Review: Sand Land

Sendo um das séries mais recentes do queridíssimo Akira Toriyama, o mangá de Sand Land foi lançado em setembro de 2000 na consagrada Shounen Jump e, posteriormente, em 2023 recebeu um filme em CGI, mas o sucesso não parou numa única animação, pois um ano depois, agora em 2024, Sand Land recebeu anime que está sendo exibido no Star+ desde março.

Se mostrando querido pelos fãs, era inevitável que cedo ou tarde Sand Land fosse receber uma adaptação em game. E a espera não foi tanta, principalmente se levarmos em conta que agora é o momento mais em alta da franquia. Lançado pela Bandai Namco, Sand Land é um RPG de mundo aberto que nos disponibiliza inúmeros veículos para superar as mais variadas situações. Mas será que o jogo ficou digno de uma franquia de tanto sucesso? Vamos conferir neste review.

Esse review de Sand Land foi feito graças a um código de PlayStation 5 cedido pela Bandai Namco. O jogo se encontra com legendas em pt-br.

Tá com sede? Bora beber uma água

Em Sand Land temos um mundo pós apocalíptico em que a água é o bem mais precioso de todos, porém, infelizmente a maior parte da população não tem acesso ao líquido, pois o rei é quem controla sua distribuição. Neste mundo, demônios se viram obrigados a viverem na superfície e, consequentemente, criaturas que deveriam ser apenas lendas também começaram a surgir. O mundo está um completo caos desértico.

A história começa quando um humano chamado Rao pede auxilio para os demônios, pois ele acredita na existência do lago lendário, pois viu um pássaro que só existe próximo d’água voando para o sul. Confiando em Rao, o rei dos demônios manda o seu filho, Beelzebub, juntamente de um demônio mais velho chamado Thief.

E assim começa a história desse trio em busca do lago lendário para que assim possam superar a seca deste mundo desértico.

A história segue a mesma narrativa que vemos no mangá e na animação, também trazendo acontecimentos inéditos por meio de missões secundárias que servem para expandir o universo de Sand Land muito além do que conhecíamos. Todos os personagens são repletos de carisma, mostrando que aqui temos realmente uma produção com a marca registrada de Akira Toriyama.

Inúmeros veículos a sua disposição

Num deserto tão vasto, o trio terá que recorrer a veículos para poderem se locomover e até mesmo confrontar os perigos que esperam por eles. A história se desenrola principalmente quando eles roubam um tanque de guerra e começam a confrontar as forças dos do exército do rei que está tentando impedir o avanço do grupo.

Como primeiro veículo oficial da equipe, o tanque de guerra será o extremamente útil do começo ao fim do jogo. Ele permite se locomover pelo deserto e também obliterar rochas e outros objetos que estão atrapalhando o seu avanço. Além disso, é a melhor solução para os combates que vão surgir.

Falando sobre combates, o jogo é repleto de confronta de veículos. As vezes também contra monstros, mas obviamente usando o seu tanque para confrontá-los. Você terá duas opções de munição, onde é uma é o “tiro mais forte”, enquanto a outra é de tiro rápido. Ficar alternando entre elas para sempre ter munição carregada é o principal truque para se dar bem nos confrontos.

Como um bom RPG, o seu veículo terá barra de vida que é o tanto que ele aguenta de dano. Então caso esteja perdendo, é importante usar o item de recuperação para que a vida se preencha novamente e assim você continue na trocação de bala.

Voltando aos outros veículos, aqui temos também a nossa disposição moto, carro, um robô que salta alto e outros tipos de meios de locomoção. Alguns você vai liberando de acordo com o desenrolar da história, mas outros terá que enfrentar chefes opções para conseguir seus diagramas de montagem.

Montando e aprimorando o seu armamento

Em Sand Land temos a nossa disposição uma garagem comandada por Ann que é uma mecânica que auxilia o trio do começo ao fim, sendo peça fundamental para o desenvolver da narrativa. Ela é também quem constrói os veículos para o grupo e os melhoras.

Ann é capaz de aprimorar todos os veículos, fazendo com que eles subam de nível e, consequentemente, tenham mais vida e cause mais dano em seus disparos. Além disso, ela também melhora peças como de armamento, blindagem e propulsores.

Aqui também é onde você pode construir novas peças ou até mesmo veículos do zero, desde que tenha a quantidade de recurso necessário para isso.

Sand Land é bastante diverso

Apesar do foco principal ser nos veículos, Sand Land também tem combate onde utilizamos Beelzebub para lidar contra os inimigos. O pequeno demônio tem a sua disposição golpe fraco, golpe forte e esquiva. Junto desses movimentos, Beelzebub é capaz de realizar golpes especiais que consomem a energia demoníaca dele e, consequentemente, fazem dano massivo nos inimigos alvejados.

Em alguns momentos o jogo nos entrega puzzles para resolver, onde temos que usar o protagonista e, em momentos bem específicos, algum dos veículos. Há também outras situações que deixam o jogo num estilo de plataforma 2.5D, trazendo maior variedade ao gameplay.

Gráficos e áudio

Sand Land consegue se destacar também com os seus gráficos que são dignos das animações que a franquia recebeu. Aqui vemos os personagens e veículos com os modelos repletos de detalhes, enquanto os cenários conseguem ser consideravelmente variados mesmo se tratando de regiões desérticas. O estúdio teve o cuidado para trazer relevos e estruturas diferenciadas, mesmo que em teoria deserto seja algo “só cheio de areia”.

A dublagem está sensacional, principalmente a versão em japonês. Enquanto a trilha sonora se encaixa perfeitamente com o jogo, trazendo maior imersão.

Conclusão do review de Sand Land

Chegando ao fim deste review, devo dizer que Sand Land realmente me surpreendeu. Inicialmente tinha a impressão que seria um jogo genérico de mundo aberto, mas toda a sua construção repleta de personalidade mostra que o jogo é bastante singular e consegue se destacar por completo pelos seus sistemas de combate e jogabilidade como um todo, fazendo que ele seja um RPG bastante diferente.

Além disso, os gráficos são bem trabalhados e trazem detalhes nos modelos dos personagens, máquinas e até nos cenários desérticos.

Sand Land não é apenas um bom jogo de anime, ele é um ótimo game que vale ser testado e aproveitado. E assim termino esse review agradecendo ao grande mestre Akira Toriyama pelo belo presente de despedida que foi Sand Land.

Essa análise/review de Sand Land segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.