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Análise: Bo Path of the Teal Lotus

Se está procurando um desafio, acabou de encontrar um!

Bo Path of the Teal Lotus é o mais novo jogo trazido pela Humble Games onde apresenta um mundo fortemente inspirado na cultura japonesa. Além dessa influência, aqui temos um jogo no estilo metroidvania que irá te desafiar a cada novo cenário.

Confira nesta análise o que achamos de Bo Path of the Teal Lotus e se ele é um jogo para você. Infelizmente ele não conta com legendas em PT-BR.

Um pequeno espírito celestial

Aqui nós iremos controlar o pequeno Bo, que é uma raposa Tentaihana. Resumidamente, Bo é um espírito celestial que emergiu de uma flor. Sua missão é explorar o mundo e ajudar seus moradores que estão sofrendo por algum tipo de recente tragédia.

Curiosamente, esse mundo está repleto de pessoas que precisam de ajuda, assim como está repleto de espíritos que estão trazendo o caos.

O desenvolvimento da história se dá com a evolução desse jovem espírito que cresce à medida que ajuda os necessitados e entende o que está acontecendo com o mundo. De forma geral temos diálogos divertidos e inesperados, incluindo alguns chefes com características bem marcantes.

Embora a história do game não seja seu ponto forte, é válido dizer que os personagens são únicos e muito bem feitos, além de terem características próprias. Ao mesmo tempo que são simples, eles conseguem deixar sua marca em seus diálogos e animação.

Adicionalmente, outro ponto forte da história de Bo Path of the Teal Lotus está em sua parte visual. A beleza do mundo é inquestionável e ele traz um caminhão de referências do folclore japonês. Aqui temos diversos cenários como florestas com bambus, castelos e pontes tradicionais. Para os fãs da cultura nipônica, isso acaba sendo um gigantesco acerto.

Mais elogios à Bo Path of the Teal Lotus

Agora eu preciso continuar elogiando seus visuais. De um lado temos sim diversas referências ao folclore japonês como mencionei. E não apenas essas referências como os mundos, personagens e inimigos foram feitos à mão, o que traz uma grande beleza única a este mundo.

A arte de Bo Path of the Teal Lotus é simplesmente sublime e apresenta lindas camadas em cada cenário. A utilização dos elementos naturais como a névoa, ondas do mar, cenários distantes e mais, trazem uma profundidade e beleza estonteante ao longo da jogatina. E logicamente, a arte dos muito NPC’s que encontrará também encantam, ainda mais se considerar o contraste de iluminação nos cenários.

Para colocar a cereja no bolo na parte artística, temos uma música com instrumentos típicos. A trilha sonora, assinada por Moisés Camargo, traz elementos típicos como a flauta (Shakuhachi), tambor (Taiko) e o violão (Shamisen).

A trilha sonora acompanha a aventura de Bo e muda de intensidade dependendo do momento e ganha maior intensidade na luta contra os grandes e desafiadores chefes. É válido pontuar que a sonoridade desses instrumentos tradicionais se mesclam há momentos com músicas orquestradas trazendo um ritmo único.

Um gameplay desafiador

Já chegando ao ponto final e possivelmente mais crucial dessa análise, temos o gameplay de Bo Path of the Teal Lotus. E desde já posso adiantar que ele é extremamente desafiador. Particularmente estou acostumado com jogos com desafios de plataforma assim como metroidvanias, mas aqui eu tive que largar o controle e respirar muitas vezes. Quase como se tivesse jogando um soulslike.

Antes de mais nada, temos um game com movimentação lateral e mecânicas bem conhecidas. Inicialmente podemos apenas usar o cajado de Bo para atacar e pular. Com o avançar da aventura, você terá acesso a novas habilidades como o Dash, rebater alguns projéteis e até o acesso aos Darumas.

Os Darumas, um típico símbolo japonês, dá acesso a algum tipo de golpe especial. Ele inicialmente tem um poder, mas caso consiga desferir diversos ataques no ar, você entrará em um modo de frenesi onde esse Daruma evoluiu e com os dois olhos irá evoluir sua magia. Isso é uma referência ao “Daruma completo” após ter seus dois olhos pintados.

