Review: Dead Island 2 – DLC “SoLA”

Um ano após o lançamento de Dead Island 2, que nos trouxe uma sátira sangrenta e cheia de zumbis de Los Angeles, os desenvolvedores da Dambuster Studios resolveram levar a carnificina para um novo cenário com a DLC “SoLA”. Desta vez, o caos zumbi se espalha por um enorme festival de música claramente inspirado no Coachella, transformando o que deveria ser um fim de semana repleto de música, diversão e excessos em um verdadeiro inferno.

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A Ambientação: Um Coachella Zumbi

A grande estrela de SoLA é, sem dúvida, a ambientação do festival em si. Os desenvolvedores recriaram meticulosamente todos os elementos que compõem um grande festival desse tipo, desde os enormes palcos iluminados com efeitos pirotécnicos até as áreas de comida e bebida, piscinas, tendas de camping e uma impressionante boate noturna. Cada uma dessas áreas não apenas é repleta de detalhes visuais impressionantes, mais até do que o que vimos no jogo base, como também foi projetada para proporcionar encontros únicos e empolgantes com os zumbis.

É nítido o cuidado que os desenvolvedores tiveram em capturar a essência de um festival de música da Califórnia, com cores vibrantes, iluminação de alto impacto e toques de humor e crítica em relação ao consumismo e extravagâncias desses eventos, principalmente os gigantescos festivais americanos. Ao mesmo tempo, SoLA não perde a oportunidade de fazer piadas internas com marcas e referências fictícias ao universo de Dead Island 2.

A Nova Campanha e Inimigos

Apesar da ambientação fantástica, a nova missão principal de SoLA deixa um pouco a desejar. Você é recrutado por Grace, uma conspiracionista envolvida na organização do festival, para descobrir as origens de um misterioso ritmo psicodélico que transformou todos os participantes em zumbis.

Embora amarre algumas pontas soltas da campanha principal, a trama acaba sendo um pouco superficial e acaba se resumindo a um “vá lá fazer isso” e “volte aqui” com poucos momentos memoráveis (um deles é muito memorável, entretanto). As falas dos personagens também carecem do humor ácido e perspicaz que foi uma das estrelas do jogo original.

Por outro lado, os dois novos tipos de inimigos introduzidos, a Chicoteadora e o Coagulador, são adições muito bem-vindas. A Chicoteadora usa seus próprios intestinos como um chicote para atacar à distância, enquanto o Coagulador é uma massa disforme que se decompõe e se reconstrói constantemente, forçando os jogadores a repensarem suas táticas.

Novas Armas e Itens

Os fãs também poderão se deliciar com duas novas armas lendárias: o Estraçalhador, um taco de beisebol com uma serra circular girando na ponta, e o Lançador de Lâminas de Serra, que dispara discos mortais capazes de desmembrar zumbis. Ambas se integram perfeitamente ao violento e visceral sistema F.L.E.S.H. do jogo.

Além disso, SoLA adiciona algumas novas habilidades especiais e cards de habilidades para os jogadores, expandindo ainda mais as opções de combate. No entanto, nenhuma dessas adições é realmente marcante ou revolucionária.

Visão Geral: Mais do Mesmo, Mas É Bom?

No geral, SoLA é uma expansão bastante sólida, mas não revolucionária para Dead Island 2. Ela entrega exatamente o que os fãs esperavam: mais combates zumbis insanos, mais piadas de mau gosto e uma ambientação deslumbrante em meio ao caos, talvez a melhor do jogo até o momento. Aqueles que amaram o jogo principal certamente vão apreciar esse novo conteúdo com prazer.

Para muitos, no entanto, “mais do mesmo” pode ser exatamente o que eles querem de uma franquia tão descaradamente exagerada e divertida como Dead Island. Com sua ambientação impressionante, novos inimigos desafiadores e o velho soco na cara, SoLA é um ótimo pretexto para revisitar Hell-A e se entregar mais uma vez ao seu ridículo e sangrento mundo.

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