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Análise: That Time I Got Reincarnated as a Slime ISEKAI CHRONICLES

Chegou a sua vez de ser um slime.

O aclamado “anime do slime” conquistou os fãs de animações japonesas com sua história cativante sobre um homem que reencarna num mundo de fantasia como um pequeno slime azul. Com personagens carismáticos e uma narrativa envolvente, a série se consolidou como uma das mais queridas da atualidade, já em sua terceira temporada.

Surpreendentemente, até recentemente, essa franquia de sucesso ainda não havia recebido nenhuma adaptação para consoles. No entanto, a Bandai Namco finalmente deu o primeiro passo e presenteou os fãs com “That Time I Got Reincarnated as a Slime: ISEKAI CHRONICLES. Neste jogo, os jogadores podem acompanhar a jornada de Rimuru Tempest enquanto ele reconstrói a Federação Jura-Tempest ao lado de seus numerosos seguidores.

Curioso para saber mais sobre o jogo? Continue lendo nossa análise detalhada.

Uma cronica de Slime e laços de amizades

That Time I Got Reincarnated as a Slime: ISEKAI CHRONICLES segue fielmente a narrativa do anime, retratando a chegada de Rimuru ao mundo de fantasia e seu encontro com os principais aliados. Apesar do anime já contar com três temporadas e os fãs aguardarem ansiosamente a quarta, o jogo limita-se aos eventos dos primeiros 24 episódios.

Embora seja compreensível que o jogo inicial se concentre na primeira temporada, a inclusão de eventos adicionais para estender a narrativa sugere que seria possível e benéfico incorporar ao menos parte da segunda temporada, otimizando assim o ritmo narrativo do jogo.

Infelizmente, ISEKAI CHRONICLES apresenta um pequeno problema de cadência. A história é dividida em cinco capítulos, cada um abordando uma sequência de arcos, o que pode levar o jogador a questionar repetidamente: “Este capítulo ainda não terminou?”

Para os fãs da série, essa abordagem provavelmente não será um problema. Contudo, para aqueles que estão utilizando o jogo como porta de entrada para a franquia, a falta de uma sensação clara de progressão pode ser desanimadora.

Um beat’em up de fantasia

Embora a Bandai Namco seja conhecida por seus RPGs e jogos de luta baseados em animes, That Time I Got Reincarnated as a Slime: ISEKAI CHRONICLES segue um caminho diferente. Apesar de apresentar algumas mecânicas reminiscentes de RPGs, o jogo se aproxima mais de um beat’em up de rolagem lateral. O jogador controla Rimuru e quatro aliados, dos quais dois são combatentes ativos e dois fornecem suporte.

O sistema de combate é intuitivo: o botão quadrado executa golpes básicos, X permite saltos, R1 realiza esquivas, e o triângulo ativa habilidades especiais. Cada personagem possui até três golpes especiais, acionados por combinações do botão triângulo (sozinho, com direcional para cima ou para baixo). Além disso, há a “habilidade secreta”, um ataque especial único para cada membro da Federação Jura-Tempest.

Os personagens de suporte podem lançar ataques especiais equivalentes à “habilidade secreta”, causando dano massivo aos inimigos, enquanto o jogador continua suas combinações com os lutadores ativos.

Em termos de jogabilidade, apenas um personagem é controlado por vez. A troca entre personagens ofensivos é feita pressionando cima ou direita, enquanto esquerda e baixo acionam os suportes. Após a troca, é possível continuar o ataque imediatamente se o inimigo estiver atordoado.

Embora o combate seja fluido e divertido, existem limitações técnicas que afetam a experiência. O tempo de resposta para ativar uma habilidade secreta e as animações lentas das habilidades especiais podem interromper o ritmo do combate, imobilizando o personagem atacante até a conclusão do dano. Além disso, não é possível trocar de lutador durante uma ofensiva, o que reduz o potencial para combos elaborados.

Progressão limitada

O maior desafio em That Time I Got Reincarnated as a Slime: ISEKAI CHRONICLES reside em suas limitações. Além das já mencionadas, a evolução dos personagens também sofre restrições significativas. Cada personagem possui uma árvore de habilidades com diversas melhorias passivas para desbloquear, utilizando pontos obtidos ao completar missões ou derrotar inimigos. Essas habilidades passivas, no entanto, focam apenas em aumentar atributos como ataque físico, sorte e defesa, não oferecendo uma personalização profunda ou maior individualidade aos personagens.

