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Análise: Dragon Quest Builders (PC)

Um port competente de um jogo excelente

Dragon Quest Builders foi originalmente lançado em 2016 e foi disruptivo na época. Ele pegou a fórmula de Minecraft e adicionou diversos elementos de RPG da franquia Dragon Quest, incluindo gráficos mais agradáveis. Agora em 2024, Dragon Quest Builders chega para PC (via Steam) e você verá nesta análise se esse port vale a pena.

É importante ressaltar que já analisei o jogo em seu lançamento. Portanto, não irei focar tanto em sua história e mecânicas, mas sim em seu desempenho no PC e também no tão falado Steam Deck.

Por fim, adianto que o jogo está completamente legendado em PT-BR. Isso é uma grande vitória para nós, pois quando foi lançado ele não tinha nossa língua.

O lendário herói despertou

Dragon Quest Builders se apresenta como um título que mistura elementos de construção, similares aos de Minecraft, com a estrutura narrativa e progressiva de um RPG. A premissa inicial segue a linha clássica de Dragon Quest, onde o mundo foi devastado por um Demonlord que roubou a capacidade criativa das pessoas.

O jogador assume o papel de um herói adormecido, despertado pela deusa do mundo com a missão de reconstruir o que foi perdido. No entanto, o jogo rapidamente adota um tom humorístico, com o personagem principal ignorando as instruções da deusa e adormecendo durante as explicações.

É importante ressaltar esse aspecto humorístico, pois ele não é direcionado para um público mais infantil. A nova legenda em PT-BR faz um ótimo trabalho em entregar as piadas de forma correta. Contudo é vital pontuar novamente, que muitas das piadas foram feitas apenas para adultos.

Construa sem parar

Cada fase do jogo é centrada em reconstruir uma nova cidade ou povoado, com os habitantes inicialmente desconfiados do herói. As missões variam amplamente, desde pedidos religiosos a construir saunas coletivas, prometendo momentos de humor e diversão. A jogabilidade combina exploração e coleta de materiais, permitindo ao jogador criar e personalizar estruturas.

Diferente de Minecraft, Dragon Quest Builders incorpora uma história linear e missões que direcionam a progressão do jogador, além de introduzir portais para novos mundos com itens inéditos.

O sistema de level up do jogo não depende de eliminar monstros, mas sim de completar missões e construir itens, como armaduras e armas, que melhoram as habilidades do personagem. Esse loop de gameplay é simplesmente viciante e enriquece a experiência como um todo.

E apesar do aspecto de construção ser um dos pontos altos, com recompensas gratificantes e um design encantador assinado por Akira Toriyama, o combate é notavelmente mais simples, focando em ataques básicos e alguns itens especiais. As lutas contra bosses, no entanto, exigem mais estratégia e preparação, destacando-se neste aspecto.

A câmera do jogo apresenta dificuldades, especialmente em ambientes fechados, mas recursos como um baú para acesso universal aos itens coletados e um ataque giratório que destrói múltiplos blocos de uma vez ajudam a otimizar a experiência de construção.

Dragon Quest Builders funciona no PC como esperado

Agora chegando a parte mais importante desta análise, posso afirmar com tranquilidade que Dragon Quest Builders funciona muito bem no PC. Eu não tive nenhuma dificuldade em atingir mais de 150 frames em minha RTX 3070 jogando em 2K e colocando tudo no máximo.

Como era esperado, estamos falando de um jogo leve e ele funcionará nos PC’s até mais fracos. Contudo, existe uma pequena crítica que posso fazer ao game.

Ao abrir o menu do jogo eu vi que as texturas dos itens e construções estavam borradas. É como se o jogo inteiro estivesse rodando a 2K, mas as imagens possuíam uma resolução menor. Isso está longe de ser um problema sério. No entanto, é importante ressaltar ele.

Um jogo perfeito para o Steam Deck

Em seguida, testei o jogo em meu Steam Deck, onde eu tinha a maior curiosidade. E aqui eu tive uma surpresa positiva.

Logo ao iniciar o jogo, vi que ele estava rodando liso e sem problemas. Em seguida, fui abusado e coloquei tudo no máximo e fui brindado com 60 frames sem nenhum tipo de queda.

Como esperado, Dragon Quest Builders é um jogo perfeito para o Steam Deck. Poder jogar ele com extrema fluidez é simplesmente fantástico.

Contudo, deixo aqui um alerta. Ao colocar o Steam Deck em modo soneca enquanto jogava o jogo, por muitas vezes ao voltar a jogar ele voltava sem som. Isso não aconteceu todas as vezes, mas aconteceu por muitas vezes. A solução era reiniciar o game.

E falando sobre a duração da bateria, ao ativar tudo e deixar aos 60 frames, eu consegui cerca de duas horas e meia de vida útil. Mas ao forçar o game para 40 frames, ganhei mais uma hora extra de bateria. Portanto, caso brinque com as configurações, conseguirá jogar Dragon Quest Builders por cerca de 4 horas sem grandes problemas.

Conclusão

É bem curioso fazer uma análise da decisão da Square de trazer Dragon Quest Builders para o PC nos dias de hoje. Digo isso, pois Dragon Quest Builders 2 está disponível no PC faz alguns anos e ele traz melhorias notáveis.

Contudo, posso afirmar que o primeiro jogo se sustenta ainda muito bem e ainda é hipnotizante. Mesmo já tendo jogado ele no passado e possuindo o segundo jogo, que conta com inúmeras melhorias, Dragon Quest Builders conseguiu prender minha atenção por horas a fio.

Portanto, se nunca jogou ele e tem curiosidade, ou então se tem saudade do jogo, sua versão de PC é muito bem vinda.

Essa análise de Dragon Quest Builders para PC segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

Um sólido e divertido port

Visual, ambientação e gráficos - 8
Jogabilidade - 8
Diversão - 9.5
Áudio e trilha-sonora - 7.5

8.3

Ótimo

Posso afirmar que o primeiro jogo se sustenta ainda muito bem e ainda é hipnotizante. Mesmo já tendo jogado ele no passado e possuindo o segundo jogo, que conta com inúmeras melhorias, Dragon Quest Builders conseguiu prender minha atenção por horas a fio.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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