Outra possibilidade é equipar um amuleto nos santuários onde irá ganhar algum tipo de habilidade passiva.

E embora até o momento nada de revelador tenha sido falado, a realidade é que o game design te desafia muito. Para isso, existe um grande motivo que é a mecânica de pulo. O famoso pulo duplo só ocorre após atingir um inimigo ou uma das muitas lâmpadas que ficam na fase. Ou seja, você terá que ter um controle aéreo de Bo para acumular acertos, sem ser atingido, ao mesmo tempo que evolui nos desafios de plataforma.

Por óbvio, o desafio aumenta na medida que tem que acessar lugares mais distantes ou você se encontra com inimigos diversos. A necessidade de precisão por muitas vezes é imensa e você irá gastar muito tempo em um ponto até dominar o padrão e avançar na fase.

Inclusive essa mecânica por muitas vezes é vital para acabar com os desafiadores chefes que possuem mais de um padrão. Isso eleva o desafio do jogo e irá te desafiar ao seu limite em momentos que deverá jogar de forma quase perfeita por um tempo considerável ao ter que utilizar todo arsenal de Bo para chegar ao seu objetivo.

Avaliando a movimentação e até os muitos desafios presentes ao longo de sua aventura, é possível traçar alguns paralelos com o gameplay de Hollow Knight. Este, sendo mais ágil do que Bo Path of the Teal Lotus.

Performance impecável no PC e Steam Deck

E algo que vale uma menção é que a otimização e fluidez de Bo Path of the Teal Lotus está impecável. Eu joguei em meu PC que conta com uma RTX 3070 e não tive problema algum em jogar a 2K com tudo no máximo atingindo altas taxas de frames.

O que me deixou positivamente surpreso foi quando o testei no Steam Deck. Aqui eu também tive uma experiência impecável ao jogar em 60 frames completamente estáveis e com tudo no máximo. Tirando a óbvia diferença de resolução, a experiência foi a mesma do meu PC.

E aqui temos a clara vantagem da mobilidade, assim como com controles responsivos e precisos.

Conclusão da análise de Bo Path of the Teal Lotus

Chegando ao fim desta análise, fica claro que Bo Path of the Teal Lotus é um jogo excepcional. Se você tem interesse pela cultura japonesa ou então por jogos desafiadores, aqui temos uma excelente experiência para você.

Tudo o que o Bo Path of the Teal Lotus se propõe a fazer ele faz e é muito bem feito. As inúmeras referências ao folclore japonês são claríssimas e temos um desbunde, seja em sua parte visual como sonora. Adicionalmente, temos um verdadeiro desafio com seu gameplay simples, mas, ao mesmo tempo, desafiador.

Contudo, é válido dizer que caso queira um jogo para relaxar ou então não se estressar, Bo Path of the Teal Lotus não é uma boa opção. Isso em momento algum faz ele ser um jogo ruim, mas não irá atender a todos os gostos dada sua natureza de extrema precisão.

Essa análise de Bo Path of the Teal Lotus segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

Um mix de cultura japonesa e muito desafio

Visual, ambientação e gráficos - 9
Jogabilidade - 9
Diversão - 9
Áudio e trilha-sonora - 9

9

Excelente

Tudo o que o Bo Path of the Teal Lotus se propõe a fazer ele faz e é muito bem feito. As inúmeras referências ao folclore Japonês são claríssimas e temos um desbunde seja em sua parte visual como sonora. Adicionalmente, temos um verdadeiro desafio com seu gameplay simples, mas ao mesmo tempo desafiador.

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Leonardo Coimbra

Mestre supremo do Ultima Ficha, não manda nem em seus próprios posts. Embora digam que é geração PS2, é gamer desde o Atari e até hoje chora pedindo um Sonic clássico e decente. Descobriu em FF7 sua paixão por RPG que dura até hoje. Eventualmente é administrador e marketeiro quando o chefe puxa sua orelha com os prazos.

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