As habilidades especiais também apresentam limitações, com cada personagem tendo acesso a apenas três golpes especiais. Apesar do extenso elenco do jogo, não há opção para modificar ou personalizar o conjunto de golpes especiais, resultando na repetição dos mesmos ataques do início ao fim da jornada. A única exceção é Rimuru, que se beneficia de um sistema de afinidade que lhe permite adquirir um dos golpes de seus aliados quando a relação entre eles atinge o nível máximo.

Construa a sua própria vila

Assim como no anime, o jogo oferece a opção de construir a vila que serve como sede da Federação Jura-Tempest. Os jogadores utilizam materiais coletados durante missões e recursos financeiros para erguer diversas construções.

À medida que o jogo progride, é possível desbloquear estruturas mais modernas e imponentes, transformando a vila de um assentamento modesto e medieval em uma cidade com visual mais contemporâneo. Infelizmente, essa mecânica de construção acaba sendo subaproveitada. O único benefício tangível de erguer casas e estabelecimentos resume-se a bônus passivos em atributos físicos, como aumento de ataque mágico e HP.

Embora seja possível construir uma loja de armas, por exemplo, não há armas para comprar ou equipamentos para melhorar, pois o jogo carece desses sistemas. Consequentemente, apesar de a construção da cidade ser uma adição interessante, as recompensas associadas não são satisfatórias, limitando o potencial dessa mecânica.

Gráficos e áudio

That Time I Got Reincarnated as a Slime: ISEKAI CHRONICLES apresenta um estilo visual coerente com sua proposta. Durante o gameplay, os personagens exibem um estilo chibi (cabeçudo e de corpo pequeno), enquanto algumas cenas oferecem animações mais detalhadas, equivalente ao que vemos no anime. No entanto, a fluidez das animações em combate deixa a desejar, com alguns movimentos se mostrando consideravelmente pesados e pouco responsivos.

Quanto ao áudio, o jogo se destaca positivamente. A qualidade sonora é satisfatória, e a trilha sonora surpreende com seus arranjos épicos, elevando a experiência geral do jogo.

Conclusão da análise de That Time I Got Reincarnated as a Slime ISEKAI CHRONICLES

É frustrante quando um jogo não corresponde às expectativas criadas pelo marketing. Nesse aspecto, That Time I Got Reincarnated as a Slime: ISEKAI CHRONICLES surpreende positivamente, pois, mesmo sem gerar grandes expectativas iniciais, entrega uma experiência divertida tanto para fãs da franquia quanto para novos jogadores.

Apesar de suas limitações evidentes – como restrições no gameplay, animações de personagens nem sempre fluidas e um sistema de construção de cidade superficial – o jogo ainda consegue proporcionar entretenimento significativo.

É importante notar que as questões mencionadas dificilmente seriam resolvidas por meio de simples atualizações, e talvez nem valesse a pena tentar corrigi-las neste título. No entanto, essas observações podem servir como aprendizado para um possível segundo jogo, que poderia abordar a segunda e terceira temporadas do anime.

Para os fãs do “anime do slime”, ISEKAI CHRONICLES certamente merece uma chance. Mesmo com suas imperfeições, o jogo oferece uma oportunidade única de interagir com o universo da série de forma mais imersiva.

Essa análise de That Time I Got Reincarnated as a Slime ISEKAI CHRONICLES segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

Limitado, porém, divertido

Visual, ambientação e gráficos - 7
Jogabilidade - 7
Diversão - 8
Áudio e trilha-sonora - 8
Narrativa - 7

7.4

Bom

That Time I Got Reincarnated as a Slime ISEKAI CHRONICLES é um jogo limitado em suas mecânicas, mas que consegue divertir os seus jogadores, principalmente com o sistema de combate.

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Anderson Mussulino

Publicitário louco por toda a cultura geek. Redator do Última Ficha e apaixonado por jogos que vem da terra do sol nascente.

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