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Análise: The Casting of Frank Stone

Uma expansão do universo de Dead by Daylight.

The Casting of Frank Stone é um título que combina a expertise da Supermassive Games em narrativas interativas com elementos do universo de Dead by Daylight. À primeira vista, o jogo parece promissor, especialmente para os fãs de terror que apreciam uma boa história entrelaçada com uma atmosfera sombria. No entanto, à medida que a trama se desenrola e o jogador se aprofunda na jogabilidade, fica evidente que o potencial inicial do jogo não é completamente realizado.

A premissa do jogo é intrigante: uma história que mistura diferentes linhas do tempo, envolvendo uma gravação em Super 8 de um grupo de amigos nos anos 80 e a transformação de Frank Stone em um serial killer cuja alma está presa em uma película amaldiçoada. A narrativa, no papel, tem todos os elementos de um thriller psicológico envolvente. No entanto, a execução deixa a desejar, resultando em uma experiência que, embora visualmente impactante, carece de profundidade e inovação.

Qualidade Gráfica e Sonora

Um dos aspectos mais positivos de The Casting of Frank Stone é sua qualidade gráfica. O jogo faz uso do Unreal Engine 5 para criar ambientes incrivelmente detalhados, que capturam perfeitamente a atmosfera de terror pretendida. Desde o aço enferrujado da fábrica abandonada até as sombras da floresta e detalhes da mansão, cada cenário é cuidadosamente elaborado para imergir o jogador no mundo do jogo. A iluminação, em particular, merece destaque, criando sombras e reflexos que aumentam a tensão e o desconforto ao explorar os locais assombrados.

A trilha sonora e o design de som complementam essa imersão visual. O uso de sons familiares de Dead by Daylight serve para conectar os dois universos de maneira eficaz, enquanto novos elementos sonoros ajudam a construir a atmosfera opressiva do jogo. No entanto, mesmo com toda essa qualidade técnica, há momentos em que a repetição e a falta de variação sonora podem cansar, especialmente durante as longas sequências sem ação. O potencial de criar uma experiência auditiva mais dinâmica e envolvente foi subaproveitado.

Narrativa Clichê

Apesar da premissa interessante, a narrativa de The Casting of Frank Stone se perde em clichês e desenvolvimento arrastado. O jogo tenta entrelaçar duas histórias – a dos amigos dos anos 80 e a dos protagonistas em 2024 – mas falha em manter um ritmo consistente. A história, que poderia ser rica em mistério e reviravoltas, se estende por longos períodos de exposição sem progresso significativo e exploração exagerada para o gênero. Esse ritmo lento diminui o impacto das revelações e dilui a tensão que deveria ser constante em um jogo de terror.

Além disso, os personagens, que deveriam ser o coração da história, acabam sendo representações superficiais de arquétipos já vistos inúmeras vezes em outras obras de terror. Há pouco desenvolvimento de personalidade ou profundidade emocional, o que torna difícil para o jogador se importar verdadeiramente com seus destinos. As tentativas de criar subtramas românticas ou conflitos internos são brevemente abordadas e logo esquecidas, contribuindo para a sensação de que a narrativa é construída sobre uma fundação instável.

Jogabilidade que pode cansar

A jogabilidade de The Casting of Frank Stone apresenta algumas ideias interessantes, mas a execução é, em grande parte, frustrante. O jogo repete muito interações já batidas de jogos anteriores e falha em criar algum tipo de novidade para os jogadores. Além disso, os quebra-cabeças e desafios apresentados ao longo do jogo são repetitivos e raramente oferecem uma sensação de realização.

Outro ponto fraco é a sensação de falta de consequência nas escolhas do jogador. Embora o jogo inclua momentos em que decisões supostamente mudam o destino dos personagens, na prática, essas escolhas parecem ter pouco impacto real no desfecho da história. A falta de uma mecânica de combate satisfatória também contribui para a monotonia, com Frank Stone aparecendo como uma ameaça ineficaz, mais próxima de um adereço do que de um verdadeiro antagonista. Isso tudo resulta em uma experiência de jogo que, em vez de ser envolvente, se torna previsível e, por vezes, entediante.

Conclusão de The Casting of Frank Stone

The Casting of Frank Stone é um jogo que, apesar de sua premissa promissora e qualidade técnica satisfatória, falha em entregar uma experiência verdadeiramente memorável. Sua narrativa, repleta de clichês e personagens superficiais, combinada com uma jogabilidade que carece de desafio e envolvimento, resulta em um título que decepciona tanto os fãs de terror quanto os admiradores de narrativas interativas.

Embora existam aspectos do jogo que possam agradar aos fãs de Dead by Daylight, especialmente as referências sutis e a atmosfera familiar, The Casting of Frank Stone não consegue se destacar como uma obra independente. Apesar de contar com uma boa parte técnica, o foco no universo de DbD parece ter ofuscado a necessidade de uma jogabilidade e narrativa mais coesas e impactantes. Por esses motivos, o jogo pode ser indicado para amantes da franquia da Behaviour, porém o resultado final acaba deixando claro seu potencial não concretizado e a experiência mediana que o game acaba oferecendo.

Essa análise/review de The Casting of Frank Stone segue nossas diretrizes internas. Acesse e confira nossas diretrizes e nosso processo de avaliação.

Talvez agrade fãs de Dead by Daylight

Nota - 6.9

6.9

Mediano

Embora existam aspectos do jogo que possam agradar aos fãs de Dead by Daylight, especialmente as referências sutis e a atmosfera familiar, The Casting of Frank Stone não consegue se destacar como uma obra independente.

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Bruno Degering

Gamer há tanto tempo que usa consoles como referência cronológica para lembranças de sua vida. Amante de Mega Man, Resident Evil e Warcraft. Se gaba por ter zerado Battletoads aos 9 anos mas abandonou Bloodborne com 26.

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