido, pois quando chegam no momento específico do “sacrifício” de Itadori, não há uma continuidade vinda da primeira cena do jogo.

Outra questão negativa é simplesmente não abordar a segunda temporada, uma vez que o jogo vai até o filme Jujutsu Kaisen: 0.

Sistema de combate intuitivo de Jujutsu Kaisen: Cursed Clash

O combate de Jujutsu Kaisen: Cursed Clash foi comparado inicialmente com o que vemos em Naruto Storm, porém, infelizmente está longe de ser isso. Tentaram ter uma base naquele modelo, mas seguindo algo próprio que não acabou sendo uma das melhores escolhas.

Aqui temos como botão de ataque o quadrado, círculo e triângulo, enquanto R1 e R2 são responsáveis por soltarem feitiços. Há também uma forma de utilizar o seu golpe especial que é ao pressionar R2 e L2.

Apesar de ser comandos simples, há algumas nuances como apertar quadrado e movimentar o direcional para trás ao mesmo tempo fará com que o personagem solte uma variação do ataque básico. Enquanto isso, o triângulo é um golpe que “persegue” o oponente, como uma forma de se aproximar.

Para impedir que você utilize apelativamente os feitiços, há uma faixa de barras que vai enchendo no decorrer da troca de golpes. Todo personagem tem um feitiço que gasta uma barra da sua energia e outro feitiço que gastará duas, enquanto o golpe especial utilizará ela por completo.

Os personagens que lutam mais no corpo-a-corpo possuem uma base bem similar de golpes, enquanto aqueles que são de médio e longo alcance acabam se destacando mais por trazer um gameplay variado como é o caso de Nobara e Megumi.

Além disso, também contamos com uma movimentação que em teoria deveria se mostrar ágil, pois os personagens conseguem correr, soltar um dash em direção do inimigo com L1. E, até mesmo, saltar sobre plataformas ou áreas elevadas do mapa. Infelizmente essa movimentação não é das melhores, pois muitas vezes os saltos ou dash não serão suficiente para subir em andares mais elevados do cenário, fazendo com que você fique preso numa área que te deixa desprotegido do oponente.

Algo que acabou incomodando muito foi a forma que a tela é poluída de informações no modo história, pois temos o cronômetro, informações do nosso personagem, mapa, lista de comandos e também de “missões”.

Análise Jujutsu Kaisen

Combate em duplas

Jujutsu Kaisen: Cursed Clash conta com batalhas individuais e também em duplas, trazendo uma diversidade dentro do próprio gameplay. Quando está em dupla, golpes em conjunto onde um inicia o ataque com “para trás” + quadrado, enquanto o outro completa. E também tem certos personagens que funcionam melhor quando temos algum parceiro, como é o caso de Inumaki que consegue paralisar os inimigos com o uso da sua fala amaldiçoada, enquanto o aliado aproveita a chance para atacar sem dó.

Se há algum problema nisso é justamente dentro do modo história onde algumas vezes temos que enfrentar dois inimigos ao mesmo tempo, onde um fica paralisando e o outro atacando. Atrapalhando por completo qualquer chance de ofensiva que possamos aplicar.

O jogo conta sim com modos de se proteger como bloqueio e esquiva, mas o timing deles não está otimizado fazendo com que você simplesmente tome o golpe mesmo acionando o comando. Isso também acontece com algumas ofensivas como a utilização dos feitiços e do especial, onde os personagens não utilizam de imediato e, por consequência, entregam uma oportunidade de ouro para serem atacados.

Análise Jujutsu Kaisen

Opções do online

Indo para o modo online, o jogo conta com o cooperativo em que permite você e um amigo desafiarem maldições e chefes poderosos como o Mahito. Entretanto, se você gosta de competição pode participar de partidas rankeadas. Infelizmente durante essa análise de Jujutsu Kaisen: Cursed Clash não consegui encontrar oponentes para experimentar de uma forma mais apropriada o balanceamento dos personagens e conexão.

Algo que certamente prejudica um pouco da experiência é o cast extremamente limitado de personagens, pois além do fato de contar apenas com aqueles que vimos na primeira temporada, também houve muitos cortes no elenco.

Um exemplo disso está ligado aos alunos de Kyoto onde temos apenas o Todou para representá-los. Também tem o caso dos irmãos do Choso que ninguém se lembra o nome, pois ao invés de ficarem como personagens individuais entraram como um único personagem. E, claro, fizeram o pecado de não colocar o Choso entre os personagens jogáveis.

Gráficos e trilha sonora

Estamos em outro ponto delicado que envolve os gráficos do jogo. Eles são bem simplórios e pecam pela falta de fluidez, além de trazer pouca quantidade de detalhes. Não são ruins, mas para um anime com animação tão bela chega a ser um pecado o jogo nos entregar um visual mediano.

Jujutsu Kaisen se destaca por suas aberturas, encerramentos e também a própria trilha sonora épica que casa perfeitamente com as cenas de combate. Contudo, o jogo não consegue acompanhar esse padrão de qualidade e traz uma trilha sonora simplesmente genérica que não combina com a franquia.

Conclusão da análise de Jujutsu Kaisen: Cursed Clash

Com muito pesar concluo essa análise de Jujutsu Kaisen: Cursed Clash informando que só vale a pena ser testado caso haja alguma promoção muito boa, pois o jogo não consegue honrar o seu anime e tampouco o seu mangá. No máximo ele tem o mesmo nível de qualidade do Com muito pesar concluo essa análise de Jujutsu Kaisen: Cursed Clash informando que só vale a pena ser testado caso haja alguma promoção muito boa, pois o jogo não consegue honrar o seu anime e tampouco o seu mangá. No máximo ele tem o mesmo nível de qualidade do Gege Akutami, e isso não é um elogio.

O jogo não tem gameplay refinado, seu sistema de batalha está desequilibrado pelas combinações extremamente apelativas e tanto os gráficos quanto a trilha sonora conseguem se destacar como genéricos ao máximo. O que é uma pena se levarmos em conta que o jogo foi feito pela desenvolvedora Byking que é a mesma responsável pelo My Hero One’s Justice que consegue cumprir com a sua missão de ser um jogo divertido de My Hero Academia.

Esse definitivamente não é o jogo de Jujutsu Kaisen que os fãs estavam esperando.

Essa análise de Jujutsu Kaisen: Cursed Clash segue nossas diretrizes internas. Clique aqui e confira nosso processo de avaliação.

Análise: Jujutsu Kaisen: Cursed Clash

Visual, ambientação e gráficos - 5
Jogabilidade - 5
Diversão - 3
Áudio e trilha-sonora - 2
Narrativa - 5

4

Muito fraco

Jujutsu Kaisen: Cursed Clash é um jogo extremamente genérico que não consegue realmente trazer a essência de seu anime. Ele decepciona em gráficos, trilha sonora e também jogabilidade.

User Rating: Be the first one !

Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo